
Em Belo Horizonte, h� 702 c�meras do sistema Olho Vivo. H� mais de 20 anos, elas contribuem para a seguran�a na cidade e ajudam a solucionar crimes, por�m 139 aparelhos est�o inoperantes. A prefeitura diz que a responsabilidade da manuten��o � da PM, que n�o d� detalhes "por seguran�a".
Vice-presidente da Associa��o de Pra�as Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra/PMBM), o sargento Marco Ant�nio Bahia Silva, disse ao Estado de Minas que a entidade j� vinha recebendo relatos sobre “pontos-cegos” na cidade. Segundo ele, a Pol�cia Militar � respons�vel pelo monitoramento e a Prefeitura de Belo Horizonte, pela manuten��o. O Munic�pio foi procurado, mas eles n�o tiveram retorno. “Ficam terceirizando a responsabilidade”, afirma.
O sargento disse que a presen�a das c�meras aumentou na cidade durante a Copa das Confedera��es e a Copa do Mundo, em 2013 e 2014, respectivamente. Com o aumento expressivo da movimenta��o na capital, os equipamentos eram ainda mais importantes. “Teve um investimento. De l� para c�, houve uma piora”.
Por quest�o de seguran�a, os locais onde ficam os equipamentos desligados n�o s�o divulgados. O militar falou sobre o papel do Olho Vivo na seguran�a p�blica da capital e de outras cidades onde o programa est� presente. “� importante destacar que a n�o operacionaliza��o das c�meras deixa o cidad�o mais vulner�vel, e como estado n�o tem feito contrata��es adequadas para repor o pessoal que sai, o Olho Vivo (em BH) corresponde a mais de 100 policiais na rua. Al�m de ele (militar) estar na ponta da linha na viatura, uma ferramenta que d� um suporte gigantesco na rua � o Olho Vivo”, disse o sargento Bahia.
Para ele, o Estado devia ser respons�vel pelas c�meras. “O governo tem que contratar mais policiais e assumir de vez essa responsabilidade da manuten��o das c�meras, porque um fica jogando para o outro, mas a responsabilidade de seguran�a p�blica � de todos, Munic�pio, Estado e Uni�o. Todos t�m que manter a seguran�a do cidad�o”, opina.
Nesta sexta-feira (6/8), a reportagem procurou a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica de Minas Gerais (Sejusp) sobre detalhes do sistema Olho Vivo em Minas e questionou sobre a possibilidade de o Estado assumir a manuten��o das c�meras em BH. A Sejusp respondeu que os tr�mites s�o avaliados pela Pol�cia Militar.
Por sua vez, a corpora��o, por meio do Comando de Policiamento da Capital (CPC), disse que n�o pode dar mais informa��es. “(…) por quest�es de risco e por afetar � seguran�a p�blica, a Pol�cia Militar n�o exp�e o sistema de funcionamento e de monitoramento das c�meras da cidade de Belo Horizonte”, diz a nota enviada nesta manh�.
O que diz a Prefeitura de Belo Horizonte
Por meio de nota enviada nessa quinta-feira (5/8), a Prefeitura de BH disse que a responsabilidade pelas c�meras do Olho Vivo � divida com a Pol�cia Militar de Minas Gerais, e que fornece os materiais para as 336 c�meras que mant�m, mas a execu��o do servi�o de manuten��o cabe � equipe t�cnica da corpora��o.
“As 366 c�meras s�o mantidas com recursos exclusivamente da pr�pria Pol�cia Militar. Nas outras 336 c�meras, somente os materiais necess�rios para a sua manuten��o s�o de responsabilidade da Prefeitura, cabendo a execu��o do servi�o � equipe t�cnica da PMMG. � Prefeitura cabe arcar com a manuten��o da fibra �ptica de toda a rede”, diz o texto. Veja a resposta da PBH na �ntegra:
“H� 702 c�meras do Olho Vivo em Belo Horizonte, instaladas em todas as regi�es da cidade, sendo sua manuten��o de responsabilidade da Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG). Vale detalhar que desse total, 366 c�meras s�o mantidas com recursos exclusivamente da pr�pria Pol�cia Militar. Nas outras 336 c�meras, somente os materiais necess�rios para a sua manuten��o s�o de responsabilidade da Prefeitura, cabendo a execu��o do servi�o � equipe t�cnica da PMMG. � Prefeitura cabe arcar com a manuten��o da fibra �ptica de toda a rede.
Atualmente h� 139 equipamentos que n�o est�o gerando imagens. O diagn�stico de cada situa��o � de responsabilidade da equipe t�cnica da PMMG. Por quest�es estrat�gicas de seguran�a, informa��es sobre os locais onde as c�meras n�o est�o funcionando n�o s�o fornecidas ao p�blico externo pela Prefeitura.
Recentemente foram instalados equipamentos nos bairros Santa Am�lia, Calif�rnia, Camargos, Gutierrez e na Avenida dos Andradas. Todas est�o interligadas ao Centro Integrado de Opera��es da Prefeitura (COP-BH). As informa��es ajudam n�o s� no trabalho das for�as de Seguran�a P�blica (como PMMG e a Guarda Civil Municipal), mas tamb�m da BHTRANS, da Defesa Civil, do Servi�o de Limpeza Urbana, do SAMU e da Fiscaliza��o, al�m dos outros �rg�os integrados ao COP-BH.”
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira