
Fuligem e fuma�a tomaram conta de grande parte da paisagem da hist�rica Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas. De acordo com Corpo de Bombeiros, um inc�ndio na Serra de Ouro Preto teve in�cio por volta das 12h dessa quarta-feira (15/9) e conseguiu ser controlado por volta das 18h, gra�as � mobiliza��o dos moradores do Bairro Morro S�o Sebasti�o.
O inc�ndio come�ou na rua Quinze de Agosto e tomou conta de uma vegeta��o entre os bairros Morro da Queimada e Morro S�o Sebasti�o. Segundo o Corpo de Bombeiros, parte do Parque Arqueol�gico do Morro da Queimada, �rea tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), foi atingida pelas chamas.
O coordenador da Defesa Civil de Ouro Preto, Neri Moutinho, afirma que foram necess�rios dois caminh�es-pipas para abastecer o carro do Corpo de Bombeiros e fazer o rescaldo da �rea. Cerca de 40 pessoas ficaram empenhadas no combate ao inc�ndio e resfriamento da �rea, incluindo brigadistas do Parque das Andorinhas, brigadistas volunt�rios, Defesa Civil de Ouro Preto, Corpo de Bombeiros e moradores.
O risco maior, segundo o comandante da Companhia de Bombeiros de Ouro Preto, capit�o M�rcio Toledo, foi quando o fogo se alastrou e chegou pr�ximo �s resid�ncias do bairro Morro S�o Sebasti�o. “O problema � que estava no meio da cidade e amea�ou as casas pr�ximas causando muita fuma�a que podia ser vista de longe”.
Toledo afirma que a equipe do Bombeiros e volunt�rios ficaram na regi�o at� a madrugada desta quinta-feira (16/9) para fazer o rescaldo da �rea e evitar uma nova igni��o do inc�ndio, que acontece devido �s brasas e focos escondidos n�o encontrados no rescaldo. “Como suspeitamos de ter sido criminoso, quem fez poderia voltar ao local”.
Uni�o dos moradores
“Foi uma coisa desesperadora e triste, ver pessoas da fam�lia e amigos com fogo chegando perto de suas casas, al�m de ver a natureza que tanto gostamos ser destru�da dessa forma irracional” desabafa a moradora do Morro S�o Sebasti�o, Maria Ben�cia Gomes, de 64 anos.
A aposentada conta a comunidade � solid�ria e, por isso, foi impedido um desastre maior. “Minha fam�lia sempre morou no Morro S�o Sebasti�o e nunca foi visto ou tivemos relato do fogo chegar t�o perto das resid�ncias”.
Tamb�m moradora do Morro S�o Sebasti�o, a empres�ria Vanilda Alves conta que ficou assustada ao ver a fuma�a invadindo a comunidade e uma chuva de fuligem cair devido a queima das �rvores.
“A fuma�a estava terr�vel, do centro da cidade, na Pra�a Tiradentes, dava para ver o fogo e ficamos todos preocupados”.
A empres�ria conta que uma biblioteca que fica na �rea externa de um mosteiro budista foi destru�da e o fogo s� n�o invadiu o templo porque a comunidade teve um papel muito importante.
“Aqui somos muito unidos. Quando ficamos sabendo que fogo estava pr�ximo � casa da Vanessa, do seu Almir, da Terezinha, uma senhora que est� acamada, corremos para ajudar com o resfriamento da �rea. Tamb�m providenciamos alimenta��o e �gua para quem trabalhou e abrigo para os idosos”.