Greve dos metrovi�rios: trens funcionam das 10h �s 17h nesta ter�a em BH
Categoria n�o cumpre a determina��o da justi�a e trens n�o funcionam no hor�rio de pico; por outro lado, frota m�nima de 30% est� sendo respeitada
Esta��es de metr� seguem com os port�es fechados at� as 10h no segundo dia de greve da categoria em BH (foto: Jair Amaral/D.A Press.E.M)
O metr� de Belo Horizonte segue com o funcionamento reduzido nesta ter�a-feira (22/3). No segundo dia de greve dos metrovi�rios, os trens funcionar�o das 10h �s 17h, ou seja, fora do hor�rio de pico. N�o h� previs�o, ainda, para o fim da paralisa��o.
A decis�o da categoria descumpre a determina��o da justi�a, que prev� a escala m�nima de 5h30 �s 10h e das 16h30 �s 20h.
O Sindicato dos Metrovi�rios (Sindimetro) afirma que, embora em hor�rio diferente, os trens est�o funcionando por mais tempo do que o determinado legalmente. Um n�mero maior de viagens, com intervalos menores entre os trens, tamb�m est� sendo oferecido: o intervalo que, antes da greve, era de 20 minutos, passou para 15 minutos.
Uma nova assembleia foi marcada na tarde desta quarta-feira (23/3) para avaliar o movimento e discutir os rumos da greve. At� o momento, o Sindimetro estima que 95% dos funcion�rios aderiram � paralisa��o.
A categoria questiona a estabilidade dos empregos, ap�s a transfer�ncia para empresas privadas no futuro, prevista no item 3 da Resolu��o CPPI nº 206, com normas para a privatiza��o do metr�.
A resolu��o permite que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) fa�a a transfer�ncia dos funcion�rios para as empresas privadas que futuramente ser�o respons�veis pela administra��o do servi�o. “A quest�o n�o � se vamos perder o emprego, mas quando”, pontuou a assessoria do Sindimetro.
O sindicato alega, ainda, que at� o momento n�o foram procurados pelo governo para uma negocia��o. "A paralisa��o continua. E com ades�o de quase 100% da categoria", enfatizou o presidente do Sindimetro, Romeu Machado.
“Me sinto prejudicada, mas a greve deve acontecer sim”
Alessandra Moura Guedes aguarda o metr� na esta��o S�o Gabriel, em BH (foto: Jair Amaral/E.M/D.A Press)
Na plataforma da esta��o S�o Gabriel, na Avenida Cristiano Machado, regi�o Nordeste da capital, Alessandra Moura aguarda a chegada do trem. Como tantos outros usu�rios, sua rotina foi prejudicada com a paralisa��o.
Ciente do motivo da greve, Alessandra, no entanto, n�o � contra o movimento do sindicato. “S�o trabalhadores”, afirma. “Concordo plenamente com a paralisa��o, a greve tem que ser feita sim. Mas os trens poderiam rodar das 7h �s 17h”.
Por trabalhar no bairro Calafate, parte Oeste da cidade, pega o metr� todos os dias. “Quando entra em greve eu preciso usar dois �nibus para ir e dois para vir, s�o R$18 por dia. � muito caro e os �nibus est�o sempre lotados”, comenta Alessandra. De trem, ela gasta R$13,70 em passagens.
CBTU
Em nota publicada ap�s os metrovi�rios chegarem a um consenso sobre a breve, na quarta-feira (16/3), a CBTU declarou que est� tomando as medidas legais cab�veis para tentar barrar a paralisa��o.
"A CBTU se antecipou � tomada das medidas administrativas e judiciais cab�veis na tentativa de garantir a continuidade e qualidade na presta��o dos servi�os p�blicos de transporte de passageiros sobre trilhos na cidade", diz a entidade.
Os sindicalistas devem se reunir em frente � sede da CBTU, no Bairrro Floresta, regi�o Leste de BH, para protestar. O ato ser� na manh� desta ter�a-feira.
Refor�o nos �nibus
Com a paralisa��o, o transporte coletivo de Belo Horizonte foi refor�ado na tarde de ontem. O aumento da frota foi uma solicita��o da BHtrans, que enviou um of�cio ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH).
O refor�o, entretanto, deve ser disponibilizado somente nos hor�rios de pico, pela manh� e no final da tarde.
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