
Laura Fran�a, rep�rter da "TV Band Minas" precisou ser socorrida ap�s um artefato disparar perto dela na Pra�a da Esta��o. Por volta das 14h, conforme apurou o Estado de Minas, outra explos�o atingiu, de rasp�o, um profissional de imprensa que estava na Pra�a da Liberdade, local da segunda etapa do ato.
A jornalista da Bandeirantes teve um trauma auditivo por causa da explos�o. A pessoa atingida de rasp�o na Liberdade, por sua vez, n�o se feriu, mas precisou lidar com um grande susto. Do alto do carro de som que acompanha os manifestantes, lideran�as e parlamentares clamaram para que artefatos explosivos n�o sejam utilizados. Apesar disso, desde o in�cio da marcha, o recurso tem sido constantemente usado.
Imagens da TV Alterosa mostram agentes posicionando um artefato em um bueiro na Avenida dos Andradas, nas imedia��es da Pra�a da Esta��o. � poss�vel, tamb�m, ouvir o som de uma explos�o durante o trajeto da manifesta��o rumo � Savassi.
Na Pra�a da Liberdade, durante os discursos contr�rios �s bombas, houve quem citasse o caso de Laura Fran�a para expor aos colegas os riscos dos explosivos. A decis�o que veta as bombas foi expedida ontem (8), pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG). Em fevereiro, �s v�speras do primeiro ato da categoria, o Pal�cio Tiradentes conseguiu medida cautelar semelhante — e, apesar da ordem, a reportagem do EM flagrou diversos agentes portando armas de fogo.
A paralisa��o das tropas, iniciada h� duas semanas, foi deflagrada para cobrar, do governador Romeu Zema (Novo), a recomposi��o inflacion�ria aos sal�rios da categoria. Nem mesmo a oferta de 10,06% de aumento, feita pelo Executivo estadual quatro dias ap�s o come�o da greve branca e estendida a todos os servidores, foi suficiente para recrudescer o movimento.
Nesta quarta, parte da multid�o que seguiu � Pra�a da Liberdade cogitou acampar no espa�o. Outros, defendiam a ida � Cidade Administrativa. No fim das contas, os manifestantes decidiram ir � Pra�a Sete, no Centro, para interromper o tr�nsito. Apesar disso, parte dos participantes pretende continuar a press�o na sede da administra��o estadual.
A Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp) prometeu apurar "as condutas de servidores que contrariam determina��o judicial ou recomenda��es do Minist�rio P�blico de Minas Gerais".
Tropas cobram cumprimento de acordo de 2019
Os manifestantes pedem a reposi��o salarial em tr�s parcelas - uma de 13% e duas de 12%. O acordo foi fechado em 2019. A primeira fatia do reajuste foi paga em julho de 2020; as outras duas, previstas para setembro do ano passado e setembro deste ano, por�m, acabaram vetadas por Zema.
O reajuste �s for�as de seguran�a, dividido nas tais tr�s parcelas, constava em projeto de lei (PL) aprovado pelos deputados estaduais em 2020. Uma emenda que estendeu o reajuste a todo o funcionalismo, no entanto, fez o governador vetar a concess�o das duas parcelas barradas.
"[� um] governo que se preza tem que honrar a palavra. Mais ainda, o que assina em documento. Romeu Zema, neste momento, n�o tem di�logo ou palavra. A cada dia, ele cria uma desculpa diferente para n�o cumprir o acordo", disse o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB), uma das vozes das pol�cias na Assembleia Legislativa.
Rodrigues afirmou que a paralisa��o dos manifestantes s� vai terminar quando Zema enviar, ao Parlamento, proposta para resgatar os termos do pacto firmado em 2019. Ele garantiu que n�o haver� recuo. "Estamos mexendo, aqui, com pessoas acostumadas ao embate e ao enfrentamento", assinalou.
Zema � lembrado em caix�o
Este foi o terceiro ato p�blico dos policiais desde que resolveram ir �s ruas cobrar o reajuste. "Governador Romeu Zema, os policiais civis merecem respeito! Exigimos o pagamento da recomposi��o das perdas inflacion�rias j�!", dizia um dos cartazes espalhados pela Pra�a da Esta��o.
O chefe do poder Executivo, ali�s, teve um boneco colocado dentro de um caix�o.
Pol�cias instauram BO para apurar arremessos de bombas
Procurada pelo Estado de Minas, a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que fez boletim de ocorr�ncia para deixar a Pol�cia Civil formalmente ciente do caso.
"As corregedorias das institui��es tamb�m atuam para a identifica��o das autorias", garantiu a corpora��o militar.
Joaquim Francisco Neto e Silva, chefe dos policiais civis, por sua vez, afirmou que a entidade adotou medidas para apurar "autoria, materialidade e circunst�ncias" do arremesso do explosivo que atingiu a rep�rter da Bandeirantes.
Nota da Band Minas sobre danos a rep�ter em protesto
A rep�rter Laura Fran�a, da TV Band Minas, teve de ser socorrida ap�s uma bomba estourar do lado da profissional durante a cobertura da manifesta��o das for�as de seguran�a p�blica na pra�a da Esta��o, em Belo Horizonte. Segundo relato de profissionais da imprensa presentes no protesto, apesar do pedido dos organizadores para os manifestantes n�o soltarem bombas, os agentes da seguran�a p�blica presentes no protesto ignoram o comando e continuam a explodir os artefatos durante o trajeto. Al�m das bombas, v�rios policiais, contrariando decis�o da Justi�a, protestam armados.A Band repudia a atitude dos manifestantes e cobra da Pol�cia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a seguran�a dos envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora tamb�m exige responsabilidade das categorias envolvidas no ato e solicita o acompanhamento do caso pelo governo de Minas, pelo Minist�rio P�blico e pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
Nota do governo mineiro a respeito dos explosivos
A Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp) esclarece que ser�o apuradas todas as condutas de servidores que contrariam determina��o judicial ou recomenda��es do Minist�rio P�blico de Minas Gerais no tocante � paralisa��o de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceit�veis durante as manifesta��es das for�as de seguran�a, realizadas em Belo Horizonte.
A Sejusp ressalta que n�o compactua com desvios de condutas de servidores p�blicos, que devem ser os primeiros a prezar e zelar pela seguran�a do cidad�o mineiro. Na manh� desta quarta-feira (9/3) uma rep�rter que fazia a cobertura da manifesta��o, na Pra�a da Esta��o, teve que ser socorrida e encaminhada ao hospital depois de um artefato explosivo estourar no seu entorno.