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Estado de Minas PANDEMIA

Brasil tem 'tr�gua' na escalada do coronav�rus

Pela primeira vez no ano, nenhum estado registrou alta na mortalidade e incid�ncia da doen�a, aponta Fiocruz. Em MG, as duas taxas ca�ram


10/07/2021 04:00 - atualizado 10/07/2021 08:10

Após colapso do sistema no primeiro semestre, UTIs ganham fôlego na maior parte dos estados brasileiros (foto: Sílvio Ávila/AFP - 10/1/21)
Ap�s colapso do sistema no primeiro semestre, UTIs ganham f�lego na maior parte dos estados brasileiros (foto: S�lvio �vila/AFP - 10/1/21)
Sinais positivos, embora ainda incertos. Pela primeira vez neste ano, nenhum estado brasileiro registrou aumento nas taxas de incid�ncia ou mortalidade relacionadas � COVID-19 entre 20 de junho e 3 de julho. O resultado, divulgado no Boletim do Observat�rio COVID-19 Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), considera o intervalo entre os dias 20 de junho e 3 de julho.

Em Minas, a incid�ncia diminuiu em 2% em rela��o ao per�odo anterior, enquanto a mortalidade em 1,8%. Portanto, o estado est� na faixa da estabilidade, determinada quando h� varia��o inferior a cinco pontos percentuais para baixo ou para cima.

"Ainda n�o se pode afirmar que essa tend�ncia � sustentada, isto �, que vai ser mantida ao longo das pr�ximas semanas, ou se estamos vivendo um per�odo de flutua��es em torno de um patamar alto de transmiss�o, que se estabeleceu a partir de mar�o em todo o pa�s", alertam os pesquisadores. S

egundo o boletim, a redu��o da mortalidade pode ser consequ�ncia do avan�o da campanha de vacina��o, que abarcou os grupos mais vulner�veis, como os idosos, em um primeiro momento. O ritmo da campanha nacional de vacina��o e a demora federal para comprar doses foram motivos de cr�tica contra a gest�o Jair Bolsonaro, investigada na CPI em curso no Senado Federal.

O texto, por�m, ressalta que mesmo com a diminui��o de casos, muitos estados ainda registram alta incid�ncia de ocorr�ncias cr�ticas de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) – em particular nas regi�es Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste. Com a pandemia, a maioria dos casos de SRAG s�o depois diagnosticados como infec��es pelo novo coronav�rus.

Em Minas, a preocupa��o fica por conta da taxa de incid�ncia de s�ndromes respirat�rias agudas graves, geralmente ligadas � COVID-19. O estado computa 16,8 casos por 100 mil habitantes – dentro do patamar muito alto da Fiocruz e a terceira maior m�dia do pa�s. S�o 14 unidades da Federa��o no n�vel mais grave.

Por outro lado, os dados da vacina��o s�o positivos. A Fiocruz registra que 26,6% das pessoas vacinadas j� tomaram as duas doses de imunizantes, contra m�dia brasileira de 24,8%. Os outros 73,4% receberam somente uma dose, enquanto a m�dia do Brasil � de 75,2%. O mineiro � o melhor da regi�o Sudeste.

Conforme balan�o da Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES/MG), o estado registrou 160 mortes por COVID-19 ontem. Desta forma, MG agora acumula 47.756 �bitos desde o primeiro m�s da pandemia no Brasil. O n�mero total de casos de infec��o confirmados chega a 1.855.624, sendo que somente em 24 horas outros 5.631 casos entraram para o balan�o.

LEITOS DE UTI 

Ap�s o colapso do sistema de sa�de no primeiro semestre, com problemas de falta de oxig�nio, leitos e rem�dios para intuba��o, � poss�vel ver melhora da pandemia nos hospitais. A maior parte dos estados apresentou queda na taxa de ocupa��o de leitos.

Os destaques s�o Tocantins (de 90% para 71%), agora na zona de alerta intermedi�rio, e Sergipe (de 88% para 56%), fora da classifica��o de alerta, conforme os par�metros da Fiocruz. Roraima (97%), foi o �nico estado a registrar taxa superior a 90%, considerada cr�tica.

Em outros 14 estados – entre eles Minas Gerais, onde a taxa caiu de 75% para 70% – as taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 recuaram pelo menos cinco pontos percentuais: Acre (37% para 26%), Par� (63% para 55%), Amap� (55% para 50%), Piau� (76% para 69%), Rio Grande do Norte (72% para 57%), Para�ba (59% para 49%), Pernambuco (76% para 63%), Alagoas (77% para 66%), Bahia (75% para 70%), Paran� (94% para 89%), Santa Catarina (92% para 85%), Mato Grosso do Sul (88% para 74%) e Goi�s (85% para 74%).

