
O retorno, contudo, ainda demanda cuidado, mesmo com quase dois anos de pandemia de COVID-19. A prefeitura tomou a decis�o de adiar as aulas porque as crian�as de cinco a 11 anos ainda n�o tinham sido vacinadas contra o coronav�rus, mas ainda h� uma boa parcela sem o imunizante. BH, por exemplo, tem imuniza��o deste grupo em 51%, sendo que, at� esta ter�a-feira (8), a cidade imunizou crian�as de seis a 11 anos - nesta quarta, as de cinco ser�o contempladas com a primeira dose.
Adelino de Melo Freire J�nior, infectologista e diretor-m�dico da Target Medicina de Precis�o, acredita que m�es, pais ou respons�veis devem tomar alguns cuidados b�sicos neste momento de retorno �s atividades presenciais. O doutor � claro em dizer que a observa��o para poss�veis sintomas deve ser feita com muita aten��o.
Um papel dos respons�veis � estar atento aos sintomas dos filhos, vacinados ou n�o. Se apresentar algum sintoma, principalmente gripal, n�o deve ir � escola. Se todos tiverem esse compromisso, a escola fica mais segura para todo mundo. Esse � um ponto essencial, que � a quest�o de se a crian�a estar doente, ficar em casa, fazer o teste, por exemplo. Isso � importante quando se fala em escola infantil, pois � muito comum, at� antes da pandemia, crian�as com quadro gripal irem para as escolas e elevarem o risco de transmiss�o a todos", afirma, ao Estado de Minas.
Outro ponto diz respeito aos cuidados das crian�as nas escolas. Adelino de Melo Freire J�nior aponta que o quase "mantra" rotineiro a respeito da COVID-19 deve ser seguido nas institui��es, mas com um adendo especial por se tratar de crian�as. O m�dico tamb�m pondera que � essencial a vacina��o, algo que os respons�veis precisam se atentar.
"� importante avisos sobre uso de m�scaras, higieniza��o e certo respeito, n�o tocar a m�scara do coleguinha, por exemplo, realizar essas a��es que viraram parte do nosso cotidiano. Claro, as crian�as devem estar vacinadas, e as que ainda n�o t�m vacina��o a gente espera que tenha condi��o de se vacinar. Para quem est� abaixo de cinco anos tem o risco menor, mas o ponto �: quem est� vacinado acaba protegendo quem n�o est�, isso � importante. Quanto maior a chance de n�o circular o v�rus em um grupo, a gente consegue controlar em certo ponto", afirmou.
O doutor viu o adiamento da volta �s aulas presenciais como uma decis�o equivocada, ao considerar que a escola � um local seguro e que crian�as tendem a respeitar as normas. A medida, inclusive, gerou uma s�rie de manifesta��es, com a �ltima acontecendo no s�bado (5), na porta da casa do prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), pedindo a libera��o para a atividade presencial.
"A escola n�o � o ambiente mais inseguro do dia a dia, pelo contr�rio, a escola tem sido um lugar onde as regras s�o cumpridas, h� um cuidado quanto aos contatos, muito mais at� do que fora. Achei uma incoer�ncia impedir esse retorno � aula, mesmo com esse cen�rio atual de alta, sendo que outros locais est�o abertos sem impedir que crian�as entrem, podem ir a jogo de futebol, restaurante, shopping. nesse ponto, pensando nisso, penso que o n�o retorno prejudicaria mais, tem � que voltar mesmo. Mas com os cuidados necess�rios, de prefer�ncia com todos vacinados, � sempre bom lembrar, a escola � um local melhor para todas as crian�as", afirmou.
Por fim, para tentar aumentar o �ndice de imuniza��o infantil em BH, Adelino de Melo Freire J�nior considera que as a��es feitas pelas escolas seriam importantes. "Acho que a escola tem o papel de educa��o n�o s� do aluno, como da sociedade. A��es capitaneadas pelas escolas seriam �timas para a gente poder conscientizar cada vez mais as pessoas, mostrar que as escolas prezam pela seguran�a e que s�o respons�veis".