
Pesquisadores do Minist�rio da Sa�de realizar�o durante todo o m�s de outubro entrevistas com residentes em 19 capitais, Bras�lia e outras cidades brasileiras, incluindo Sete Lagoas, com o objetivo de estimar a cobertura vacinal aos 12, 18 e 24 meses de crian�as nascidas em 2017 e 2018.
"Eles ir�o coletar os dados de cada domic�lio sorteado usando um tablet, seguindo um question�rio estruturado, com vari�veis de identifica��o da crian�a e do respons�vel, al�m de vari�veis socioecon�micas, de acesso � sa�de, e sobre a vacina��o", explica o coordenador de Gest�o da Sa�de do munic�pio, Alber Al�pio.
De acordo com Tayn�na Sim�es, pesquisadora em Sa�de P�blica, os entrevistadores devem tirar uma foto leg�vel da caderneta de vacina��o e demais comprovantes de campanha. Se necess�rio, os entrevistadores tamb�m far�o uma busca ativa de nascidos neste ano, em cada conglomerado sorteado, at� que o n�mero amostral seja atingido. Posteriormente, os dados de vacina��o ser�o transcritos por profissionais de sa�de com experi�ncia em imuniza��o.
A equipe de pesquisa e campo conta com a coordena��o, em Minas Gerais, da pesquisadora em Sa�de P�blica, Tayn�na Sim�es, do Instituto Ren� Rachou (FIOCRUZ-MINAS) e coordena��o nacional do professor Dr. Jos� C�ssio de Moraes, docente da Faculdade de Ci�ncias M�dicas da Santa Casa de S�o Paulo e consultor do Programa Nacional de Imuniza��o (PNI).
Al�m de bolsistas de pesquisa, Orozimbo Campos Neto e Rosiane Rodrigues, equipe t�cnica de profissionais de sa�de, que ir� fazer a leitura e digita��o dos dados vacinais das crian�as, e equipe de campo treinada por uma empresa especializada em inqu�ritos domiciliares.
Em Sete Lagoas, os entrevistadores s�o Renata Oliveira, Gabriel Alves, Carina Mansur e Aline Dias, sob a coordena��o de Vilma Santos Cruz.
Vacina��o em queda
A cobertura vacinal no Brasil tem ca�do muito nos �ltimos anos, de acordo com o Minist�rio da Sa�de, atingindo n�veis inferiores �s metas preconizadas. Desde 2017, o pa�s como um todo n�o consegue atingir as metas de cobertura vacinal para a maioria das vacinas oferecidas pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).
Segundo o secret�rio municipal de Sa�de de Sete Lagoas, Dr. Fl�vio Pimenta, isso traz muitos riscos para a popula��o, pois algumas doen�as podem aumentar e outras, consideradas erradicadas, podem reaparecer, como � o caso do sarampo.
"Essa defici�ncia se mostra ainda maior em cidades do interior, que costumam apresentar problemas estruturais mais significativos", comenta.
Em 2020, Minas Gerais n�o alcan�ou nenhuma das metas de cobertura vacinal para crian�as nascidas em 2017 e 2018, com coberturas variando de 58% a 80% das vacinas do esquema b�sico, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Sa�de (SES-MG).
O Minist�rio da Sa�de quer entender as raz�es dessas quedas e seus fatores associados, avaliando as desigualdades na popula��o brasileira, para propor estrat�gias diferenciadas no PNI.
Segundo a Tayn�na Sim�es, o objetivo geral do inqu�rito vacinal � estimar a cobertura do esquema vacinal completo e de cada vacina inclu�da no calend�rio do PNI do nascimento da crian�a at� o momento da entrevista.
“Al�m disso, queremos avaliar o acesso e a ades�o das fam�lias com crian�as nascidas em 2017 e 2018 ao programa nacional de imuniza��es. Medir o atraso entre as doses e a propor��o de doses em rede privada”, complementa.
Em
Belo Horizonte
a pesquisa j� foi realizada, contemplando cerca de 1800 crian�as e os dados est�o em fase de an�lise. Agora o Minist�rio da Sa�de quer saber a situa��o vacinal em cidades do interior do pa�s. Em Minas Gerais, foi escolhido o munic�pio de Sete Lagoas.
Para mais informa��es, a popula��o pode ligar para o Disque Sa�de pelo n�mero 136 e no telefone da empresa respons�vel pelas entrevistas: 0800 025 0174.