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Estado de Minas CLIMA NATALINO

BH acorda pregui�osa, ambulantes procuram clientes e crian�ada se diverte

O dia 25 � tradicionalmente marcado pelo vai e vem das pessoas pelas ruas e pra�as da cidade, curtindo a folga e prolongando a alegria do Natal


25/12/2021 13:25 - atualizado 25/12/2021 13:58

Praça da Assembleia, Aldrey de Vasconcellos com a esposa Gabriela Vasconcellos e os filhos Benício e Horácio
A fam�lia Vasconcellos se divertindo. Aldrey e a mulher, Gabriela, com os filhos filhos Ben�cio, de bike nova, e Hor�cio, pilotando o velotrol (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Belo Horizonte amanheceu sem o ritmo fren�tico t�pico da capital. A calmaria ditou o compasso da cidade e surpreendeu, j� que o dia 25 de dezembro � marcado, principalmente, pelo burburinho nas pra�as, parques, espa�os ao ar livre, especialmente, com a presen�a de crian�as e pais prontos para curtirem os presentes recebidos do Papai Noel. Tradicionalmente, � o dia de reinventar as brincadeiras com os novos presentes. 

Mas seja por causa da ressaca, do fantasma da pandemia, da pregui�a num dia em que o Sol brinca de aparecer e desaparecer, ou o apego ao sono e � cama quentinha, muitos belo-horizontinos escolheram ficar em casa, ao menos ao longo da manh�. O movimento pelas ruas da capital era t�mido, uma cidade mais parada, previs�o que pode mudar no per�odo da tarde, com o vai e vem agitando os espa�os ao ar livre da capital. Um despertar sem hora marcada.
 

Para La�lson Jos� dos Santos, de 63 anos, pipoqueiro h� 30 anos e com cinco anos batendo ponto na Pra�a da Assembleia, no Bairro Santo Agostinho, a falta de movimento surpreendia: "Cheguei as 7h e h� muito n�o via a pra�ada t�o parada, t�o devagar, nenhum cliente". Ele contava com mudan�a de cen�rio ao longo do dia, a programa��o era ficar at� o fim da tarde.

Praça da Assembleia
Pela manh�, Pra�a da Assembleia pouco movimentada. Quem apareceu destacou que estava at� f�cil para estacionar (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


O carrinho com pipoca salgada, doce, coquinho e amendoim � o ganha-p�o de Ja�lson: "Com a pipoca sa� do aluguel, � o meu sustento e da fam�lia, dei condi��o para meus seis filhos estudarem, uns preferiram s� trabalhar, e olha que come�ou como um quebra-galho, numa �poca de desemprego. Agora, ainda mais com a pandemia, o cancelamento de eventos como rev�illon e carnaval, est� bem d�ficil. E ainda tem a crise, a pipoca � sup�rflua e a concorr�ncia aumentou. Mas sigo na luta, a espera dos clientes, alguns sempre aparecem".
 
Praça da Assembleia com pouco movimento no dia de Natal. Laílson José dos Santos, pipoqueiro, com poucos clientes
Pipoqueiro h� 30 anos, La�lson Jos� dos Santos , de 63 anos, espera por clientes na Pra�a da Assembleia (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


A vendedora de cocos Maria Carvalho, ao lado do marido, Nem, e do filho Pedro, tamb�m estavam � espera de clientes na Pra�a da Assembleia, ondem trabalham h� oito anos. "O dia come�ou chuvoso, o que espantou as pessoas. Mas tenho certeza de que ao longo do dia vai melhorar, o movimento vai crescer. Adoro trabalhar aqui, � gostoso o ambiente, s� fam�lia e, ao ar livre, me sinto segura diante da pandemia. Fiquei um ano parada, foi terr�vel, mas com o avan�o da vacina��o tudo est� melhorando. Esperan�a sempre", destaca Maria, que de segunda a sexta fica na porta da Assembleia e no fins de semana e feriados se desloca para a pra�a.

Burburinho

Na Praça da Assembleia, Vladimir Lopes com os filhos Antônio e Helena
Irm�os que gostam de aventura: Ant�nio de skate e Helena de patins curtem a pra�a na companhia do pai, Vladimir Lopes (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Mas em meio a calmaria, n�o � que aos poucos foi surgindo um burbunho aqui e outro al�? Entre tantas alegrias que acompanham o Natal, n�o tem nada mais genu�no e um dos momentos mais esperados do que a surpresa e encantamento das crian�as ao receber os presentes e abrir os embrulhos. 

