Um crime ocorrido em 2017 e que chegou a ser arquivado por falta de provas, mas depois foi reaberto gra�as a den�ncias de novas testemunhas, acaba de ser desvendado pela Pol�cia Civil. O suspeito, um homem de 31 anos, foi preso em Ouro Preto, Regi�o Central do estado, na �ltima sexta-feira (8/10), mas somente revelado nesta quinta-feira (14/10). O crime teve o tr�fico de drogas como motiva��o.
O homic�dio ocorreu no dia 10 de julho de 2017, no Bairro Ouro Preto, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. A v�tima, de 34 anos, foi morta com um tiro no olho. Segundo as investiga��es, realizadas pelo Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), comandado pela delegada Let�cia Gamboge, a v�tima estava em um ponto de venda de drogas no referido bairro, quando avistou o suspeito vendendo entorpecentes. Como a �rea � dominada por uma gangue, da qual ele n�o fazia parte, a v�tima foi at� o suspeito repreend�-lo, dizendo que avisaria seu primo, l�der do grupo criminoso que atuava na regi�o, sobre a venda das drogas no local.
O suspeito n�o acatou o recado e, revoltado, perseguiu a v�tima matando-o. O crime ocorreu por volta das 14h, diante de v�rias testemunhas. “Mais uma vez destacando a influ�ncia do tr�fico de drogas na sociedade, mais um crime motivado pela quest�o da merc�ncia de subst�ncia entorpecente”, destaca o chefe da Divis�o Especializada em Investiga��o de Crimes Contra a Vida (DICCV), Frederico Abelha.
As investiga��es
Os policiais descobriram que a dificuldade de se encontrar o autor do crime se deu porque o suspeito mudava-se constantemente de endere�o, n�o s� em Belo Horizonte, mas tamb�m no interior do estado. Segundo a delegada Gamboge, o suspeito morou em diferentes regi�es de Belo Horizonte, bem como em outras cidades de Minas, como Janu�ria, Governador Valadares, Conselheiro Lafaiete, Congonhas e, por fim, em Ouro Preto, onde acabou preso.
“Esse inqu�rito policial chegou a ser arquivado em 2018, mas diante de fatos novos, foi reaberto e culminou na identifica��o da autoria e na pris�o desse suspeito”, diz ela.
Outro delegado, Lucas Nunes, que coordena as investiga��es, explica que o caso foi reaberto depois que populares que haviam testemunhado o fato e se mostravam revoltados com a situa��o passaram novas informa��es.
“Segundo essas testemunhas, o executor do crime era de cor branca, morador do Bairro Serra, na Regi�o Sul da capital, e tinha uma namorada no local onde ocorreu o crime. Com base nessas informa��es, a PCMG requisitou o desarquivamento do caso”, afirma ele.
A opera��o que levou � pris�o do autor foi batizada de “Aurum”. “Aurum em latim significa ouro, e demos esse nome exatamente porque o homic�dio ocorreu no Bairro Ouro Preto, e a pris�o na cidade de Ouro Preto. Uma coincid�ncia quanto � identidade dos nomes."
As investiga��es, agora, se concentram na descoberta de um motoqueiro, que teria dado fuga ao criminoso, logo depois de ele cometer o crime.