
O procurador-geral de Justi�a, Jarbas Soares J�nior, disse que o poder p�blico precisa trabalhar de forma organizada e com a��es de impacto localizado entre os dois munic�pios. O prefeito de Nova Lima, Jo�o Marcelo Dieguez Pereira, ressaltou que j� existem premissas b�sicas estabelecidas para se propor solu��es e caminhos.
Belo Horizonte tem algumas preocupa��es com esse projeto, como destacou o vice-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman. "Principalmente porque qualquer movimento que gere em Nova Lima um movimento de constru��o de unidades residenciais, de imediato afetar� o tr�nsito da capital mineira, que j� apresenta situa��o dif�cil".
Ainda conforme o vice-prefeito da capital, uma grande d�vida � em rela��o � discuss�o de uma poss�vel doa��o pela Uni�o de uma �rea para os munic�pios. Ele salientou que a participa��o do Minist�rio P�blico nessas discuss�es � fundamental, uma vez que unir o Estado e munic�pios pode gerar interesses conflitantes.
O Governo de Minas, por meio da Ag�ncia de Desenvolvimento da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, se mostrou disposto em auxiliar na converg�ncia de interesses entre as duas cidades.
A promotora de Justi�a, Marta Alves Larcher, entende que o crescimento de Nova Lima � a expans�o do crescimento de Belo Horizonte. Ela defende a manuten��o da linha f�rrea por ser muito importante para o transporte metropolitano de forma geral. "Defendo que a nova via seja constru�da �s margens da linha f�rrea e que as �reas lindeiras n�o sejam transformadas em �reas edificadas", salientou.
Ainda de acordo com a promotora de Justi�a, Nova Lima tem v�rios loteamentos aprovados e desocupados. "O nosso pressuposto de apoio � obra � que n�o se crie mais �reas edific�veis", afirma. Ela acredita ser perfeitamente poss�vel conciliar a linha f�rrea com a constru��o da nova linha urbana, juntamente com a constru��o do parque linear, que � uma demanda da popula��o.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma), promotor de Justi�a Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ressaltou que a grande preocupa��o � a quantidade de aprova��o de empreendimentos sem que sejam feitas an�lises dos impactos. Ele sugere que se tente viabilizar um estudo integrado para que surjam as solu��es.
Para o Procurador-Geral de Justi�a, Jarbas Soares J�nior, a �rea de propriedade da Uni�o faz parte do conjunto dessas poss�veis solu��es, mas isso demanda recursos e h� o interesse de empres�rios que querem construir empreendimentos, oferecendo doa��es como contrapartida.
A Prefeitura de Nova Lima desenvolveu um Plano Vi�rio. "H� um territ�rio grande em Nova Lima onde � necess�rio distribuir melhor a ocupa��o com a preocupa��o sempre de mobilidade e saneamento. O plano vi�rio vai orientar o crescimento da cidade. Faz parte do termo de compromisso que toda a �rea seja destinada ao plano multimodal e o que n�o for utilizada pelo projeto, ser� destinada ao espa�o ambiental. O intuito � encontrar um caminho a partir da apresenta��o desse plano", disse o Secret�rio Municipal de Planejamento e Gest�o, Andr� Rocha.
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, chamou a aten��o dos presentes para que n�o se esque�am que a maioria dos nova-limenses utiliza o trecho vi�rio e servi�os p�blicos da capital. Ele prop�e que se discutam quest�es direcionadas ao que poder� vir. "Ou seja, n�o adianta olhar s� para o empreendimento. � necess�rio olhar para o impacto que ir� causar", pondera.
O Secret�rio Especial de Desestatiza��o, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, apresentou uma proposta em rela��o ao terreno da Uni�o com tr�s possibilidades. A primeira, seria a aliena��o da �rea, pelo valor de R$ 150 milh�es. A segunda seria que a compra fosse efetivada pelas prefeituras ou realizada permuta com outras �reas. A terceira seria mediante a delibera��o de um fundo que seria viabilizado com a incorpora��o ao longo. Uma nova reuni�o deve ser realizada nos pr�ximos dias.
Com informa��es do MPMG