
Segundo a concession�ria que presta servi�o de abastecimento na cidade hist�rica, foram afetados os bairros Santa Cruz, Vila Itacolomi, Bauxita, Morro do Cruzeiro, Taquaral, Alto da Cruz, Santa Cruz, Santa Efig�nia, Padre Faria, Caminho da F�brica, Saramenha, Ant�nio Dias, Morro da Queimada e Morro S�o Sebasti�o. Tamb�m foram afetados os distritos de Cachoeira do Campo, Glaura, Amarantina, Miguel Burnier e Santo Ant�nio do leite e os o subdistritos de Chapada, Maracuj�, Coelhos, Bandeirinhas, Gouveia, Catete e Soares.
A empresa afirma que as chuvas intensas que assolaram a regi�o provocaram diversos deslizamentos de terra, que causaram rompimento de adutoras e tubula��es de distribui��o de �gua, interrompendo o abastecimento da popula��o.
A concession�ria completa dizendo que essas chuvas tamb�m causaram inunda��o de algumas Esta��es de Tratamento de �gua (ETA) e causaram o assoreamento de diversas capta��es, com acumulo de terra, pedras e entulhos carreados pela enxurrada.
A solu��o veio da pr�pria chuva
Um morador gravou um v�deo mostrando como improvisou a solu��o, ao mesmo tempo que ironiza a falta de atendimento da empresa para solucionar o problema.
Um dos distritos mais afetados pela falta de abastecimento � Cachoeira do Campo. De acordo com a Saneouro, a adutora do Gouveia, respons�vel por encaminhar �gua para o distrito e tamb�m para Amarantina e Gouveia se rompeu nessa ter�a-feira e interrompeu o fluxo. A empresa garante que os reparos foram feitos e, tanto em Cachoeira do Campo quanto no Distrito de Amarantina, o sistema j� foi restabelecido com a volta gradativa do abastecimento.
Mas segundo uma moradora do distrito, a falta de abastecimento em Cachoeira do Campo vem acontecendo desde o dia 24 de dezembro. Em um v�deo, ela conta que foi lavar as roupas, panelas e pegar �gua para fazer o feij�o usando a �gua do a�ude, "como forma de protesto".
Na casa do comerciante Gionanne Cec�lio moram cinco pessoas e, segundo ele, a fam�lia come�ou a captar a �gua da chuva com a ajuda de uma bomba que leva a �gua at� a caixa d’agua. “Est� sendo assim que estamos sobrevivendo desde o dia seis de janeiro”, conta.
Giovanne conta que, em alguns bairros do distrito, o abastecimento retornou na madrugada desta quarta-feira, mas foi preciso muita reclama��o na empresa e respostas desencontradas.
“Uma hora dizem que a chuva est� intensa e outra hora o acesso ao local para dar a manuten��o est� ruim, pelo menos deveriam enviar caminh�o pipa at� a solu��o do problema”.
Tamb�m na improvisa��o, a moradora do Bairro Morro de Santana, Fabiana Soares, tem feito de tudo para economizar a �gua e manter o pequeno neg�cio dela aberto. A comerciante conta que est� sem o abastecimento de �gua desde o dia sete de janeiro e que ligou para a empresa no domingo, mas a atendente n�o soube informar quando o abastecimento seria normalizado.
“Tenho um delivery, a minha �nica fonte de renda, e hoje j� n�o consegui abrir. Hoje fiquei praticamente a manh� toda tentando falar no canal de comunica��o da Saneouro, mas a grava��o dizia que os operadores estavam ocupados”.
A comerciante conta que deixou o resto da �gua pot�vel da caixa d’�gua reservada para atender a demanda do seu neg�cio e come�ou a recorrer aos baldes para usar em casa. “J� estamos desesperados, hoje choveu pouco para pegarmos �gua da chuva”.
A Saneouro afirma que a Esta��o Elevat�ria de �gua Tratada, ( EEAT), que atende a regi�o, foi rompida devido �s chuvas e mesmo com dificuldades de acesso ao local, a equipe j� realizou os reparos nesta quarta-feira e o abastecimento ser� regularizado gradativamente.
Caminh�o pipa
Em Miguel Burnier, a 51 quil�metros do Centro de Ouro Preto, a rede de abastecimento se rompeu e os moradores est�o sem o fornecimento de �gua desde domingo (9/1). A presidente da associa��o dos moradores, Vania Vicente, conta que o distrito est� sendo abastecido por caminh�es pipas de uma mineradora que atua na regi�o e que at� o momento v�rios moradores tentaram contato com a Saneouro. “Pediram para ter paci�ncia e at� hoje ningu�m apareceu”.
A empresa afirma que ap�s o decreto da prefeitura, no dia 9 de janeiro, houve a interrup��o de tr�fego de ve�culos e pessoas nas vias p�blicas da cidade. Muitos locais ainda est�o interditados pela Defesa Civil e, por isso, a empresa ainda n�o foi em muitas localidades.
A Saneouro afirma que os reparos est�o sendo feitos continuamente desde que as chuvas se intensificaram no come�o do m�s. S�o quase 230 profissionais trabalhando 24 horas para normalizar o abastecimento de �gua em Ouro Preto.