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Estado de Minas COVID-19

As crian�as d�o o recado sobre a import�ncia da vacina

Com a orienta��o que receberam dos pais, meninos e meninas ouvidas pelo EM fazem apelo em favor da imuniza��o, ainda baixa entre o p�blico infantil


13/03/2022 04:00 - atualizado 13/03/2022 07:31

Rafael Lanna Machado, 8 anos
'Com a vacina, vou ter menos chance de pegar o v�rus e menos sintomas' - Rafael Lanna Machado, 8 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Para elas, a vida normalmente transborda de festas, fantasias e brincadeiras. No mundo l�dico, seria praticamente imposs�vel imaginar que uma doen�a t�o silenciosa quanto a COVID-19 fosse capaz de matar milhares de pessoas, afastar parentes e amigos e paralisar as aulas nas escolas. As crian�as podem nem entender exatamente a gravidade da infec��o viral, mas a chegada da vacina tamb�m foi sin�nimo de esperan�a para elas. Na fila da imuniza��o, est�o sendo as �ltimas a receber a dose contra o coronav�rus. Mas n�o as menos animadas.

Agora, � esse p�blico, na faixa et�ria entre 5 e 11 anos, que d� o recado e representa a voz mais importante de apelo pela vacina: segura, eficaz e que deve ser aplicada em toda a popula��o. Contudo, a imuniza��o infantil n�o deixou de enfrentar pol�micas desde o come�o da campanha, no m�s passado, com boa parte de pais que n�o a t�m considerado, diferentemente dos infectologistas, uma garantia de retorno � vida normal.

Sofia Torquato, 5 anos
'Todas as crian�as t�m de se vacinar para n�o pegar o coronav�rus' - Sofia Torquato, 5 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Em Minas Gerais, dados da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) indicam que 57,43% das crian�as do p�blico-alvo definido para imuniza��o contra a COVID-19 receberam a primeira dose. Outros 3,85% tomaram a segunda dose. Ocorreram 101 mortes provocadas pela doen�a respirat�ria entre crian�as com at� 9 anos. Com cen�rio um pouco mais amplo, mas tamb�m aqu�m do esperado, Belo Horizonte tem 68,3% do p�blico infantil de 193 mil imunizados, e 11 vidas foram perdidas para o v�rus na faixa at� 9 anos.

Todo o pa�s vive problemas para agilizar o processo de vacina��o infantil, uma vez que v�rios estados enfrentam falta de vacina ou est�o com baixa ades�o � campanha. Desde ent�o, campanhas t�m sido feitas pelos �rg�os p�blicos e outras entidades.

Em BH, as crian�as d�o o exemplo e pedem urgentemente que os pais levem seus filhos aos postos de sa�de. Para a fam�lia de Rafael Lanna, de 8 anos, a vacina representou o fim dos dias de agonia e medo. Como todos em casa, ele contraiu COVID-19 em janeiro e foi o �nico a ter sintomas mais graves, como febre, v�mitos e falta de apetite. “Com a vacina, vou ter menos chance de pegar o v�rus e menos sintomas”, comemora o garoto, que tomou a primeira dose na semana passada.

Manuela Mourão, 8 anos
'Vacinem. D�i, mas n�o � para chorar' - Manuela Mour�o, 8 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A m�e dele, a analista de sistemas Juliana Lanna Mendes, lamentou a demora para que o filho tivesse acesso � vacina. “O Rafael foi o �nico da fam�lia que n�o havia se vacinado. Logo, ele passou muito mal durante tr�s dias. Se tivesse tomado a dose antes, n�o teria todos esses sintomas. Agora, a vacina � um al�vio”, diz a m�e, Juliana Lanna.

Na casa de Sofia Torquato, de 5, o exemplo maior foi dado pela m�e, a m�dica Marina Resende. “Todas as crian�as t�m de se vacinar porque � muito importante para n�o pegar coronav�rus”, afirmou a agitada Sofia, enquanto era vacinada. Para ela, o maior prazer � voltar � escola com seguran�a: “Agora, vou manter os cuidados e estudar”. Ciente de que fez a coisa certa, Marina vibrou quando a filha recebeu a dose de imunizante.

