
A rede hoteleira comemora a ascens�o no fim do ano, mas demonstra preocupa��o com a falta de r�veillon e carnaval em Belo Horizonte. De acordo com o Sindicato de Hot�is, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana (SindiHBaRes), o m�s de dezembro teve a melhor taxa de ocupa��o dos �ltimos 20 anos (entre 60% e 65%).
N�mero que n�o deve se repetir nas pr�ximas festividades, como explica o presidente da entidade, Paulo C�sar Pedrosa. “� uma perda grande. O carnaval lotava aproximadamente 100 hot�is da capital. Sem carnaval, a taxa de ocupa��o chega no m�ximo a 50%”, afirma. Segundo Pedrosa, os �ltimos carnavais conseguiram alcan�ar taxas entre 80% e 100% em BH.
No entanto, mesmo sem a ocupa��o esperada – j� que o carnaval n�o foi autorizado pela prefeitura – o setor � positivo e espera pelo menos 1 milh�o de turistas na cidade.
“Janeiro e fevereiro ser�o bons, independente se vai ter ou n�o carnaval. Tenho certeza que o foli�o vai pra rua mesmo sem o carnaval autorizado”, acredita o presidente do sindicato, fazendo ainda um apelo. “O prefeito e a Belotur t�m que olhar com carinho as escolas de samba e os blocos caricatos. Em BH, o carnaval ganhou um impulso muito grande, e de repente vamos cortar isso?”, indaga Paulo Pedrosa.
No caso das comemora��es de ano-novo, o setor tamb�m foi prejudicado sem a queima de fogos. “O r�veillon ainda est� uma incerteza. S�o poucos hot�is que fazem eventos. A maioria dos hot�is n�o vai ter nada”, observa.
Recupera��o econ�mica
De acordo com a entidade, cerca de 18 mil trabalhadores do setor perderam o emprego durante a pandemia. Com a alavancada de 2021, 3 mil vagas j� foram recuperadas, e a expectativa � alta para 2022.

“Nosso setor foi o mais prejudicado, e agora estamos come�ando a retomar os empregos. Ainda faltam 15 mil. O lado positivo � que o 2º semestre foi o melhor mesmo antes da pandemia. Agora, esperamos a recupera��o total do setor at� o ano que vem”, disse.
Pedrosa contabiliza que BH tem aproximadamente 200 hot�is. Pelo menos 30 deles fecharam durante a pandemia, quando a ocupa��o n�o passava de 25%. Entre eles, 14 ainda n�o reabriram, pois aguardam a melhora do cen�rio econ�mico.
Otimismo prevalece
No caso da hotelaria, o setor est� surfando na retomada das atividades. Rodrigo Mangerotti � gerente-geral de dois hot�is na Savassi, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte e se diz contente ao encerrar o ano com 100 colaboradores e taxa de ocupa��o superior a 60%.
“O desenvolvimento hoteleiro tem uma abrang�ncia muito grande. A gente est� muito otimista, mas com cautela, respeitando a pandemia que ainda n�o acabou”, explica.

Os impactos do carnaval j� s�o previstos para ele, principalmente pelo fato de cidades do entorno – como Ouro Preto –, terem confirmado o cancelamento da festa. “Sem d�vida impacta o carnaval. Nossa cidade passa a ser dormit�rio para lugares como esse”, disse Rodrigo.
Mas isso n�o � motivo de des�nimo. “A prefeitura tem investido em eventos para o nosso setor, apoiou muitos eventos com a Belotur, isso nos ajudou nesse sentido. Temos que esperar um pouco a vacina��o e os indicadores da COVID. Al�m disso, a gente acredita que eventos privados v�o mover a cidade. No caso do r�veillon, j� temos h�spedes que usam a data como momento de relaxamento”, conclui.