
A infesta��o do Achatina fulica, conhecido como caramujo africano, tem causado transtornos aos moradores de Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais. De acordo com a prefeitura, o molusco foi trazido para ser cultivado de forma ilegal no distrito de Passagem, h� 20 anos e, desde ent�o, a esp�cie se espalhou pela cidade, principalmente nos bairros margeados pelo Ribeir�o do Carmo.
Segundo o bi�logo e morador de Mariana, Eduardo Henrique, o distrito de Passagem virou um local end�mico, prop�cio para a prolifera��o do molusco por ser um vale que tem umidade e clima ideal. Al�m disso, se esconde muito bem se enterrando na �poca da seca e ficando ali at� o per�odo chuvoso.
“O caramujo infestou todas as casas de Passagem, n�o tem uma casa que n�o tenha o molusco passeando, a gente v� nas paredes das casas, nas ruas e nas hortas”.
O bi�logo afirma que a prefeitura faz a coleta do caramujo africano h� mais de dois anos e o trabalho n�o tem sido suficiente para acabar com o animal.
“Precisa ter uma estrat�gia mais eficaz de controle da esp�cie. Vimos que a cada ano a popula��o aumenta”.
“Precisa ter uma estrat�gia mais eficaz de controle da esp�cie. Vimos que a cada ano a popula��o aumenta”.
O bi�logo afirma que umas principais causas para o crescimento da esp�cie � que o caramujo africano n�o tem um predador natural no Brasil e consegue se alimentar de quase tudo, inclusive de fezes de roedores.
“Se os roedores estiverem infectados, suas fezes contaminadas fazem do caramujo africano um vetor de doen�as graves, que causam uma esp�cie de meningite e um quadro de hemorragia gastrointestinal, podendo causar a morte em seres humanos”, alerta.
Para o morador Leandro Santos, as fam�lias do distrito at� pararam de cultivar a horta e ter pequenas planta��es em seus quintais porque encontraram como solu��o o uso de pesticidas para o controle dos moluscos e o e veneno pode poluir o solo e ser absorvido pelas plantas.

Em outras localidades
A Subsecretaria de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de da Secretaria de Sa�de de Mariana conta que, h� cerca de tr�s anos, a popula��o dos moluscos se expandiu para outras localidades da cidade, por meio do Ribeir�o do Carmo.
J� � poss�vel encontrar a esp�cie do animal nos bairros Santo Ant�nio, Centro, S�o Sebasti�o e Dandara.
J� � poss�vel encontrar a esp�cie do animal nos bairros Santo Ant�nio, Centro, S�o Sebasti�o e Dandara.
Segundo a subsecretaria, sabendo do potencial de transmiss�o de zoonoses pelo caracol africano, est� sendo promovida a��es de educa��o em sa�de e por onde os agentes passam os moradores s�o informados sobre os riscos que o animal pode causar � sa�de humana.
Coletores de caramujos
Para n�o se misturar com outros tipos de lixos, foram instalados coletores de caramujos nos bairros de maior incid�ncia da esp�cie e a Subsecretaria de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de afirma que a melhor forma de combater a praga � realizando a cata��o manual, com as m�os devidamente protegidas com luvas ou sacos pl�sticos.
Os animais devem ser depositados nos coletores e depois s�o recolhidos pelos agentes de endemias do setor de zoonoses, s�o pesados e armazenados temporariamente em bombonas pl�sticas, sendo coletados uma vez por semana por empresa especializada.
Esses moluscos s�o destinados como res�duo de sa�de para a incinera��o no munic�pio de Santa Luzia.
Esses moluscos s�o destinados como res�duo de sa�de para a incinera��o no munic�pio de Santa Luzia.
A Secretaria de Sa�de de Mariana afirma que at� o momento n�o h� casos de doen�as causadas pelo caramujo africano e pede � popula��o que recolha o animal e fa�a o descarte nos coletores instalados.