Com queda de quatro pontos percentuais, o Rio de Janeiro saiu da zona de alerta, com a taxa de ocupa��o caindo de 63% para 59%. No Maranh�o, a taxa caiu de 79% para 75% e em S�o Paulo, de 76% para 72%. O Distrito Federal tem mantido o indicador relativamente est�vel, um pouco acima de 80%.

A maioria das capitais est� na zona de alerta intermedi�rio ou fora da zona de alerta. � o caso de Belo Horizonte, onde a taxa de uso da terapia intensiva est� em 61,6%, conforme boletim da prefeitura ontem (leia mais abaixo). Apenas seis est�o enquadradas na categoria de alerta cr�tico: Boa Vista (97% de taxa de ocupa��o), S�o Lu�s (83%), Rio (83%), Curitiba (85%), Goi�nia (85%) e Bras�lia (82%).

MUDAN�A DE PERFIL 

O levantamento estabelece um novo perfil et�rio entre os contaminados. Na primeira semana de janeiro, os idosos eram maioria entre os casos de interna��o, 63,4%, e mortes, 81,3%. Agora, com o grupo mais velho vacinado, eles s�o 28,3% das interna��es e 52,3% das mortes.

A redu��o da doen�a entre os mais velhos e aumento entre os mais jovens � refletida pelos dados de ocupa��o proporcional de leitos por faixa et�ria. Nos �ltimos seis meses, houve redu��o de 63,73% entre os pacientes com mais de 90 anos e aumento de 198,13% entre os de 20 a 29 anos.

Para os pesquisadores, essa tend�ncia traz novos desafios no enfrentamento � pandemia. Entre eles, garantir a cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil, de 30 a 59 anos, e identificar novas situa��es espec�ficas de vulnerabilidade. (Com ag�ncias Brasil e Estado).

Minas recebe novo lote de vacinas 

Nath�lia Galvani*

A Central Estadual de Rede Frio de Minas Gerais recebeu, no in�cio da tarde de ontem, a 29ª remessa de vacinas contra a COVID-19. O lote cont�m 271.440 unidades da Pfizer e 79.600 da Coronavac – 351.040, no total. Da Central, situada no Bairro Gameleira, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, as doses seguiram para 28 unidades regionais de sa�de de Minas.

A Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) n�o informou a qual p�blico o lote ser� destinado, tampouco o quantitativo de imunizantes que cada munic�pio receber�.

A previs�o de vacina��o do p�blico-alvo – moradores com 18 anos ou mais – com a primeira dose em Minas Gerais foi adiantada em um m�s, segundo anunciou na quinta-feira o governador Romeu Zema (Novo). A primeira dose deve ser aplicada at� setembro em todo o p�blico-alvo.

Na capital, a vacina��o prossegue hoje com a aplica��o da primeira dose em pessoas de 44 anos. As de 43 e 42 recebem o imunizante na semana que vem. Ontem, foi a a vez das pessoas de 45. 

Foi com sentimento de al�vio que a psic�loga Soraia Romano de Oliveira, de 45, recebeu a primeira dose de vacina contra a COVID-19. Ela foi acompanhada do marido, Emilson Souza Toledo, de 46, que tamb�m foi vacinado no posto de drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Muito emocionante e um al�vio. Meu esposo tomar ia a vacina ontem, mas resolveu vir hoje para passarmos por essa emo��o juntos”, relatou.

Assim como milhares de fam�lias brasileiras, o casal e seus filhos tiveram que readaptar a rotina para garantir as medidas de seguran�a da COVID-19. 

“Meus filhos estudando em casa e n�s dois trabalhando pelo home office. Estamos desde o in�cio tomando todos os cuidados, nos privando dos passeios que faz�amos, e vamos continuar. Vai valer a pena. Nessa reta final, n�o podemos vacilar”, ressaltou a psic�loga.

 O painel 'Vacin�metro' atualizado na manh� de ontem pela Secretaria de Estado de Sa�de de Mias Gerais computa 7.865.659 primeiras doses aplicadas no estado. E 2.783.111 pessoas j� receberam tamb�m a segunda. Outras 75.973 foram vacinadas com a dose �nica da Janssen.

A capital mineira chegou � marca de 1.193.862 vacinados contra a COVID-19 com a primeira dose nesta sexta. Outras 447.332 receberam a segunda. Portanto, a capital mineira vacinou 59,4% do seu p�blico-alvo com a primeira aplica��o. E 22,8% do total desse mesmo p�blico-alvo completou o esquema vacinal. 

Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho


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