
Em entrevista ao Estado de Minas, Willis conta que recebeu o pedido de corrida no Bairro Santa Paula, na Zona Leste da cidade. Segundo ele, o carro foi solicitado por uma mulher, mas, chegando ao endere�o, ele se deparou com um jovem aparentando nervosismo e pressa para sair do local.
“O garoto, aparentemente, devia ter uns 17 anos. Ele confirmou o nome da mulher [que, em tese, seria a solicitante] e entrou no carro. O rapaz estava apressado, nervoso e disse que tinha urg�ncia. Pedi que colocasse a m�scara, mas ele n�o tinha uma e falou que colocaria a blusa no nariz. Da�, eu respondi que a roupa n�o servia como prote��o”, conta o motorista.
Diante da negativa em seguir viagem, Willis disse que o jovem abriu a porta e, com o corpo parcialmente do lado de fora, perguntou a quem passava na rua se algu�m teria uma m�scara para fornecer para ele. No entanto, ningu�m respondeu. Depois disso, ele terminou de sair do ve�culo e bateu a porta com agressividade.
“A�, eu disse que n�o � assim que se fecha a porta do carro. Ent�o, ele retrucou: ‘qual �, meu irm�o? T� me tirando?’ Tentei apaziguar a situa��o. Disse que era da �rea, pois tamb�m sou morador daquele bairro, mas ele come�ou a ficar mais agressivo”, explica Willis, acrescentando que quando manobrava o carro pra ir embora, o garoto pegou uma pedra e se aproximou do ve�culo.
“Achei que ele fosse arremess�-la contra o autom�vel. Permaneci dentro do carro e, conversando com ele, tentei evitar um preju�zo financeiro. No entanto, fui surpreendido quando ele chegou mais perto e socou a pedra no meu olho”, diz Willis.
Ap�s a agress�o, o motorista publicou um v�deo nas redes sociais mostrando o resultado da viol�ncia que ele sofreu. O jovem entrou novamente na resid�ncia em que ele estava antes da chegada do autom�vel. Ainda segundo Willis, quando a Pol�cia Militar chegou ao local, n�o foi poss�vel tomar o depoimento do agressor porque ele n�o saiu mais do im�vel, e os militares n�o tinham um mandado para entrar na resid�ncia.
Ap�s as dilig�ncias no local, a PM conduziu o motorista at� o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS). Ap�s exames – e apesar do sangramento e incha�o –, n�o foi identificada nenhuma fratura. “O medo seria de atingir o globo ocular, o que comprometeria a vis�o. Hoje, pela manh�, eu fui ao oftalmologista e, em um primeiro momento, ele me tranquilizou dizendo que, a princ�pio, n�o ocorreram danos graves”, complementa Willis.
Indagada pela reportagem, a Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o caso foi encaminhado � 5ª delegacia do munic�pio, onde a ocorr�ncia ser� apurada.
Passageiro banido da plataforma
Em nota enviada ao Estado de Minas, a 99 App disse que lamenta o epis�dio e que o passageiro foi banido da plataforma. A empresa tamb�m destaca que n�o tolera comportamentos ofensivos, atitudes agressivas ou qualquer outra forma de viol�ncia.
Leia a nota da �ntegra:
“A 99 lamenta profundamente o caso e repudia veementemente o ato de viol�ncia contra o motorista parceiro Willis. Assim que tomamos conhecimento, banimos o passageiro e mobilizamos uma equipe que prestou acolhimento e suporte necess�rios para o Willis. Estamos dispon�veis para colaborar com as investiga��es da pol�cia, se necess�rio.
Esclarecemos que respeito m�tuo � a base de tudo e obrigat�rio para utiliza��o do app. A comunidade 99 n�o tolera comportamentos ofensivos, atitudes agressivas ou qualquer outra forma de viol�ncia. Para tanto, investimos constantemente em seguran�a e educa��o para fomentar respeito e gentileza nas corridas, como o Guia da Comunidade 99, que traz orienta��es para os usu�rios de como agir e quais comportamentos n�o s�o aceitos na plataforma.
Ressaltamos ainda que a seguran�a e a sa�de dos nossos usu�rios � prioridade para 99 e a utiliza��o da m�scara durante as corridas � obrigat�ria. Em situa��es como essa, que v�o contra os Termos de uso do app, orientamos que o usu�rio, seja ele motorista ou passageiro, informe imediatamente pelo app ou pela nossa Central de Seguran�a, no telefone 0800-888-8999, para que medidas cab�veis sejam aplicadas.”