“Vi de perto in�meras pessoas morrerem, jovens, conhecidos... A chegada da vacina foi um al�vio sem tamanho. Todos aqui em casa j� haviam recebido a dose e a Sofia me perguntou: 'Mam�e, n�o � justo, por que s� eu que n�o fui vacinada?'. Eu me vacinei, meus pais tamb�m e por que n�o ir�amos vacinar nossos filhos?”, questiona.

Desinforma��o

Manuela Mour�o, de 8, fez brincadeira enquanto recebia a dose de imunizante contra a COVID-19. “Minha m�e sempre tem de me dar alguma coisa depois que eu recebo alguma vacina, sen�o eu choro. Pode ser uma coisa bem boba”, disse, sorridente. O conselho dela para as outras crian�as � bem simples: “Vacinem. D�i, mas n�o � para chorar”.

Eduardo Fernandes, 8 anos
'Vou comemorar e tamb�m falar para todo mundo que eu tomei a vacina' - Eduardo Fernandes, 8 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O pai de Manuela, o produtor de eventos Marcus Mour�o, faz an�lise bem cr�tica � postura antivacina de outros pais e respons�veis pelas crian�as. “Antes de pensar em pol�tica ou qualquer outra raz�o que gere movimento contr�rio para vacinar os filhos, temos que olhar as pessoas que n�o tiveram oportunidade de vacinar e acabaram morrendo. Temos de pensar que as vacinas poderiam ter salvado muitas pessoas e deixar a desinforma��o de lado”.

Pedro Emanuel, 6 anos
'Vou continuar usando m�scara e �lcool' - Pedro Emanuel, 6 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Eduardo Fernandes, tamb�m de 8, festeja a agulhada no bra�o: “Vou comemorar e tamb�m falar para todo mundo que eu tomei a vacina. N�o d�i, � apenas uma picada e voc� nem v�. � rapidinho”. E a aplica��o do imunizante em Eduardo poderia ter sido bem antes. “O Eduardo s� se vacinou na faixa et�ria errada porque pegou COVID e tivemos de esperar 30 dias para que ele fosse vacinado. As not�cias falsas que circulam acabam prejudicando a vacina��o. As pessoas n�o procuram saber direito. Todos t�m que se vacinar.”

Sair de casa 

V�rias crian�as fazem planos com a vacina��o. Manuela Borges afirma que vai poder sair mais de casa: “Com a vacina, vamos ajudar a acabar os casos no mundo. Tem tanto problema no mundo. Melhor acabar agora, n�? �s vezes, fico querendo sair, mas meu pai me resguarda. � importante neste momento, apesar de ser chato”, diz a menina de 11 anos. Para quem pensa duas vezes ao tomar vacina, ela adverte: “Pegar COVID � bem pior que tomar a vacina”.

Manuela Borges, 11 anos
'Pegar COVID � bem pior que tomar vacina' - Manuela Borges, 11 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Depois de tomar a vacina, Pedro Emanuel, de 6, fez quest�o de afirmar que seguir� com as medidas de seguran�a contra a transmiss�o do coronav�rus. “Vou continuar usando m�scara e �lcool”, conta. Em tom bem-humorado, o garoto faz apelo �s crian�as da escola onde estuda. “Elas t�m de se vacinar para se proteger tamb�m. N�o d�i.” A m�e, a comerciante Valdirene Alves, admitiu que chegou a duvidar da vacina, mas mudou de ideia. “Fiquei um pouco insegura, porque tudo � muito novo ainda. Mas � claro que sou a favor da vacina, porque temos de proteger nossas crian�as. Ficamos com medo de que elas adoe�am e depois ficar com a consci�ncia pesada.  At� conhe�o muitas pessoas que n�o se vacinaram e acho um absurdo.”













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