Ainda segundo a empresa, tamb�m n�o houve grandes ocorr�ncias e lentid�o no tr�nsito da capital nesta manh�, que registrou o fluxo normal para o dia.
A greve dos motoristas do transporte p�blico coletivo de Belo Horizonte durou um dia e meio. A suspens�o foi decidida ap�s reuni�o entre representantes de Sindicato dos Trabalhadores Rodovi�rios de BH (STTRBH), Empresa de Transportes e Tr�nsito de BH (BHTrans) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (SetraBH) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A partir da decis�o, os �nibus j� retornaram � circula��o normal.
A paralisa��o dos rodovi�rios est� suspensa, pelo menos, at� sexta-feira (26/11), o que vai proporcionar certa paz e normalidade aos passageiros da capital ao menos at� o fim da semana. Na sexta, empres�rios, motoristas e a BHTrans voltam a se reunir no TRT em busca de um entendimento, com a promessa de uma decis�o definitiva. �udios de motoristas, entretanto, levantam suspeita de locaute no movimento. Agora, outra possibilidade de transtornos surge no transporte p�blico: metrovi�rios analisam amanh� se entram em estado de greve.
Paulo C�sar da Silva, presidente do STTRBH, espera que a proposta seja positiva para a classe. “O TRT pediu a suspens�o da greve at� sexta e intimou o patronal, o Setra, a trazer a proposta definitiva. Creio que depois de uma conversa mais mansa, at� da prefeitura com o Setra, que eles v�o sentar e construir uma proposta para n�s, e esperamos que seja satisfat�ria”, disse o sindicalista ao Estado de Minas. O Setra tem at� as 18h de sexta-feira para enviar a proposta. Ap�s o texto encaminhado � categoria, uma assembleia ser� convocada para o fim de semana, quando deve ser definido se a greve se manter� ou se ser� encerrada.
Os impactos sentidos pela popula��o foram enormes. Segundo balan�o da BHTrans, durante a madrugada de ontem – da meia-noite �s 6h –, apenas 30,8% das viagens programadas foram realizadas. Por volta das 8h, a empresa de tr�nsito informou que, das 6h �s 7h, 35% das viagens foram realizadas, sendo a Regi�o do Barreiro a mais desassistida, seguida por Venda Nova, Leste e Nordeste.
Ver galeria . 14 FotosCom o fracasso da rodada de negocia��es de segunda-feira, a greve dos rodovi�rios de Belo Horizonte continua hoje (23/11). Na foto, situa��o na Esta��o S�o Gabriel e no entorno: catracas fechadas, metr� lotado e tr�nsito carregado
(foto: Jair Amaral/EM/DA Press )
Com a falta de �nibus, muita gente procurou usar carros particulares e motoristas de aplicativos, o que ampliou o volume de ve�culos nas ruas e travou o tr�nsito. Um ter�o da extens�o do Anel Rodovi�rio e tamb�m a ter�a parte das vias do Centro, dentro da Avenida do Contorno, ficaram praticamente parados, segundo mostrou o mapeamento de tr�fego do Google Maps obtido e trabalhado pela reportagem �s 7h40, ainda hor�rio de pico.
A situa��o mais cr�tica era a do Centro, onde os congestionamentos com maior lentid�o se concentraram por 17,2 quil�metros de 84 ruas e avenidas. A extens�o compreende um ter�o da �rea dentro da Contorno e perfaz uma m�dia de 205 metros de lentid�o por rua e avenida afetada, ou seja, perto de dois quarteir�es de lentid�o por via.
O Anel Rodovi�rio registrou extens�o um pouco maior de tr�fego lento, abrangendo 17,5 dos seus 54 quil�metros nos dois sentidos, comprometimento de 32,4%, praticamente um ter�o. As reten��es irradiaram do Centro para avenidas. Motoristas de aplicativos de transporte n�o aceitavam as corridas mais em conta, j� que podiam escolher os passageiros mais lucrativos com a alta demanda nas �reas desassistidas pelos coletivos.
J� a partir da noite de ontem, veio o al�vio: a frota n�o retornou 100% pela quest�o do tempo do an�ncio da suspens�o, mas a circula��o de �nibus aumentou consideravelmente, depois de ter permanecido em 30% – segundo a BHTrans – desde o in�cio da grevete.
O dia foi de sufoco, que perdurou at� a tarde, com filas e passageiros tendo que recorrer a t�xis e apps (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Al�vio: depois de um dia e meio de greve, os �nibus voltaram a circular normalmente na noite de ontem (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Ao longo do dia o tr�nsito fluiu dentro da normalidade e n�o houve altera��o na quantidade de �nibus em circula��o. Exceto pela esta��o Candel�ria, do Move, que ficou fechada durante a tarde para manuten��o, sem rela��o com a greve dos rodovi�rios.
Locaute
�udios obtidos pelo Estado de Minasontem denunciam locaute durante a greve. Pelo menos duas grava��es feitas por motoristas indicam a suposta pr�tica, uma vez que eles afirmaram que as empresas n�o liberaram os coletivos para atender a popula��o. O locaute ocorre quando os patr�es se recusam a ceder instrumentos de trabalho aos empregados. A Lei 7.783 pro�be a pr�tica.
Em um dos �udios, um motorista diz que n�o havia sa�do nenhum �nibus da garagem e que a greve seria "dos homens", se referindo aos patr�es. Os trabalhadores, na ocasi�o, n�o foram autorizados a sair com os coletivos. Em outro, um trabalhador afirma que ele e os colegas n�o tiveram autoriza��o para sair com os �nibus e que sequer haviam gestores na empresa para liberar a sa�da.
Vereadores enviaram os materiais para o Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) e para o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), pedindo apura��o. Em nota, o Setra-BH classificou como "irresponsabilidade" a acusa��o.