
De acordo com o presidente do STTRBH, Paulo C�sar, a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte P�blico de Belo Horizonte (Setra-BH) n�o contempla todos os anseios da classe trabalhadora.
Apesar da proposta trazer o aumento de 9% no sal�rio dos rodovi�rios, o texto n�o garante a corre��o da infla��o pelo �ndice Nacional de Pre�o ao Consumidor (INPC) - principal bandeira da causa grevista.
Al�m disso, cl�usulas sociais, como a garantia de um intervalo m�ximo de 30 minutos entre as viagens e o pagamento do ticket alimenta��o durante as f�rias, n�o foram garantidas.
"Em duas assembleias cheias, o trabalhador rejeitou a proposta patronal. Pela tarde, foi un�nime a reprova��o", pontuou o sindicalista. "Retomaremos a greve respeitando a escala m�nima." Durante a paralisa��o, o sindicato garante que respeitar� o compromisso legal e 60% da frota de �nibus continuar� em circula��o na capital mineria.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHtrans afirmou que deve "monitorar as viagens e informar sobre o cumprimento do servi�o m�nimo de 60% exigido pela justi�a do trabalho". Agentes da BHTRANS e da Guarda Municipal estar�o nas esta��es com o objetivo de orientar e garantir a seguran�a dos usu�rios.
Entenda a greve
Sem reajuste salarial h� dois anos, os rodovi�rios cruzaram os bra�os em 22 de novembro. Com a promessa de uma an�lise sobre as reivindica��es pela classe patronal, a greve foi suspensa em pouco mais de 24 horas.
Um prazo foi estipulado e o Setra-BH se comprometeu a enviar uma proposta de reajuste salarial at� essa ter�a-feira (30/11). Os motoristas se reuniram em assembleias pela manh� e na tarde de hoje, onde decidiram, por maioria, a retomada da paralisa��o.
Diante da situa��o, o Setra-BH entrou com uma peti��o no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) para determinar que trabalhadores do transporte p�blico da capital mantenham 100% da frota em circula��o, sob pena de aplica��o de multa.
Por meio de nota, o Setra-BH afirmou que ofereceu uma proposta de reajuste salarial de 9%, e que a rejei��o da oferta "causa estranheza". "Sinaliza que a inten��o desses trabalhadores � fazer uso da paralisa��o que muito prejudica toda a sociedade em detrimento de ganhos invi�veis e que jamais ser�o concedidos por parte das empresas", disse o sindicato patronal.
*Estagi�ria sob supervis�o