
Segundo a mulher, na manh� de s�bado (21/8), ela foi comprar uma cal�a na loja e tudo ia bem. "Fui na Renner para comprar uma cal�a, passei pela funcion�ria, dei bom dia, peguei a plaquinha e entrei no provador sem nenhum mal entendido. A�, quando eu estava l� provando a cal�a, ela foi andando pelo corredor dizendo 'mo�o, mo�o'. Claro que n�o respondi, mas ela abriu a cortina em seguida", disse Amanda.
"'Seu provador n�o � esse daqui. Ele est� do outro lado', a funcion�ria falou apontando para o lado oposto, que era o provador masculino. Perguntei o motivo, a� ela olhou bem para o meu rosto e corpo e disse 'ah, est� certo. � aqui mesmo'. Depois, fechou a cortina e saiu'", continua.
Ela disse que ficou em choque no momento. "Eu sentei no provador, mandei mensagem contando o que aconteceu e perguntei o que deveria fazer. Fiquei incr�dula e depois sa� para procurar o gerente."
"Ele foi bem atencioso, se prontificou a me ouvir. Depois eu fui embora, n�o comprei a cal�a. A�, eu passei o v�deo para a minha amiga e deu uma repercuss�o que eu n�o esperava."
Veja o v�deo:
AJUDEM A COMPARTILHAR
%u2014 monossexista, genitalista e sexualista (@aquelaborgui) August 21, 2021
uma amiga sofreu lesbofobia descarada numa loja das @Lojas_Renner aqui em bh. entrou no provador feminino e uma funcion�ria da loja abriu o provador em que ela estava sem permiss�o afirmando que ela seria um homem, viu que n�o era e saiu pic.twitter.com/9q8JbPBl6l
A funcion�ria que abriu a cortina � a mesma que entregou a plaquinha para o provador, por�m, apesar de ter visto a mulher na entrada do provador, ela recebeu uma liga��o dos respons�veis pelas c�meras de seguran�a e foi atr�s de Amanda para pedir que ela fosse ao provador masculino.
Toda a situa��o se deu por causa do cabelo curto que a engenheira civil tem. "Se voc� n�o corresponde ao ideal de feminilidade que as pessoas t�m em cima de uma mulher, elas interpretam de uma maneira diferente. Eu tenho o cabelo curto, porque quis cortar, mas outras mulheres que est�o passando por tratamentos ou outros motivos, podem ter o cabelo curto tamb�m. Ningu�m tem que ser questionado em rela��o a isso", comenta.
Medidas
Amanda ainda n�o sabe se prestar� algum tipo de queixa sobre essa situa��o e afirmou estar surpreendida com a propor��o que o caso tomou. "Eu n�o sei o que fazer, exatamente, daqui para frente, porque tudo tomou uma propor��o que eu n�o esperava. Eu t� um pouco assustada, at� evitando acompanhar. J� n�o sou de usar rede social, estou me poupando por enquanto".
A loja entrou em contato com Amanda, mas ainda n�o deu retorno do que far� sobre essa situa��o. Ela afirma que n�o acredita na demiss�o da funcion�ria como maneira de resolver e, sim, em medidas educativas, para evitar que essas situa��es se repitam.
"Eu acho que o fato de demitir uma funcion�ria n�o vai resolver a quest�o, ainda mais no meio de uma pandemia. Muito pelo contr�rio. Seria mais no sentido educativo, orientar mesmo, para que esse tipo de situa��o n�o aconte�a. Foi bem constrangedor. Acredito que devem orientar e entender como funcionam esses processos. Entraram em contato comigo l� da Renner, mas ainda n�o sei o que ficou decidido", finaliza a engenheira.
A reportagem entrou em contato com a Lojas Renner, que afirmou n�o tolerar nenhum tipo de preconceito e programa a realiza��o de treinamentos internos abordando temas diversos.
Veja a nota:
“A empresa j� entrou em contato com a cliente e reitera que n�o tolera qualquer tipo de preconceito. A Lojas Renner ir� refor�ar os treinamentos internos sobre diversidade e inclus�o com 100% da equipe da unidade.”
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.