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Estado de Minas IRREGULARIDADES

Hospital � suspeito de cobrar por procedimento que n�o realizou em Minas

Unidade lan�ava procedimento mais caro, mas realizava outro, mais barato, aponta supervis�o de prefeitura; hospital nega pr�tica irregular


21/09/2021 21:13 - atualizado 21/09/2021 21:30

O Complexo de Saúde São João de Deus atende a 54 municípios da macrorregião Oeste
O Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus atende a 54 munic�pios da macrorregi�o Oeste (foto: S�o Jo�o de Deus/Divulga��o)

 
Diverg�ncias entre procedimentos realizados pelo Servi�o �nico de Sa�de (SUS) e valores cobrados pelo Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus (CSSJD) foram detectados pela Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) de Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas. At� o momento, a supervis�o hospitalar aponta pelos menos 200 casos de irregularidades. O hospital nega.

Para receber a mais pela presta��o do servi�o, o hospital, segundo o diretor de regula��o do munic�pio, �rico Souki, realizava um determinado procedimento, por�m, cobrava por outro mais caro. A unidade � a �nica a atender a alta complexidade pelo SUS na regi�o. Ele � refer�ncia para 54 munic�pios, uma popula��o estimada em 1,2 milh�o de habitantes.

As diverg�ncias foram apresentadas pelo diretor de regula��o. Dentre as exemplifica��es, h� um caso em que o CSSJD cobrou R$ 9.919. Entretanto, ap�s a verifica��o da supervis�o formada por m�dicos e enfermeiros, o valor caiu para R$ 4.975.

Em outras situa��es, os valores cobrados passaram de R$ 36 mil para R$ 13 mil e de R$ 2.904 para R$ 599. O hospital lan�ava procedimentos mais complexos e mais caros, por�m realizava outros com valor de tabela mais barato.

“Retirada do tumor da cabe�a. � feito o corte, tira-se um peda�o do cr�nio e retira-se o tumor. Pega aquele peda�o do osso, reconstr�i, costura e � cobrado um valor, R$ 2 mil. O hospital vem e cobra uma cranioplastia, que � outro procedimento e que n�o foi feito. O nosso m�dico supervisor detecta que aquele procedimento cobrado n�o � o correto. Ele glosa a cranioplastia que custa R$ 5 mil, R$7 mil, R$ 10 mil”, detalhou Souki.
 
A divergência entre o realizado e cobrado foram detectados pela supervisão hospitalar
A diverg�ncia entre o realizado e cobrado foram detectados pela supervis�o hospitalar (foto: Reprodu��o/ TV C�mara)


“Superfaturamento”


Apesar das diferen�as de valores, o secret�rio municipal de Sa�de, Alan Rodrigo Silva, evita falar em superfaturamento. “Seria superfaturamento se eu cobrasse o mesmo procedimento por uma tabela extra. O que � realizado � outro procedimento e n�o o pressuposto”, alegou.

Os procedimentos s�o pagos com base na tabela e protocolo do SUS. A equipe de supervis�o avalia se o procedimento cobrado foi realizado. Para Silva, h� “diverg�ncias t�cnicas”. Ele ainda disse que todas foram sanadas pelo hospital para ser pago o valor devidamente correto.

As inconsist�ncias foram encontradas nas an�lises feitas de dezembro do ano passado at� o momento. A Semusa n�o soube precisar se as diverg�ncias ocorreram em gest�es anteriores e qual teria sido o impacto financeiro para o SUS.


Investiga��o


A prefeitura de Divin�polis, em nota, tamb�m evitou o termo “superfaturamento”. Disse que tratam-se de procedimentos distintos e que para afirmar a pr�tica seria necess�ria a instaura��o de inqu�rito policial para colher mais ind�cios. 

“H� irregularidade sim, uma vez que se tratam de glosas, portanto, o que � contatado como fora do padronizado para pagamento, � indeferido (glosa) e cobrado somente o valor devido dentro do padronizado na tabela SUS”, explicou.

Disse ainda que cabe ainda verificar se h� dolo ou n�o no ato. “Neste caso tamb�m caberia abertura de um inqu�rito para colher mais evid�ncias”, informou.

A equipe mant�m o trabalho e dever�o ser levantados mais materiais para decidir quais a��es dever�o ser tomadas.


Hospital nega


O CSSJD nega as acusa��es. Elas foram apresentadas, pela primeira vez, na presta��o de contas da Semusa na �ltima semana e ganharam repercuss�o nesta. “As informa��es divulgadas acerca de um poss�vel superfaturamento em procedimentos do SUS cobrados pelo hospital, n�o procedem”, afirmou.

Diante do que chamou de “s�rias acusa��es”, o hospital informou que teve a iniciativa de agendar uma reuni�o com o vereadores para que os m�dicos diretamente relacionados ao assunto realizassem as devidas explica��es.

O encontro foi realizado no final da tarde desta ter�a-feira (21/9). Detalhes ser�o divulgados em coletiva de imprensa a ser agendada pelo hospital.

*Amanda Quintiliano especial para o EM


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