
“Essas fam�lias pagavam de R$ 500 a R$ 1.000 por um laudo aos engenheiros que prestavam o servi�o a elas. Como eram pessoas pobres, decidi fazer o mesmo trabalho, de gra�a. Em 2018, quando comecei a atender a essas fam�lias, eu fiz cerca de 200 laudos”, conta Pedro Ot�vio Pereira, que j� acumula mais de mil trabalhos volunt�rios em Manhua�u, na Zona da Mata.
Nesses laudos, segundo o engenheiro civil, as condi��es das casas s�o avaliadas em v�rios aspectos, como rachaduras em paredes e comprometimentos na estrutura. As casas das �reas de risco geralmente s�o feitas de forma prec�ria, sem seguir um projeto de engenharia.
Cada situa��o � avaliada de forma criteriosa e as fam�lias s�o orientadas a deixar as casas, fazer alguns reparos ou derrubar por completo. “Temos um grupo de construtores que tamb�m apoia essas fam�lias em casos de reconstru��o, sob supervis�o de engenheiros”, diz.
Entre 2019 e 2020, o engenheiro calcula ter feito de 400 a 600 laudos, por ano, de gra�a.

Gratid�o
Quem recebe a ajuda e orienta��o de Pedro Ot�vio, sempre agradece ao engenheiro. “Nossa, o atendimento dele (Pedro Ot�vio) foi bom demais. A gente ia ter de sair da nossa casa, mas ele nos ajudou at� na reforma. Eu sou muito grato a tudo que ele fez por mim e pela minha fam�lia. E que Deus aben�oe muito a fam�lia dele”, disse Jos� Ademir Alves, o Japon�s, morador do Bairro Todos os Santos.
E com a chegada das chuvas, Pedro Ot�vio j� espera por mais trabalho, volunt�rio, movido apenas pelo interesse de ajudar as pessoas que precisam de socorro em momento t�o dif�cil. “Fico feliz em poder ajudar”, disse.