For�as de Seguran�a come�am a chegar na Cidade Administrativa (foto: Jair Amaral/D.A Press/E.M )
Come�aram a chegar, na Cidade Administrativa, sede do governo, as for�as de seguran�a de Minas Gerais para o quarto ato pela recomposi��o salarial. A manifesta��o foi marcada para esta segunda-feira (21/3), �s 9h. A categoria completa um m�s de greve.
O protesto � para pressionar o Executivo para que se cumpra o acordo de 2019, que previa o reajuste salarial de 41% at� 2021. Desse montante, somente 13% foram efetuados.
A possibilidade de um acampamento na Cidade Administrativa tamb�m est� sendo discutida, afirmou a Confedera��o Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). Al�m de realiza��o de atos isolados nas sedes dos batalh�es, porta de quarteis, delegacias e unidades prisionais entre os dias 22 e 31 deste m�s.
“Enquanto ele (Zema) n�o cumprir o compromisso, vamos continuar manifestando e trabalhando na estrita legalidade”, disse a diretora da Confedera��o, Aline Rios, em entrevista ao Estado de Minas. “Estamos defasados desde 2015, trabalhando de forma prec�ria e desumana”.
Aline Rios, diretora da Cobrapol (foto: Jair Amaral/D.A Press/E.M )
A Justi�a proibiu que a categoria feche ruas e avenidas de qualquer cidade do estado. H�, no entanto, o temor de que a MG-010 seja interditada, ainda que parcialmente. Tamb�m permanece proibida a queima de objetos, porte e utiliza��o de armas, foguetes ou bombas. O descumprimento gera multa de R$ 100 mil por hora.
Na quinta-feira (17/3), a Justi�a determinou a atua��o da For�a Nacional no caso de novas manifesta��es dos servidores das for�as de seguran�a de Minas Gerais.
Sem acordo
No �ltimo dia 11, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou que n�o conceder� o reajuste para a Seguran�a P�blica de Minas Gerais. Zema afirmou, ainda, que pode at� perder a elei��o por n�o conceder o reajuste que a Seguran�a P�blica de Minas Gerais quer, mas n�o vai “inviabilizar” o estado.
Em contrapartida, o Governo de Minas aprimorou a proposta para tentar dar fim � greve e, al�m da recomposi��o de 10,06%, referente � 2021, o Executivo vai pagar retroativo de janeiro de 2022.
A tentativa de acordo, entretanto, n�o teve sucesso. Durante o ato, por unanimidade, a categoria rejeitou a proposta.
“O 10,06% n�o satisfaz a categoria. Isso � s� a infla��o de 2021, estamos sem reajuste desde 2015”, defendeu o investigador Emerson Oliveira, assessor do Sindicato dos Servidores da Pol�cia Civil de Minas Gerais (Sindipol) e diretor da Federa��o Interestadual dos Policiais Civis (Feipol) sudeste.
Quanto ao legislativo, o governador afirmou que vetar� qualquer Projeto de Lei sobre o tema. A declara��o foi duramente criticada por parlamentares ligados �s tropas.
Mais cedo, na Cidade Administrativa, o deputado Sargento Rodrigues (PTB) enfatizou que a resist�ncia de Zema em cumprir o acordo trar� um "desgaste enorme" para seu governo.
“A �ltima palavra n�o � do governador, a �ltima palavra � do legislativo”, defendeu o deputado, enquanto aguardava a chegada dos manifestantes na sede do governo.
A expectativa � que, na Assembl�ia Legislativa, o Projeto seja encaminhado no pr�ximo dia 31 ou 1º de abril.
Faixas e palavras de ordem culpam Zema
Imagem de Zema � comparada ao Pin�quio (foto: Natasha Werneck/D.A Press/E.M )
“A culpa � do Zema”, � o que diz boa parte dos cartazes expostos em frente � sede do governo. Um boneco, com a imagem do Zema e um nariz de pin�quio, foi batizado como “Zen�quio 171”.
Nas palavras de ordem, as for�as de seguran�a pedem por “respeito” e pelo “fim das mentiras”. Os gritos enfatizam, al�m disso, a rejei��o da categoria � proposta do governo do estado: “Quem n�o est� de acordo com a proposta dos 10,06% e os tr�s abonos: n�o, n�o, n�o!”
Faixas e cartazes culpam Zema pelo descumprimento do acordo (foto: Jair Amaral/D.A Press/E.M )
