A Superintend�ncia do Ibama de Minas Gerais descobriu a maior a��o de estorno de cr�ditos virtuais da hist�ria. Foi detectado que 21 empresas na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte utilizaram 140 mil m³ de madeira nativa proveniente da Amaz�nia e 94 milh�es de m³ de carv�o de madeira de esp�cies nativas.
Minas Gerais tem um sistema pr�prio e n�o adota o sistema federal, o Documento de Origem Florestal (DOF), na fiscaliza��o de utiliza��o de madeiras. As investiga��es apontaram um saldo extremamente elevado no sistema estadual de controle de madeira e carv�o nativo (CAF/SIAM).
Segundo an�lises realizadas a partir de desdobramentos da Opera��o Angustifolia, que tem como foco a explora��o de madeira de Arauc�ria, levantou-se a suspeita de que empresas que operam com madeira nativa da Amaz�nia apresentaram um ac�mulo indevido de cr�dito no Sistema Integrado de Informa��es Ambientais (CAF/SIAM).
Ao vistoriar essa base de dados, pode-se ter acesso ao saldo virtual de todas as empresas cadastradas no sistema. Analisando somente as empresas localizadas na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, verificou-se que algumas delas apresentavam volume de madeira e carv�o nativo muito acima do quantitativo de madeira efetivamente presente nos seus p�tios.
Hugo Loss, agente de Fiscaliza��o do Ibama, explica que “dentro do sistema oficial de controle de madeira nativa de Minas Gerais, 21 empresas t�m mais de 140 mil m³ de saldo de madeira nativa proveniente da Amaz�nia e 94 milh�es de m³ de carv�o de madeira de esp�cies nativas. O cr�dito excedente ser� retirado do sistema, correspondendo � maior a��o de estorno de cr�ditos virtuais da hist�ria”.
A constata��o foi feita somente na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, mas as investiga��es prosseguir�o. Caso se descubra que houve tamb�m irregularidades em toda Minas Gerais, isso pode significar que existe um grande risco para o sistema de controle florestal, em escala nacional.
De acordo com nota do Ibama, in�meras fraudes podem ser executadas a partir do volume excedente de saldo no sistema: “Qualquer madeira pode ser enviada da Amaz�nia sem saldo ou com saldo n�o correspondente � carga, mas, ao chegar em Minas Gerais, nas madeireiras que possuem carga excedente, a carga passar� a estar acobertada. Isso significa que a madeira amaz�nica pode ser esquentada”.
E acontecendo o envio de saldo virtual para acobertar madeiras sem cr�dito em outros estados, fica demonstrada a dificuldade de integra��o entre os sistemas de controle Federal e Estadual.