
A limpeza das ruas de Governador Valadares, localizadas nos bairros da orla do Rio Doce, come�ou no dia 12/1 e prosseguiu � medida que as �guas do rio baixavam, em ritmo lento.
A Prefeitura afirma ter colocado mais de 400 homens e dezenas de m�quinas pesadas na opera��o limpeza, que ainda n�o terminou e n�o tem previs�o para acabar.
A Penitenci�ria Francisco Floriano de Paula, conhecida como "Pres�dio de Paca" (Paca � o nome do distrito de Valadares onde est� o pres�dio), ofereceu 25 detentos para se juntar ao contingente de trabalhadores da prefeitura na limpeza da cidade.
A a��o, que tem a participa��o dos detentos, � fruto de uma parceria entre o Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (SAAE) e a unidade prisional de Paca, e conta com o apoio do Juiz de Direito da Vara de Execu��o Criminal da cidade, Michel Cristian de Freitas, e outros �rg�os de execu��o criminal.
Neste trabalho, �s 7h, os presos chegam no SAAE e, de l�, seguem para os bairros para a realiza��o dos trabalhos. As turmas s�o divididas e acompanhadas por funcion�rios do SAAE. Todos os presos cumprem pena no regime semiaberto e receberam autoriza��o judicial de sa�da da penitenci�ria para a realiza��o da limpeza urbana. Durante este per�odo espec�fico, receberam o benef�cio da pris�o domiciliar.
O trabalho dos presos � de segunda a sexta-feira, das 7h �s 16h30 e, at� �s 15h, aos s�bados. As atividades tiveram in�cio na segunda-feira (17/1) e v�o se estender por 30 dias, podendo ser prorrogadas.
Os presos fazem a limpeza das bases de tratamento de �gua e esgoto, e retirada de entulhos de vias p�blicas. Pelos trabalhos, eles recebem remunera��o, al�m da possibilidade de alvar� de soltura, concedido pelo juiz, para aqueles que tiverem menos de seis meses para o fim do cumprimento da pena.
O diretor regional da 8ª Regi�o Integrada de Seguran�a P�blica, Danilo Marcos Almeida, explicou que a parceria com o SAAE, que j� existe h� alguns anos, agora se fortaleceu ainda mais.

"Nesse momento de decreta��o de calamidade p�blica, a disponibiliza��o de mais presos � uma possibilidade que o sistema prisional tem para poder auxiliar nesse per�odo cr�tico, ajudando na execu��o desses servi�os", disse.
O detento Nilson Alves Carneiro, 37 anos, um dos 35 presos que est�o na opera��o limpeza est� feliz em poder prestar o servi�o para as comunidades ribeirinhas.
"A situa��o aqui na cidade est� cr�tica, muitos lugares atingidos. Mas, o trabalho est� sendo gratificante. S� de sair da unidade � uma grande oportunidade, sem contar que estamos voltando a socializar e conviver com a nossa fam�lia. Isso n�o tem pre�o", disse.