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Estado de Minas Educa��o

O topo do ranking universit�rio: as 4 mineiras que s�o sempre nota m�xima

H� pelo menos 12 anos entre as melhores no ensino superior no Brasil. Federais t�m posi��o refor�ada em respeitado ranking de publica��o inglesa


12/09/2021 04:00 - atualizado 12/09/2021 08:22

UFMG foi considerada neste ano a melhor federal do Brasil em ranking internacional, repetindo lista do IGC
UFMG foi considerada neste ano a melhor federal do Brasil em ranking internacional, repetindo lista do IGC (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A excel�ncia do ensino superior em Minas Gerais � marcada por um quarteto de institui��es que figuram h� pelo menos 12 anos entre as melhores do Brasil. A cada edi��o do �ndice Geral de Cursos (IGC), indicador de qualidade das forma��es ofertadas por universidades, faculdades e centros universit�rios pa�s afora, elas est�o l�, no seleto grupo a conquistar 5, a nota m�xima da avalia��o.

O time � formado pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG), com sede em Belo Horizonte; de Lavras (Ufla), no Sul de Minas; e de Vi�osa (UFV), na Zona da Mata; al�m da Faculdade Jesu�ta de Filosofia e Teologia (Faje), tamb�m na capital, �nica representante das particulares.

Segredo de se manter nos mais altos n�veis de forma��o passa pelo compromisso com a pesquisa e com novos desafios, al�m de boas refer�ncias em n�vel internacional. A UFMG � exemplo dessa busca: foi considerada a melhor federal do Brasil e a quinta melhor universidade da Am�rica Latina, segundo o ranking 2021 da respeitada publica��o inglesa Times Higher Education, divulgado na �ltima semana.

 

Em n�vel nacional, o IGC � medido pelo Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade), prova obrigat�ria que avalia o rendimento dos alunos, e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que mede a qualidade da gradua��o. Tamb�m h� avalia��es de especialistas, que verificam as condi��es de ensino, em especial o corpo docente, as instala��es f�sicas e a organiza��o did�tico-pedag�gica. As notas variam de 1 a 5, sendo que a maioria fica na m�dia (3). O desempenho 1 e 2 � considerado insatisfat�rio e 5, a excel�ncia.

 

Universidade Federal de Viçosa, na Zona da Mata: ampliação de áreas de atuação sem perda de qualidade
Universidade Federal de Vi�osa, na Zona da Mata: amplia��o de �reas de atua��o sem perda de qualidade (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 8/7/15)
 

Segundo os �ltimos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), divulgados este ano, mas referentes a 2019, apenas 2,22% das 2.070 institui��es analisadas alcan�aram a nota m�xima: 28 privadas e 18 p�blicas, sendo 14 federais e quatro estaduais. Em Minas, a Faculdade de Odontologia de Pouso Alegre (Inap�s), no Sul do estado, aparece pela primeira vez ao lado do quarteto nota 5.

 

Para o professor Luiz Cl�udio Costa, presidente do Observat�rio de Rankings Acad�micos e de Excel�ncia (Ireg, na sigla em ingl�s), refer�ncia mundial em rankings universit�rios ligada � Unesco, o segredo da longevidade, nos casos de UFMG, Ufla e UFV, � a pesquisa.

“No Brasil, a qualidade da gradua��o � muito associada � p�s-gradua��o. Em institui��es onde p�s e inicia��o cient�fica s�o fortes, normalmente os cursos de gradua��o s�o melhores, pois h� muita intera��o entre esses n�veis e um ambiente de pesquisa favor�vel. O indicador leva ainda em conta algo que favorece as universidades p�blicas: a quantidade de professores com doutorado e p�s-doutorado”, afirma Costa.

 

Em termos de notas, essa rela��o de gradua��o com a p�s � favorecida pela composi��o do IGC. Do total, 55% da pontua��o se refere aos resultados do Enade e do Indicador de Diferen�a entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).

Os estudantes evoluem muito nessas institui��es pelo ambiente de pesquisa”, refor�a Luiz Cl�udio Costa, que � tamb�m professor titular e ex-reitor da UFV, ex-presidente do Inep e atual reitor do Centro Universit�rio Iesb, no Distrito Federal. Outros 30% da avalia��o v�m do corpo docente e os 15% restantes de um question�rio sobre infraestrutura, laborat�rios, curr�culo e oportunidade de trabalho.

 

Sendo o IGC, a m�dia de cursos, institui��es com m�dia 5 �, em sua maioria, aquelas que oferecem muitas gradua��es, o que matematicamente garante manter nota alta. “Quando tem um ou dois cursos � mais f�cil tirar 5, mas quando se tira � porque a m�dia � realmente muito boa. Ela � muito afetada pelos extremos”, afirma. “Minha leitura � que uma boa gradua��o com ambiente consolidado com a p�s e inicia��o cient�fica favorece o ambiente de aprendizagem e corpo docente competente.”

