
A categoria pede “valoriza��o e respeito” e pressiona o governo do estado para cumprir o acordo firmado em 2019, que tratava da recomposi��o salarial das perdas inflacion�rias em tr�s parcelas - uma de 13% e duas de 12%.

Servidores da Pol�cia Militar e Civil, bombeiros, entre v�rios representantes da categoria, chamam aten��o na pra�a com bombas e carro de som. “Governador Romeu Zema, os policiais civis merecem respeito! Exigimos o pagamento da recomposi��o das perdas inflacion�rias j�!”, diz um dos cartazes espalhados pela pra�a.
H� at� mesmo amea�as de paralisa��o. "Se o Zema n�o pagar, a pol�cia vai parar!", gritam os servidores. Eles culpam o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), por “n�o ter palavra” e at� mesmo um boneco com a cara do chefe do Executivo estadual foi reproduzida dentro de um caix�o.

Aline Risi, diretora da Confedera��o Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (COBRAPOL), exige o reajuste. “N�s, desde o in�cio, estamos reivindicando que o governador est� nos devendo. Ele firmou conosco um compromisso de 24% de recomposi��o das perdas inflacion�rias. N�o � reajuste, n�o � aumento, � recomposi��o”, ressalta.
Ela aponta que n�o houve abertura de di�logo, mesmo tendo a reuni�o com a secret�ria de Estado de Planejamento e Gest�o, Lu�sa Barreto, na �ltima quinta-feira (3/3). “[Zema] N�o abriu di�logo, tivemos somente uma reuni�o com a secret�ria, que n�o adiantou nada e n�o houve nenhuma abertura para negocia��o. Foi s� uma reuni�o para ela dar uma desculpa do por que n�o dar nossa recomposi��o das perdas inflacion�rias. O governador est� inflex�vel, esperamos que durante esta manifesta��o abra di�logo para a gente e espero que ele seja mais flex�vel”, cobra a servidora.
Al�m da reposi��o salarial nos termos acordados h� quase tr�s anos, as for�as de seguran�a querem que Zema desista de tentar emplacar a ades�o de Minas Gerais ao Regime de Recupera��o Fiscal (RRF). O plano, pensado pela Uni�o para aliviar estados com problemas financeiros, � a esperan�a da atual administra��o para renegociar d�vida que est� em torno de R$ 140 bilh�es. Em que pesem as dificuldades no fluxo de caixa, servidores temem preju�zos a carreiras do funcionalismo.
O sargento Marco Ant�nio Bahia, vice-presidente da Associa��o dos Pra�as Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), ressaltou que as equipes est�o desmotivadas e isso pode virar um problema para o governador e os mineiros. "No ultimo final de semana 41 homic�dios. Esse n�mero � o maior desde 2003. (BH) significa que o policial est� na rua mas n�o est� trabalhando. Estamos desmotivados. Caso n�o exista negocia��o efetiva, a expectativa � de piora. Quem paga o pre�o � a popula��o mineira", afirma.
O deputado Sargento Rodrigues (PTB) esteve tamb�m presente na manifesta��o e criticou o governador. "N�s n�o vamos recuar, n�s vamos mostrar para esse governador que o homem precisa, no m�nimo, honrar sua palavra. N�s n�o podemos deixar o governador achando que estamos apenas marchando aqui, n�o", disse.
Por volta das 11h15 os manifestantes sa�ram da Pra�a da Esta��o em dire��o � Pra�a Sete e pretendem fechar o local. O tr�nsito do centro da capital deve ser prejudicado. Os servidores subiram para a Avenida Afonso Pena, subiram a Rua da Bahia e caminharam em dire��o � Pra�a da Liberdade.

Outras categorias
Os �rg�os que est�o conectados com os atendimentos aos servidores de Seguran�a P�blica tamb�m marcaram presen�a no protesto. “Os servidores do IPSM est�o indignados. Sempre apoiamos a fam�lia militar mineira. � hora de retribuir apoiando os servidores do IPSM”, diz um dos cartazes levados pelos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM).

Ingrid Andrade, analista de gest�o de seguridade social do IPSM pediu por uma maior visibilidade da �rea e apoio dos policiais para tamb�m serem inclu�dos na recomposi��o inflacion�ria. “Atendemos a fam�lia militar mineira, ent�o achamos justo que eles nos apoiem nessas reivindica��es porque estamos dispon�veis para eles quando precisam, na parte de Sa�de e Previd�ncia. Hoje a gente queria que eles vissem que tamb�m estamos em uma situa��o dif�cil e nos inclu�ssem, considerando que eles est�o em um n�mero muito maior que n�s”, aponta Indrid.
“Estamos em 200 servidores no �rg�o, ent�o n�o temos muita representatividade e tudo que tentamos conseguir � muito mais dif�cil. Apesar de poucos, pensar que o impacto vai ser pequeno, mas por causa disso ningu�m nos enxerga”, afirma.
Ela ressalta que os servidores do IPSM est�o na mesma categoria do Instituto de Previd�ncia dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), mas n�o foram inclu�dos nas �ltimas melhorias que os colegas conseguiram: “Tentamos di�logo com o governador, mas apesar de sermos da mesma categoria dos servidores do IPSEMG, existe um tratamento diferente dos IPSM. Certas melhorias que eles conseguem, n�o chegam at� a gente. Apesar de que exista uma lei estadual que nos colocou na mesma categoria.”
Ingrid conclui: “A gente quer que o governo preste aten��o nos servidores p�blicos e precisamos de um retorno positivo.”