Olhinhos curiosos, sorriso largo, um misto de espanto e alegria alimentam uma tradi��o que faz bem a todos. De posse dos brinquedos, o dia 25 de dezembro � marcado pela intera��o entre os pequenos e o desejo realizado pelo Papai Noel, pais, av�s, tios, irm�os, amigos, madrinhas, enfim, por aqueles que alimentam a crian�a dentro de si e saem para pra�as, parques, pistas de caminhada e passeios para desfrutar, cutir, compartilhar e exibir seus brinquedos num universo que � m�gico e contagia.

Tem aquele que vai bater uma bolinha com pai, o que vai andar de skate com a m�e, pode ser um passeio com um cachorrinho, o mais novo membro da fam�lia, a emo��o de andar de bicileta ou se exibir com a boneca mais bonita do mundo ou ainda quem vibra com os aparelhos eletr�nicos, jogos, smartphones mergulhados no mundo digital.

Nada como curtir e observar a alegria das crian�as e seus presentes de Natal. Emo��o tamb�m para os adultos. J� para os menores, o Natal implica momentos de magia e fantasia, que devem ser alimentados pelos pais e a fam�lia. E � importante que vivam todo esse significado porque, certamente, � uma das recorda��es mais bonitas que se leva da inf�ncia, que fica registrado. 

Na Praça da Assembleia, Pedro Henrique de Souza e Silva com a filha Laura Hara Silva que foi presenteada com uma bicicleta
Na companhia do pai, Pedro Henrique de Souza e Silva, Laura Hara Silva se diverte com a bicicleta com toda a seguran�a e cor preferia combinando: rosa (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


A fam�lia Vasconcellos estava completa para aproveitar o dia. Aldrey de Vasconcellos, de 51 anos, engenheiro, com a mulher, Gabriela, de 46, servidora p�blica federal, e os filhos Ben�cio, de 6, e Hor�cio, de 4, se divertiam. Hor�cio � bordo do velotrol e Ben�cio com a bike nova. Ben�cio tamb�m levou a bicicleta velhinha, que recebeu uma repaginada e foi repassada para o irm�o ca�ula. Ele se exibia com a bike que acabou de chegar.
 
"Presente otimizado. Estimulamos o reaproveitamento n�o s� de brinquedo, mas roupas, mochila, uniforme. Ensinamos a conservar para que o outro possa usar, at� para economizar e o dinheiro ser usado para outro fim", revelou Aldrey sobre o presente duplo de Hor�cio.
 
Ben�cio ficou empolgado com a entrevista para mostrar para a av�, que � do Piau�, terra natal da mam�e Gabriela, Teresina. � tradi��o da fam�lia aproveitar o dia 25 de dezembro juntos e com os brinquedos. "Fiz com meus pais e agora com meus filhos. No dia 24, passamos na casa da minha m�e, tem o amigo-oculto, inclusive, com a participa��o das crian�as, que fazem toda a cena, de falar as caracter�stas das pessoas e tudo mais. E, quando voltam para casa, o Papai Noel j� passou e deixou os presentes que pediram", conta Aldrey.
 
Ali�s, a tradi��o do Papai Noel � sagrada na fam�lia Vasconcellos: "Eles deixam suco e biscoito para o Papai Noel e cenoura para a rena. Enquanto pudermos conservar a fantasia, vamos fazer. � uma forma de criar mem�ria e n�o s� do Natal, mas sempre os levo ao Mercado Central para lanchar, comprar queijo e ver os animais. S�o lembran�as que n�o se perder�o com o tempo", destaca Aldrey. 
  
Vladimir Lopes, de 43 anos, engenheiro, com os filhos Ant�nio, de 7, e Helena, de 5, tamb�m escolheram a Pra�a da Assembleia para experimentar os brinquedos. O legal desta duplinha � que Helena ganhou um patins para se aventurar ao lado de Ant�nio com seu skate. O skate j� � velho de guerra, os brinquedos novos ele deixou na casa da av�: poke bowl e carrinho de controle remoto. A ideia era curtir ao lado da mana. Os irm�os radicais. 
 
"Os dois gostam muito de esportes, fazem nata��o e t�nis. Skate e patins gastam ainda mais a energia que t�m de sobra. Moramos perto da pra�a e estamos sempre aqui", revela Vladimir que tamb�m faz quest�o de manter a magia do Papai Noel. "O Ant�nio j� est� ficando desconfiado, mas vamos adiar o quanto pudermos". 

J� Pedro Henrique de Souza e Silva, ao lado da filha Laura Hara Silva, curtiam o primeiro passeio com a bicicleta nova. E ela mostrava agilidade na condu��o da "magrela".   
 
� isso, pelo visto Ja�lson e Maria est�o com sorte e a pipoca e �gua de coco ser�o os lanches da crian�ada logo que pararem um pouco para descansar e a fome bater. Promessa de um dia feliz para todos.
 
 




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