
A libera��o do uso de m�scaras de prote��o contra a COVID-19 em locais abertos, em Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas, est� dividindo opini�es, embora j� fosse comum encontrar quem tivesse abandonado o h�bito de utiliz�-las pelas ruas, pra�as ou na pr�tica da atividade f�sica ao ar livre. O decreto dispensando a obrigatoriedade foi publicado nesta sexta-feira (3/4), na esteira da decis�o da Prefeitura de Belo Horizonte.
Embora a medida j� tenha validade a partir de hoje, pelas ruas algumas pessoas ainda n�o abriram m�o, mesmo sendo minoria. � o caso da estudante Hellen Pinheiro. “Acho que os governantes deveriam manter o papel de cobrar o uso das m�scaras, mesmo que a popula��o n�o respeite tanto por que ainda estamos em uma pandemia e n�o d� para deixar apenas para a consci�ncia do pessoal”, opina.

Para o metal�rgico Ely Carvalho, que faz caminhada pela pra�a do Santu�rio, no centro da cidade, a obrigatoriedade deve ser apenas para locais com grande aglomera��o. “Cada um tem o seu pensamento. Eu, por exemplo, em �nibus, supermercado, em locais de muita aglomera��o eu uso porque � obrigat�rio. Em locais abertos, como trabalho em sider�rgica, a respira��o fica meio curta, fica dif�cil”, avalia.

Divin�polis est� com 94,38% do p�blico alvo com mais de 12 anos imunizado com as duas doses ou dose �nica da vacina contra a COVID-19. Foram aplicadas 81.369 doses refor�o, o que representa, 45,9% de quem completou o ciclo com duas doses.
Repercuss�o na sa�de
A decis�o do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) n�o agradou quem atua na �rea de sa�de, embora ele tenha argumentado que se amparou em indicadores da Vigil�ncia Sanit�ria.
Um dos primeiros a se posicionar contra foi o presidente do Conselho Municipal de Sa�de, Warlon Elias. “Sou uma pessoa que vive de eventos. Sofri muito nesta pandemia e eu queria muito que a coisa tivesse acabado, mas n�o acabou. Tanto � que, voc� v� secret�rio de Sa�de se manifestando para o governo federal prorrogar os incentivos aos leitos, a� v�m decretos assim em algumas cidades. N�s, conselheiros, ficamos de m�os atadas e com a popula��o que entende a necessidade da preven��o nos pressionando. A busca por likes, a busca por votos, ela n�o pode sobrepor � sa�de”, declara.
Ap�s atingir m�dia di�ria 226 confirma��es em janeiro deste ano – a maior de toda a pandemia, o n�mero caiu para 112 no m�s passado em Divin�polis, segundo o Painel de Monitoramento da Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) desta sexta-feira (4/3). Ainda assim, � o segundo maior �ndice registrado desde o in�cio da contabiliza��o.
“Bom senso”
Para a infectologista e ex-membro do Comit� de Enfrentamento � COVID-19 Ros�ngela Guedes os indicadores da cidade n�o permitem a flexibiliza��o. “Gostaria muito de entender porque Divin�polis, agora, tem uso opcional de m�scaras em locais abertos”, afirmou ao listar os �ltimos dados da COVID-19.
Para se ter ideia, segundo levantamento realizado por ele, de 18 de fevereiro at� o dia 3 de mar�o foram 2.804 casos notificados, 223 confirmados em 226 exames realizados. A taxa de incid�ncia � de 94,09 casos por 100 mil habitantes. “Ainda n�o � hora de deixarmos as m�scaras. Que o bom senso prevale�a”, finaliza.
Opcional
O uso da m�scara passa a ser opcional, recomendando o distanciamento e a ado��o das demais medidas de prote��o individual. A obrigatoriedade continua caso o indiv�duo apresente sintomas de s�ndrome gripal ou manifesta��o de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave.
“A Prefeitura refor�a que, mesmo com o uso de m�scaras em locais abertos deixando de ser obrigat�rio, � preciso que a popula��o continue mantendo todos os cuidados contra a COVID-19, como o uso de �lcool em gel, lavar as m�os com �gua e sab�o, al�m de continuar com o uso das m�scaras em locais fechados.”, orientou ao divulgar a dispensa da m�scara.
*Amanda Quintiliano e Marcelo Lopes especial para o EM