
A alvorada festiva da padroeira come�ou �s 5h e, no lado de fora da Igreja Matriz de Santa Efig�nia, a Guarda de Mo�ambique iniciou a celebra��o como forma de manter viva uma tradi��o que envolve f�, ancestralidade e resist�ncia com a mistura do repique dos tambores e o badalar dos sinos.
Na tradi��o congadeira, Kedison conta que no dia da celebra��es tem a presen�a do rei de promessa, o rei de festa e o rei perp�tuo e em continuidade aos festejos de Santa Efig�nia, �s 13h, Paulo Arcebispo foi coroado o rei perp�tuo. Esse t�tulo d� ao novo rei a miss�o de levar o nome de um santo, que no caso � o de Santa Efig�nia, at� os �ltimos dias de sua vida.
“Na Guarda de Mo�ambique Nossa Senhora do Ros�rio e Santa Efig�nia j� temos a rainha de Santa Efig�nia, o rei de S�o Benedito, o rei e a rainha de Nossa Senhora do Ros�rio. Em 2022, o grupo vai coroar a Rainha de S�o Benedito e assim completar o trono coroado”.
Por causa das medidas de preven��o contra a COVID-19, nesse ano n�o houve a prociss�o com a imagem de Santa Efig�nia e os devotos sa�ram em carreata pelas ruas do bairro.
Templo de resist�ncia

O diretor de Igualdade Racial, da Secretaria de Cultura e Patrim�nio de Ouro Preto, Kedison Guimar�es, conta que a Matriz Igreja de Santa Efig�nia tamb�m � chamada de Ros�rio do Alto da Cruz do Padre Faria e foi constru�da entre 1733 a 1785 pelo escravo alforriado Chico Rei e seu grupo.
Segundo o diretor e Capit�o da Guarda, o local era uma esp�cie de ref�gio dos negros escravos e apresenta expressivos elementos simb�licos da cultura negra que podem ser observados nas talhas em madeira, sobretudo no altar-mor, representando conchas, caramujos, chifres e outros elementos da religiosidade africana.