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Estado de Minas DELTA PODE SER CAUSA

COVID-19: Minas detecta alta na parcela de v�timas mais idosas

Presen�a da Delta e redu��o do efeito da vacina entre os que abriram a fila est�o entre hip�teses para quadro, visto tamb�m em BH, ainda em an�lise


03/09/2021 06:00 - atualizado 03/09/2021 07:26

Paciente recebe tratamento em UTI da Santa Casa de BH durante um dos picos da doença na cidade, em junho do ano passado: casos e mortes estão em queda no momento, mas a nova cepa mantém a saúde pública em alerta
Paciente recebe tratamento em UTI da Santa Casa de BH durante um dos picos da doen�a na cidade, em junho do ano passado: casos e mortes est�o em queda no momento, mas a nova cepa mant�m a sa�de p�blica em alerta (foto: Douglas Magno/AFP - 1�/6/20)

Aumento de idosos na participa��o do total de mortes e testagens positivas do novo coronav�rus (Sars-CoV-2) � observado no m�s de agosto, em Minas Gerais e em Belo Horizonte, e pode estar ligado � presen�a da variante Delta ou at� a uma perda de efetividade das vacinas j� aplicadas. A mesma amplia��o na participa��o desse perfil de idade foi observada pela Funda��o Osvaldo Cruz (Fiocruz), ap�s avalia��o da 29ª e 30ª semanas epidemiol�gicas (18 a 31 de julho de 2021), que investiga se o movimento � decorrente de um impacto da chegada da Delta ou da necessidade de refor�o vacinal, entre outras hip�teses. O m�s passado foi justamente o momento em que as autoridades sanit�rias mineiras detectaram que a variante viral mais transmissiva tinha se disseminado por todo o estado.

Por enquanto, as pastas da Sa�de de Minas Gerais e de Belo Horizonte indicam um decr�scimo de casos e �bitos no c�mpito geral da popula��o, mas confirmam a presen�a da Delta, sem, contudo, poder afirmar ser essa a causa de faixas et�rias mais altas voltarem a ser mais atingidas. Estat�sticas da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), em comparativo de tr�s per�odos de destaque dentro da pandemia por sua gravidade – o pico de infec��es de 2020 (junho em BH, e julho e agosto, em MG), o colapso hospitalar e explos�o de casos, entre mar�o e abril deste ano, e o m�s de agosto –, mostram que a participa��o dos idosos em casos e mortes vem se ampliando.

Segundo esse comparativo (veja as tabelas), em Minas Gerais a participa��o nas mortes se multiplicou em agosto mais fortemente – quando comparada aos percentuais de mar�o-abril (pico de casos e colapso hospitalar) – nas faixas dos maiores de 90 anos (3,59% para 8,97%), e de 80 a 89 anos (14,5% para 22,94%). Por outro lado, os percentuais ca�ram nas faixas et�rias entre 60 e 69 anos (25,69% para 17,21%) e de 50 a 59 anos (15,92% para 11,72%). Os casos positivos subiram na faixa dos maiores de 90 anos (0,63% para 0,93%), de 20 a 29 anos (15,71% para 18,7%) e dos 10 aos 19 anos (5,98% para 8,21%), no mesmo comparativo temporal. A maior queda foi na participa��o da faixa dos 60 aos 69 anos, que passou de 12,23% para 7,83%.

Hip�teses


O crescimento proporcional de hospitaliza��es de idosos preocupa e pode levar a algumas hip�teses, segundo a Fiocruz. “(Isso) pode refletir a amplia��o da vacina��o de faixas et�rias mais jovens, visto que sob condi��es semelhantes (todos vacinados), os mais velhos s�o mais vulner�veis. Entretanto, o quadro precisa ser acompanhado de forma atenta. Tamb�m pode resultar de outros fatores, entre os quais se coloca a hip�tese de perda da prote��o proporcionada pela vacina, o que imporia a necessidade do refor�o vacinal (terceira dose ou segunda no caso de dose �nica)”, pondera a Fiocruz.

No caso de BH, a amplia��o da participa��o nas mortes ocorreu de forma forte no mesmo comparativo dos idosos com mais de 90 anos (4,78% para 23,53%), de 80 a 89 anos (16,65% para 23,53%) e de quem tinha de 30 a 39 anos (2,88% para 5,88%). A not�cia boa � que ocorreu um decl�nio nas pessoas de 50 a 59 anos (13,86% para 5,88%) e de 60 a 69 anos (26,52% para 5,88%), na capital. Um aumento de participa��o, agora de casos, tamb�m foi registrado na faixa acima de 90 anos (3,47% para 6,25%), mas tamb�m de 10 a 19 anos (0,37% para 1,34%), de 20 a 29 anos (2,52% para 8,3%) e de 30 a 39 anos (7,02% para 10,26%). J� dos 60 aos 69 anos, no comparativo mar�o e abril de 2021 com agosto deste ano, h� queda aguda (22,92% para 8,48%).

S�ndrome respirat�ria

Os dados referentes �s semanas epidemiol�gicas 29 e 30 de 2021 do estudo feito pela Fiocruz apontam incid�ncias de s�ndromes respirat�rias agudas graves (SRAG) ainda altas no pa�s – indicativo de transmiss�o significativa do v�rus Sars-CoV-2, de acordo com a funda��o, pois a maior parte dos casos de SRAG no momento se deve � infec��o por esse v�rus. “Os estados de S�o Paulo, Minas Gerais, Paran�, Santa Catarina, Acre, Goi�s, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal encontram-se com taxas superiores a 10 casos por 100 mil habitantes. Os demais estados possuem taxas inferiores. Como os casos de SRAG s�o essencialmente casos severos, que demandam hospitaliza��o, ou casos que vieram a �bito, essas taxas preocupam por impor demanda significativa ao sistema hospitalar”, avalia a funda��o.

