
O programa para desmanchar e reintegrar ao meio ambiente as barragens do sistema a montante, que � o menos seguro e comum em desastres como os de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), deve completar 40% de execu��o at� o fim de 2022, segundo estimativa da Mineradora Vale para suas estruturas.
De acordo com a previs�o da empresa, al�m de sete reservat�rios j� desmantelados e integrados, em 2022 ser�o mais cinco estruturas que deixar�o de existir, totalizando 12, das 30 inclu�das no programa da Vale.
Das cinco barragens a montante programadas para ser descaracterizadas, tr�s se encontram em Itabira, no Vale do A�o, que � o munic�pio com o maior n�mero de estruturas a montante da Vale no Brasil. Ap�s o fim desses processos restar�o no munic�pio outras cinco estruturas com alteamento a montante ainda com processo de descaracteriza��o em andamento.
A elimina��o da primeira de cinco estruturas a montante come�ou nesta segunda-feira (07/2) no Dique 4 da Barragem Pontal, em Itabira. "A descaracteriza��o de todas as barragens a montante � um dos pilares no princ�pio de garantia de n�o repeti��o de rompimentos como o de Brumadinho, tendo como prioridade, sempre, a seguran�a das pessoas, dos trabalhadores e do meio ambiente", informou a empresa.
Desde 2019, sete estruturas a montante - quatro em Minas Gerais e tr�s no Par� – foram eliminadas, das 30 mapeadas, praticamente 25% do Programa de Descaracteriza��o da empresa. Para 2022, a previs�o da empresa � concluir a descaracteriza��o dos diques 3 e 4 do Sistema Pontal e Barragem Ipoema, em Itabira (MG), a Barragem Baixo Jo�o Pereira, em Congonhas (MG), e o Dique Auxiliar da Barragem 5, em Nova Lima (MG).
"Ao mesmo tempo e alinhada �s melhores pr�ticas internacionais para gest�o de barragens, a empresa tem intensificado as a��es preventivas, corretivas e de monitoramento nas suas estruturas avan�ando rumo � meta de n�o ter nenhuma barragem em condi��o cr�tica (n�vel de emerg�ncia 3) at� 2025", informa a mineradora.

A descaracteriza��o do Dique 4 est� prevista para ser conclu�da em 2022, quando n�o mais ter� a fun��o de reter rejeitos e estar� reintegrado ao meio ambiente. Diante do incremento de riscos durante as obras, foi constru�do preventivamente um refor�o para dar maior estabilidade � estrutura, a��o conclu�da em janeiro.
As obras acontecer�o em �rea interna da empresa e todo o transporte de materiais e equipamentos utilizar� acessos internos, sem impactos nas vias locais. O rejeito removido ser� destinado a uma �rea devidamente preparada dentro do pr�prio Sistema Pontal.
Os trabalhos no Dique 4 devem gerar de cerca de 120 empregos, entre trabalhadores diretos e terceirizados, sendo mais de 80% da m�o de obra local, o que contribui para a gera��o de empregos e renda no pr�prio munic�pio de Itabira. O Dique 4 n�o recebe rejeitos desde 2014 e encontra-se em n�vel de emerg�ncia 1. A estrutura tem cerca de 3,7 milh�es de metros c�bicos de rejeitos. N�o h� moradores ou comunidades dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS).
O dique e as demais estruturas geot�cnicas da empresa em Itabira s�o monitorados permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geot�cnico (CMG). Todo o processo � acompanhado pelos �rg�os reguladores e pela auditoria t�cnica do Minist�rio P�blico.
Para as outras estruturas a montante no munic�pio de Itabira, as atividades preliminares para a elimina��o do Dique 2 do Sistema Pontal e dos diques 1A e 1B, na mina Concei��o, j� tiveram in�cio e a estrutura de conten��o que aumentar� a seguran�a para a fase de obras dos diques Minervino e Cord�o Nova Vista, que tamb�m fazem parte do Sistema Pontal, dever� ser finalizada neste ano.
"A Vale, como membro do Conselho Internacional de Minera��o e Metais (ICMM, em ingl�s), assumiu o compromisso p�blico de estar 100% em conformidade com os 77 requisitos do GISTM em todas as suas estruturas de disposi��o de rejeitos at� 2025. Completamente adequada ao GISTM e sem estruturas em n�vel de emerg�ncia 3, a empresa projeta terminar 2025 em um novo e mais elevado patamar de seguran�a nas suas opera��es", informa a empresa.