
A quarta-feira (29/12) foi um dia emocionante para o subtenente Oliveira Mendes de Souza, de 51 anos, do 3º Batalh�o de Bombeiros Militar (BBM). No no seu �ltimo dia de servi�o, depois de 30 anos de servi�os, sem que ele soubesse, o comando organizou uma surpresa: ele trabalhou ao lado do filho, o soldado Lucas Mendes, lotado no 2º BBM, em Contagem.
O subtenente � daqueles bombeiros que se pode dizer ter uma carreira impec�vel. Entrou no Corpo de Bombeiros em 1992, com 21 anos. Em 2001, atendeu uma ocorr�ncia que marcaria sua carreira e tamb�m hist�ria da cidade de Belo Horizonte: o inc�ndio no Canec�o Mineiro que matou sete pessoas e deixou 197 feridas.
Em outra ocorr�ncia, o militar precisou mergulhar no Rio Arrudas para resgatar uma v�tima e teve seu p� preso por um arame farpado, o que quase causou sua morte.
O subtenente conta que guarda na mem�ria lembran�as de hist�rias tristes e felizes pelas quais passou, al�m da sensa��o do dever cumprido por ter feito tudo o que estava ao seu alcance "e um pouco mais".
Uma vez, mesmo fora do hor�rio de servi�o, prestou os primeiros socorros a um desconhecido que estava de bicicleta e foi atropelado por um carro na porta de sua casa.
O militar foi para a sua resid�ncia e ficou com o homem em seus bra�os at� que chegasse o socorro. “Esse foi um momento muito triste, pois me contaram que a v�tima n�o resistiu. S� me restou visitar seus pais e consol�-los. Foi o que me restou pra fazer e isso me marcou muito.”, relata.
Depois de 30 anos de servi�o, ele est� indo para a reserva e deixa para tr�s um hist�rico exemplar. Ganhou v�rias medalhas, dentre elas a Dom Pedro II, Medalha da Ordem do M�rito, concedida para homenagear militares que contribu�ram para o crescimento e fortalecimento da corpora��o.
Exemplo
O filho do subtenente Mendes, o soldado Lucas, conta que entrou para o Corpo de Bombeiros em 2014, aos 22 anos. Ele serve no 2º Batalh�o e iniciou a carreira trabalhando ao lado do pai.
“Sem d�vida, o exemplo do meu pai foi determinante para que eu quisesse seguir essa carreira. Ele me levava para o quartel quando eu era crian�a e eu sempre admirava os caminh�es, as fardas. Ele me ensinou que salvar as pessoas e trabalhar em prol da seguran�a delas era uma honra da qual dever�amos sempre fazer jus.”
Tamb�m foi dele a ideia de trabalhar na mesma guarni��o que o pai em seu �ltimo plant�o. “Contei para meus comandantes e eles me deram apoio para que pudesse realizar esse meu sonho e tenho certeza, tamb�m do meu pai.”
E essa n�o foi a �nica surpresa. Com ajuda dos companheiros de farda e do comando dos bombeiros, o filho levou tamb�m toda a fam�lia para o �ltimo dia de servi�o do pai. Estes chegaram ao final do expediente.
E o subtenente Mendes ficou emocionado. “Nada melhor que encerrar o ano contando hist�rias de valor, de esperan�a para inspirar novos sonhos e novas hist�rias.”