“O momento conjuga esperan�a de controle da pandemia e imensa preocupa��o com revezes na sua evolu��o, ainda poss�veis em face do surgimento e da propaga��o de variantes mais transmiss�veis e, eventualmente, mais agressivas. A vacina��o tem feito grande diferen�a na redu��o da gravidade de casos, interna��es e de �bitos no pa�s”, analisa a Fiocruz no estudo. “Entretanto, o v�rus continua circulando, ainda s�o muitos elevados os patamares de casos novos e de �bitos. Outro agravante � que pessoas vacinadas, mesmo com o esquema vacinal completo, podem ser infectadas e transmitir o v�rus. No caso das vacinas administradas em duas doses, a primeira dose confere prote��o muito inferior ao esquema vacinal completo”, observa.


Confira a participação (%)* de cada faixa etária no total de casos e mortes em decorrência da doença em momentos de pico e no último mês, com a presença da Delta (Clique para ampliar)
Confira a participa��o (%)* de cada faixa et�ria no total de casos e mortes em decorr�ncia da doen�a em momentos de pico e no �ltimo m�s, com a presen�a da Delta (Clique para ampliar) (foto: Arte EM)


Imuniza��o � essencial, refor�am autoridades


A Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) afirma realizar um monitoramento constante para a verifica��o do impacto da circula��o da variante Delta. At� o momento, 174 amostras genotipadas identificaram a variante, sendo cinco casos de �bitos (em Arinos, Claro dos Po��es, Rio Novo, Santa Luzia e Uberaba). “Entretanto, ainda n�o � poss�vel afirmar que o cen�rio epidemiol�gico atual tem observado altera��es significativas por essa raz�o. Trata-se da linhagem B.1.617.2, de aten��o e preocupa��o sob vigil�ncia mundial, devido � possibilidade de maior transmissibilidade, bem como a necessidade do desenvolvimento de estudos que comprovem a efetividade dos imunizantes dispon�veis at� o momento”, informa a SES-MG.

A presen�a da variante n�o altera as posturas contra a doen�a, segundo a SES-MG, que considera que a principal medida de preven��o � acelerar a vacina��o. “� imprescind�vel que a popula��o que integre os grupos priorit�rios do Programa Nacional de Imuniza��es (PNI) n�o deixe de procurar uma unidade de sa�de para a vacina��o, sem esquecer do refor�o da segunda dose, j� que s� com o esquema completo � poss�vel reduzir a transmiss�o do v�rus e evitar a forma grave da COVID-19”.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA), informa a confirma��o de tr�s casos da variante Delta, mas pondera que os indicadores de transmiss�o da COVID-19 e de demanda para leitos de enfermaria e UTI apresentam redu��o. “Isso pode ser atribu�do, entre outros fatores, � ades�o da popula��o �s medidas de preven��o e ao avan�o da campanha de vacina��o. O Centro de Informa��es Estrat�gicas de Vigil�ncia em Sa�de (CIEVS), da PBH, realiza um trabalho de monitoramento continuado para detectar precocemente novas variantes, al�m de outras situa��es relacionadas � transmiss�o”.

A Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) pondera que as respostas �s vacinas em diversos grupos populacionais, em m�dio e longo prazos, ainda precisam ser conhecidas para se determinar o tempo de dura��o da resposta mais efetiva do sistema imunol�gico e ainda espera que a humanidade conviva por algum tempo com o novo coronav�rus. “A COVID-19 continua sendo uma trilha que vai sendo desvendada � medida que � percorrida. Perguntas novas se colocam a cada momento. Por ora, h� fortes raz�es para acreditarmos que conviveremos com a COVID-19 ainda por um per�odo, embora em condi��o end�mica. A vacina��o, o distanciamento f�sico e o uso de m�scara s�o as melhores armas de que ainda dispomos para o seu enfrentamento, e n�o devem ser negligenciadas”, pontua.

Na fila


Belo Horizonte oferece hoje a segunda dose de vacina para moradores de 56 anos e, amanh�, a primeira para os de 18. Ontem, foram vacinados os jovens de 19, ao mesmo tempo em que trabalhadores do transporte e limpeza urbana puderam completar o esquema vacinal. A capital soma 1.863.420 aplica��es de primeira dose, 953.071 de segunda e 58.854 de dose �nica. Segundo a prefeitura, 81,8% do p�blico-alvo total se vacinou com a inje��o inicial e 43,1% do mesmo contingente completou o esquema vacinal.


Hospitais j� fecham UTIs para a doen�a


Diminui��o de vagas de UTI para a COVID-19 nos hospitais particulares, de 279 para 274, elevou a taxa de ocupa��o de leitos desse tipo em Belo Horizonte de 47,2% para 49,9% ontem, segundo o boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura. A redu��o vem em resposta � diminui��o da demanda de infectados pelo coronav�rus. Com isso, as institui��es abrem vagas para pacientes com outras doen�as. J� a ocupa��o dos leitos de enfermaria recuou em BH: 33,9% para 30,7%. A transmiss�o do novo coronav�rus vinha de quatro altas consecutivas, mas ficou est�vel ontem. O RT continua em 0,95, dentro do n�vel menos grave. Pelo quarto boletim seguido, o sistema do SUS apresentou instabilidade nessa quinta. Assim, os n�meros continuam os mesmos do balan�o anterior: 270.914 diagn�sticos e 6.539 mortes. Em Minas, segundo a Secretaria de Estado de Sa�de, foram registradas ontem mais 85 mortes, elevando o total na pandemia para 53.167. Os casos somam 2.073.221.



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