 

No caso da Faje, com apenas tr�s gradua��es (bacharelado em filosofia e teologia e licenciatura em filosofia) e duas p�s nessas �reas, pesam, segundo Costa, a boa presta��o do servi�o, dedica��o de professores e engajamento dos estudantes que fazem do c�mpus um ambiente de excel�ncia. 

 

“A Faje nasce num ambiente s�lido, dos jesu�tas, ordem que valoriza muito o conhecimento”, completa o professor em�rito da UFMG Jos� Francisco Soares, ex-presidente do Inep.

 

A Federal de Lavras, no Sul de Minas: inovação e atenção às demandas da comunidade
A Federal de Lavras, no Sul de Minas: inova��o e aten��o �s demandas da comunidade (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 24/2/14 )

A receita da excel�ncia

 

Quatro exemplos muito diferentes , sendo necess�rio olhar cuidadoso para as tr�s universidades federais mineiras que, pelo menos desde 2009, nunca sa�ram do posto da excel�ncia do ensino superior. Em especial a Federal de Lavras (Ufla), nas palavras do professor em�rito da UFMG Jos� Francisco Soares, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep).

“Menos conhecida, nasce numa Escola de Agronomia. O que mais chama a aten��o � um certo empreendedorismo que ela tem, atenta �s demandas da comunidade e da sociedade. A usina fotovoltaica que a Ufla implementou � uma prova disso”, diz. No que se refere � UFV, o professor lembra que ela j� era excelente na �rea agr�cola, sendo uma das grandes escolas de agronomia do pa�s. “Impressiona como a institui��o conseguiu fazer a transi��o incluindo outras �reas sem perder qualidade, pois, no processo de crescimento, a chance de se perder � muito grande.”

 

Em rela��o � UFMG, que nesta edi��o de 2019 do IGC foi classificada como a melhor universidade federal do pa�s, Chico Soares diz ser a sinaliza��o de que a excel�ncia n�o depende do eixo Rio-S�o Paulo. Mas mostra tamb�m que ela deve se munir de novos desafios em meio � comemora��o e visar � competi��o com outras universidades. “A UFMG deve pensar que h� outro grupo ao qual ela quer fazer parte, como o ranking da Times Higher Education (um dos mais importantes do mundo).”

 

Ponto crucial tamb�m na an�lise do reitor do Iesb, Luiz Cl�udio Costa. Ele lembra que as tr�s federais mineiras se destacam tamb�m nos rankings internacionais de universidades.

“O Brasil deveria ter mais aten��o aos rankings internacionais, como as institui��es paulistas est�o fazendo. N�o pelo ranking em si, mas pela inser��o internacional, pelo retorno que se tem. Al�m dessa excel�ncia nacional, � importante que se posicionem, porque o pa�s tem institui��es de excel�ncia internacional com programas de doutorados de notas 6 e 7, que s�o as faixas de excel�ncia internacional. Ao mesmo tempo, compartilhar esses indicadores – por menos que as institui��es possam ser representadas por um n�mero, tal a complexidade delas.”

Faje: única representante das escolas particulares, com marca do ensino jesuíta
Faje: �nica representante das escolas particulares, com marca do ensino jesu�ta (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press - 14/3/13)
Semana passada, a UFMG se destacou mais uma vez no ranking 2021 da Times Higher Education. Na categoria Am�rica Latina, ela aparece como a melhor federal do Brasil e a quinta melhor da regi�o, atr�s apenas da Pontif�cia Universidade Cat�lica (PUC) do Chile, Universidade de S�o Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto Tecnol�gico de Monterrey (M�xico). A UFV foi classificada como a 20ª e a Ufla a 21ª melhores da Am�rica Latina (8ª e 9ª entre as federais brasileiras, respectivamente).

 

MUDAN�A


Atualizar os indicadores para obter uma avalia��o de qualidade e produzir um ensino de excel�ncia e lidar com regula��o e supervis�o. Na avalia��o do presidente do Ireg, professor Luiz Cl�udio Costa, depois de anos trabalhando com a mesma metodologia, � hora de mudan�as na forma de se medir o desempenho do ensino superior. “Precisamos evoluir. Imagine que todas as institui��es no Brasil tivessem padr�o Harvard. Ainda assim, ter�amos cursos e institui��es com notas 1, 2, 3, 4 e 5, porque a metodologia � assim. O �ndice � constru�do para isso e a maioria fica na m�dia”, explica.

 

“� preciso trabalhar os impactos da universidade, precisamos avan�ar para induzir e apontar onde � preciso melhorar. N�o � s� uma nota, precisa ter um retorno. Indicadores prestaram bom servi�o, ajudaram a entender o sistema, mas � preciso avan�ar para a melhoria de qualidade, entendendo que as institui��es s�o diferentes”, avalia Luiz Cl�udio Costa. 


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