
A raz�o dada pelo governo para desmontar o tradicional servi�o de cl�nicas no Alberto Cavalcanti era a alega��o de que o hospital se transformaria num centro de excel�ncia para tratamento de c�ncer. Mas, de acordo com a Associa��o dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemig) e com o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Auxiliar de Apoio � Sa�de e T�cnico Operacional da Sa�de (Sindpros), o servi�o de oncologia ficar� sem amplia��o e ser� desativado pelo Estado.
“O governo est� fazendo mudan�as na �rea da sa�de, com novos projetos, e isso resulta o sucateamento de v�rios servi�os e o fechamento de hospitais aos quais a sociedade tem acesso”, lamenta Carlos Martins, presidente da Asthemig e do Sindpros.
De acordo com as entidades, os trabalhadores de sa�de da rede p�blica do estado n�o t�m reajuste h� 10 anos e n�o receberam nenhum adicional financeiro nesse per�odo.
"Temos passado por v�rias dificuldades desde o ano passado, quando a pandemia teve in�cio. Tivemos mortes em virtude da COVID-19 e falta de equipamentos e materiais. Havia toda uma conjuntura, que era a situa��o da pandemia. Mas no in�cio de 2021, com a situa��o mais tranquila, come�amos a cobrar o governo a necessidade de valorizar a categoria de forma pr�tica”, ressalta Carlos Martins.
Segundo ele, os funcion�rios da Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) que ficaram afastados por algum tempo tiveram s�rias perdas de receita: “ Tivemos colegas que se afastaram em fun��o do risco de doen�as com comorbidades. Eles tiveram problemas financeiros s�rios em fun��o dos baixos sal�rios que eles recebem. H� 10 anos n�o temos nenhum reajuste. Recebemos gratifica��es provis�rias, mas o governo n�o nos paga durante esse afastamento".
Sem servi�os
A categoria j� fez paralisa��o de 12 horas em 30 de junho, com manifesta��o em diversos pontos da cidade. Agora, eles optam por novo movimento, pois temem que o governo alegue impedimentos legais em 2022, ano eleitoral, para continuar sem atender �s reivindica��es dos trabalhadores.
Em contato com o
Estado de Minas
, a Fhemig nega que os servi�os ser�o desativados: "A Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) esclarece que, dentro das reivindica��es apresentadas pelo sindicato, n�o procede a informa��o da suspens�o dos servi�os oncol�gicos, pactuados com o munic�pio e cumpridos sem interrup��o".
"Sobre o Hospital Galba Velloso, refor�amos a informa��o de que a unidade est� revocacionada para atender seu papel de retaguarda cl�nica no cen�rio pand�mico, seguindo as diretrizes dos gestores estadual e municipal e previsto no Plano de Capacidade Plena Hospitalar", prossegue a nota.
Com rela��o � falta de reajuste nos sal�rios, a entidade prev� que o Estado vai discutir com os trabalhadores uma possibilidade de acr�scimentos nos vencimentos: "O Governo de Minas, em conson�ncia com a Fhemig e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (Seplag), informa que as pautas apresentadas pelos servidores est�o em discuss�o com seus representantes, em reuni�es mensais da Mesa de Negocia��o do SUS, dando continuidade � plena abertura de di�logo com a gest�o".