
Um v�deo que circula nas redes sociais nesta quarta-feira (5/1), gravado na UPA S�o Benedito, em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem causado revolta nos internautas devido � postura de uma m�dica no atendimento a uma m�e com seus dois filhos.
A profissional, segundo relato feito no v�deo (veja abaixo), impede que uma das crian�as, de aproximadamente 4 anos, entre no consult�rio enquanto realizava a consulta da outra.
A profissional, segundo relato feito no v�deo (veja abaixo), impede que uma das crian�as, de aproximadamente 4 anos, entre no consult�rio enquanto realizava a consulta da outra.
A m�dica foi demitida do cargo ap�s a Secretaria Municipal de Sa�de tomar conhecimento do caso.
No v�deo � poss�vel ver uma crian�a do lado de fora do consult�rio, encostada � porta entreaberta. Segundos depois, a porta se fecha e a crian�a permanece sozinha, sem a presen�a da m�e ou de outro respons�vel, no corredor da ala pedi�trica da UPA S�o Benedito.
No entanto, n�o � poss�vel saber pela filmagem quem fechou a porta. A reportagem n�o conseguiu contato com a m�dica.
Segundo relatos de outros pacientes que presenciaram o fato, a crian�a demonstrou medo de permanecer sozinha no local e que o outro irm�o, aparentemente menor, tamb�m j� havia permanecido sozinho e chorando no corredor na consulta anterior.
A Prefeitura de Santa Luzia emitiu nota se posicionando contra o ocorrido.
“A Prefeitura de Santa Luzia vem a p�blico esclarecer que a m�dica identificada no v�deo que circula nas redes sociais foi dispensada de prestar servi�os na prefeitura. Reafirmamos o rep�dio � atitude tomada no atendimento realizado na UPA S�o Benedito, esclarecendo que o tratamento dispensado aos usu�rios na ocasi�o n�o condiz com as diretrizes estabelecidas para atendimento ao p�blico na administra��o municipal de Santa Luzia”, diz a nota.
“A Prefeitura de Santa Luzia vem a p�blico esclarecer que a m�dica identificada no v�deo que circula nas redes sociais foi dispensada de prestar servi�os na prefeitura. Reafirmamos o rep�dio � atitude tomada no atendimento realizado na UPA S�o Benedito, esclarecendo que o tratamento dispensado aos usu�rios na ocasi�o n�o condiz com as diretrizes estabelecidas para atendimento ao p�blico na administra��o municipal de Santa Luzia”, diz a nota.
Atitude vai contra Estatuto da Crian�a e adolescente (ECA) e C�digo Penal
Segundo o artigo 133 do C�digo Penal, nenhuma crian�a ou adolescente pode ser deixado sozinho antes dos 16 anos, pois o ato pode ser encaixado como crime de abandono de incapaz, visto que a crian�a � incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.
O prefeito da cidade, delegado e advogado por forma��o, Christiano Xavier, foi questionado pela reportagem se o fato configuraria crime de viola��o do Estatuto da Crian�a e do Adolescente e, segundo ele, sim.
“Em tese, pode configurar crime a conduta dela. Isso ter� que passar pela apura��o dos �rg�os competentes e ouvir as partes e ver todo o contexto, mas independentemente da seara criminal que, � apurada pelos �rg�os de seguran�a p�blica, a Prefeitura, de imediato, apurou na forma administrativa”, pontua o prefeito.
“Em tese, pode configurar crime a conduta dela. Isso ter� que passar pela apura��o dos �rg�os competentes e ouvir as partes e ver todo o contexto, mas independentemente da seara criminal que, � apurada pelos �rg�os de seguran�a p�blica, a Prefeitura, de imediato, apurou na forma administrativa”, pontua o prefeito.
“Em raz�o de ela ser uma m�dica contratada atrav�s de uma empresa terceirizada, j� foi dispensada do servi�o. Gra�as a Deus n�o era concursada, porque sen�o n�o ter�amos essa mobilidade de poder tomar uma atitude r�pida e eficiente e dispensar do quadro de funcion�rios. Que sirva de exemplo para outros que n�o sejam vocacionados a tratar as pessoas com humanidade e para que nem venham trabalhar em Santa Luzia, porque aqui a gente n�o admite esse tipo de postura”, ressaltou Christiano Xavier.
Colegas de trabalho da UPA S�o Benedito se surpreenderam com o fato. “� uma m�dica educada, boa. Muito bem vista aqui na UPA, muito profissional e exigente”, disse um funcion�rio que n�o quis se identificar.