
Durante as interven��es, feitas em um trabalho arqueol�gico in�dito durante uma obra de requalifica��o da pra�a, foram identificados fragmentos de artefatos e evid�ncias da antiga hist�ria da cidade, como a estrutura do abastecimento de �gua.
"O local sofreu v�rias interven��es ao longo do tempo, mas nunca houve uma pesquisa arqueol�gica ali. Esse foi um trabalho cuidadoso de pesquisa arqueol�gica, no qual conseguimos vivenciar e registrar com detalhes os fragmentos e todas as estruturas encontradas, evidenciando assim a apropria��o da comunidade”, destaca a especialista em arqueologia da Funda��o Renova, Danielle Lima.
De acordo com a estudiosa, os fragmentos descobertos contam um pouco mais sobre comportamentos, costumes, religi�es e as rela��es sociais e econ�micas da popula��o dos s�culos passados.

Al�m dos objetos usados no cotidiano, tamb�m foram recuperadas moedas de v�rios per�odos, provavelmente depositadas no chafariz do local.
Outros objetos, como fragmentos de garrafas de vidro e pingentes de metais, al�m de bolinhas de gude e cabecinhas de bonecas de porcelana, mostram a ocupa��o do jardim pelas crian�as desde sempre como espa�o de lazer.

E, mesmo antes do local ser transformado em pra�a, a popula��o de Mariana j� o usava com intensidade para o lazer, explicou o arque�logo coordenador-geral das pesquisas arqueol�gicas na requalifica��o da Pra�a Gomes Freire, Angelo Lima.
“Fragmentos de vasilhas de pedra sab�o, lou�a e cer�mica, por exemplo, mostram que desde o s�culo 18 as pessoas utilizavam a pra�a em momentos festivos para se alimentarem. Al�m das vasilhas quebradas que ficaram como testemunho dessa pr�tica, ossos de porco, boi e frango tamb�m sobreviveram ao tempo", inicia.
"Cada peda�o deixado, perdido ou esquecido na pra�a pode agora reconstruir uma parte da hist�ria de Mariana e de Minas Gerais”, complementa.

Os objetos descobertos ser�o devidamente catalogados, identificados e entregues ao Museu de Ci�ncias Naturais da PUC Minas, em Belo Horizonte, onde ficar�o guardados e dispon�veis para futuras pesquisas.
Os trabalhos de prospec��o e monitoramento arqueol�gico tiveram aprova��o e monitoramento do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan).