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Estado de Minas ARTE E HOMENAGEM

Anfitri�o da Serra do Cip�, 'Juquinha' renasce com estilo em nova escultura

Nova escultura de Juquinha, personagem famoso na regi�o da Serra do Cip�, revela queixo proeminente e calos nos p�s


16/08/2021 04:00 - atualizado 15/08/2021 22:59
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O escultor Arcanjo Rany se inspirou em fotos e relatos de quem conheceu o famoso viajante da região turística para interpretá-lo em nova versão
O escultor Arcanjo Rany se inspirou em fotos e relatos de quem conheceu o famoso viajante da regi�o tur�stica para interpret�-lo em nova vers�o (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Uma interpreta��o muito particular do Juquinha, o famoso personagem da Serra do Cip�, na Regi�o Central de Minas, nasce do concreto pelas m�os do escultor Arcanjo Rany, de 53 anos. Natural de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, e residente h� 15 anos em Santana do Riacho, Arcanjo se baseou em fotos e caracter�sticas do Juquinha, narradas por pessoas que o conheceram, para dar forma e “personalidade” � est�tua.

A obra pode ser admirada, por enquanto, no trecho �s margens da rodovia MG-010, na entrada do munic�pio tur�stico.

“Entre outros detalhes, fiquei sabendo que o Juquinha tinha calos nos dois dedos mindinhos dos p�s. Ent�o, em todo sapato usado que ganhava, fazia dois furinhos para n�o sentir dor”, conta Arcanjo.

Ele diz que h� diferen�as entre a pe�a que esculpiu e a outra existente h� 35 anos, obra da artista pl�stica Virg�nia Ferreira, no munic�pio de Santana do Riacho, a caminho de Concei��o do Mato Dentro e que faz a alegria dos turistas.

As diferen�as est�o tamb�m no queixo, agora mais proeminente, e nas pernas, que, desta vez, est�o mais abertas. “Sentado, o Juquinha tem tr�s metros de altura, mas, se ficasse de p�, ficaria com seis metros.”

Autor de cinco esculturas, tr�s instaladas na regi�o da Serra do Cip�, sobre o andarilho batizado Jos� Patr�cio, falecido em 1984 aos 70 anos, Arcanjo trabalhou um m�s na atual vers�o e n�o esconde a admira��o enorme pelo personagem que recriou.

“Creio que pela simplicidade, pelas flores que colhia e doava �s pessoas. Sou mesmo um apaixonado por ele, pela sua hist�ria, pelo jeito de fazer amigos”, afirma Arcanjo.

O of�cio, revela, aprendeu com os av�s Jos� Paulino, do lado paterno, e Jos� Pedro, materno. “Os dois eram escultores. Comecei h� 40 anos e n�o parei mais.”

O destino do Juquinha rec�m-conclu�do ser� encantar os olhos dos turistas em uma pousada da Serra do Cip�. “Por fora, a pe�a � de concreto armado, mas, por dentro, toda de material recicl�vel, principalmente garrafas pet. Fico orgulhoso em prestar essa homenagem”, diz o escultor.

Quem passa pela rodovia, n�o deixa de fazer fotos, conversar com Arcanjo e conhecer mais um pouco sobre o Juquinha, que se tornou um dos s�mbolos do para�so ambiental, cheio de cachoeiras e trilhas, visitado por brasileiros e estrangeiros.

Arcanjo se orgulha de fazer esculturas dos animais da megafauna, a exemplo do mastodonte, da pregui�a gigante e outros que viveram h� 12 mil anos atr�s.

“Aqui na Serra do Cip�, h� muitas pinturas rupestres e poucos conhecem. Sou um dos pontos escultores no pa�s que fazem esse trabalho, e fico muito feliz por isso”, revela.

Monumento


Enquanto nasce uma nova vers�o do Juquinha, a mais antiga, esculpida em argila por Virg�nia Ferreira h� 35 anos e dominando um descampado, tem promessa de preserva��o.

Depois de muitos anos de expectativas e incertezas quanto ao futuro da est�tua, uma empresa que atua na regi�o comprou o terreno onde ela est� instalada. O objetivo da nova dona da �rea � conserv�-la, assim como o monumento que d� boas vindas aos visitantes.

Autoridades locais e moradores aguardam ainda o tombamento pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha-MG) para maior prote��o de Juquinha, um dos principais atrativos tur�sticos do munic�pio.

De acordo com a dire��o do Iepha, o dossi� sobre o Juquinha passa por an�lise t�cnica, mas por ora sem defini��o. Em 2019, a Associa��o das Cidades Hist�ricas de Minas Gerais, que re�ne 30 munic�pios, encaminhou um dossi� ao Iepha para tombamento da pe�a de 3 metros de altura.

Um dos pontos citados era que “o Juquinha estava bem judiado, com um dedo quebrado, e seria fundamental a a��o do estado para proteg�-lo, evitar maiores danos e garantir a manuten��o”.


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