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Estado de Minas PANDEMIA

Em dire��o oposta ao Rio, BH dever� manter uso de m�scaras por mais tempo

De acordo com infectologistas, capital mineira est� no caminho para controlar a pandemia, mas ainda n�o h� uma estabilidade que permita abandonar as medidas


30/10/2021 13:00 - atualizado 30/10/2021 13:59

Homem usa máscaras enquanto circula pelas ruas da capital
Infectologistas afirmam que ainda n�o � momento para pensar em suspender o uso de m�scaras em BH (foto: Leandro Couri/EM/Da Press)

A perspectiva de controle da COVID-19 se mostra promissora para o  pr�ximo ano, com o avan�o na vacina��o e o desenvolvimento de tratamentos para a doen�a. No entanto, os infectologistas que assessoram o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na tomada de decis�es avaliam que ainda n�o � o momento para suspender o uso de m�scaras, uma das medidas mais efetivas para evitar o avan�o da doen�a.
 
"M�scara � sinal de respeito. Eu te respeito, voc� me respeita. Eu te protejo e voc� me protege. A n�o-utiliza��o da m�scara demonstra uma falta de educa��o absurda", afirma o infectologista Carlos Starling.  
 
Apesar da import�ncia do acess�rio para barrar o avan�o da doen�a, muitas pessoas, por contra pr�pria, t�m progressivamente deixado a prote��o de lado. Em algumas cidades, como  o Rio de Janeiro, por exemplo, o n�o uso de m�scaras em locais abertos foi inclusive autorizado pela prefeitura .
 
Integrantes do comit� de especialistas da capital mineira, Carlos Starling e Una� Tupinamb�s desaconselham que BH siga o exemplo da capital fluminense. Starling destaca que as decis�es s�o tomadas com base em par�metros cient�ficos, ao contr�rio de algumas cidades que optam por regras pol�ticas, nem sempre em conson�ncia com as regras epidemiol�gicas.
   
"Belo Horizonte teve, segundo o Imperial College – uma institui��o inglesa completamente independente – a menor mortalidade entre 14 capitais. Se as outras capitais tivessem tido a gest�o da pandemia que Belo Horizonte teve, segundo esse estudo, ter�amos 329 mil mortes a menos no pa�s", afirma Carlos.
 
A capital dever� se orientar nos princ�pios epidemiol�gicos para definir sobre at� quando ser� obrigat�rio o uso de m�saras. "N�s vamos pensar em tirar m�scaras quando tivermos uma situa��o epidemiol�gica est�vel, sustent�vel e sustentada por um per�odo de, no m�nimo, dez semanas. Precisamos ter uma seguran�a epidemiol�gico de que o v�rus est� de fato controlado", afirma Carlos Starling.
 
A suspens�o do uso de m�scaras � uma medida precoce, na avali��o de Una� Tupinamb�s. Ele afirma que para que isso ocorra � necess�rio que mais de 90% da popula��o tenha sido vacinda, a taxa de transmiss�o esteja abaixo de 0,5 e a incid�ncia menor do que 50 casos di�rios para 100 mil habitantes. "Belo Horizonte est� caminhando para isso. A gente n�o pode relaxar agora n�o."
 
Os pa�ses que avan�aram na vacina��o e retiraram a obrigatoriedade do uso da m�scara est�o revendo a medida, como Israel, e o Reino Unido, que tiveram que retomar as medidas restritivas, quando o v�rus voltou a circular. Os infectologistas ressaltam que as vacinas evitam a forma letal da doen�a, mas n�o evitam a transmiss�o. Nesse cen�rio, o controle da epidemia passa por um conjunto de a��es: medidas de barreira, medidas de preven��o, usando vacina e tratamentos.
 
No entanto, ainda n�o h� tratamentos para fazer frente � doen�a. "Temos vacinas e medidas de barreira, as nossas moletas neste momento e temos que mant�-las ou, caso contr�rio, vamos ter uma nova acelera��o da pandemia".

AUMENTO DA TAXA DE TRANSMISS�O EM BH  

Nesta semana, foi registrado um aumento na taxa de transmiss�o viral, que saiu do verde, que indica controle, para o amarelo, de alerta.  "A medida de barreira que tivemos mais importante, nesta pandemia, o uso de m�scaras. N�o podemos prescindir delas, seja em ambiente aberto ou fechado, por enquanto", pondera Carlos.

� necess�rio alcan�ar uma estabilidade epidemiol�gica, ainda distante como refor�a Una�. Letalidade, mortalidade e taxa de transmiss�o s�o alguns dos par�metros que devem ser observados na avalia��o do cen�rio epidemiol�gico, � a taxa de normalidade tem que estar acima de 90% ao longo de pelo menos dez semanas. 
 
 Uma vez que a epidemia n�o est� sob controle nem  em regress�o cont�nua, as regras sanit�rias do munic�pio devem ser respeitadas em todos os ambientes. "N�o respeitar as medidas sanit�rias, neste momento, significa protelar o controle da epidemia ou seja mais sofrimento e mais tempo convivendo com restri��es. � um momento perigoso. As pessoas acham que a pandemia acabou, porque elas tomaram duas doses.

Carlos Starling destaca que o Rio de Janeiro registrou dez vezes mais n�mero de mortes por COVID-19 do que a capital mineira.   

"N�o vale ficar de frente para o mar e de costas para a realidade", cita frase inspirada em um can��o de Milton Nascimento para analisar a decis�o do Rio de suspender o uso de m�scaras em locais abertos.


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