A fam�lia de um jovem de 18 anos que foi espancado ap�s ser pego em flagrante em um furto a um com�rcio diz que o secret�rio de Obras e um vereador da cidade de Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas Gerais, s�o os respons�veis pela agress�o. Os crimes aconteceram na madrugada de 12 de outubro.
Um v�deo chegou a ser feito ap�s o espancamento mostra Valter Bernardo de Sousa, 18, chorando e pedindo para que as agress�es parassem. O v�deo foi publicado em grupos de moradores da cidade, que 11 mil habitantes e fica ao lado de Varginha, nas redes sociais.
Segundo a m�e do rapaz, Isabel Bernardi, o vereador Cleberson Vilela, conhecido como Clebinho, foi quem postou a grava��o, e teria participado das agress�es junto com o secret�rio de obras de Carmo da Cachoeira, Arnaldo Castelhano.
Ao
Estado de Minas
, Isabel disse que h� aproximadamente tr�s anos o filho � usu�rio de drogas, e que, na madrugada do feriado de Nossa Senhora Aparecida, ele furtou R$ 12 de um restaurante que seria da fam�lia do secret�rio.
Quando iria esconder o dinheiro em um canto na casa vizinha, que � onde Castelhano mora, foi pego. "Nisso, o vereador, Arnaldo e mais duas pessoas vieram e come�aram a bater no meu filho. Chegaram a amea�ar ele com um fac�o", conta.
O garoto levou v�rios chutes e socos. A m�e n�o sabe quem levou o jovem at� o Hospital Nossa Senhora do Carmo, tamb�m na cidade. Quando chegou l�, tentou localizar o filho, mas n�o havia nenhuma ficha aberta. "S� depois de muito tempo � que me falaram como ele estava. Tive que pedir para um outro m�dico fazer um exame de corpo de delito", afirma.
O "laudo", feito em um papel que parece de receita do hospital, aponta que o garoto teve hematomas nas costas.
Valter ficou no hospital durante todo o feriado, e voltou para casa para terminar de tratar os machucados. Ele ainda tem marcas pelo corpo e reclama de dores.
Durante a entrevista, Isabel nunca deixou de reconhecer que o filho errou ao cometer o furto. Disse que tenta tir�-lo do mundo das drogas, e que n�o apoia nenhum ato il�cio dele.
Por�m, ela afirma que as agress�es foram "desproporcionais" ao que aconteceu, com a exposi��o do rosto dele nas redes sociais. "E ainda amea�aram ele, dizendo que, se ele furtar de novo, vai ser morto", completa.
O boletim de ocorr�ncia s� foi registrado nesta sexta-feira (15/10). Segundo a m�e, a demora foi por causa da pr�pria Pol�cia Civil em exigir laudos e documentos.
O
Estado de Minas
procurou Cleberson Vilela e Arnaldo Castelhano, por meio das redes sociais, para comentar as den�ncias, e aguarda o envio dos posicionamentos. Assim que as respostas forem encaminhadas, este texto ser� atualizado.