
Em meio � reprova��o da popula��o sobre a situa��o do transporte p�blico, a prefeitura de Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas Gerais, anunciou nessa ter�a-feira (22/3) o reajuste das passagens de �nibus. O an�ncio foi feito um dia antes da realiza��o de uma audi�ncia p�blica, marcada para esta quarta-feira (23/3), no plen�rio da C�mara Municipal, e que vai analisar a presta��o do servi�o no munic�pio.
O pre�o da passagem do �nibus coletivo – que custa R$ 3,35 e passar� a R$ 4,70 com o reajuste de 40% – ser� um dos assuntos debatidos na audi�ncia p�blica, justamente no momento em que a popula��o j� vem fazendo diversas reclama��es de descumprimento das condi��es contratuais por parte da empresa Rota Real, como a retiradas de linhas, diminui��o de hor�rios durante a semana, superlota��o nos hor�rios de pico e falta de comunica��o com a sociedade.
De acordo com o decreto publicado no Di�rio Oficial do Munic�pio dessa ter�a-feira (22/3), a cobran�a come�a a valer a partir do dia 9 de abril e o reajuste se deu considerando obrigatoriedade legal da aplica��o da f�rmula param�trica de reajuste anual determinada pelo contrato da concess�o p�blica do transporte coletivo de passageiros de Ouro Preto.
Ainda de acordo com o decreto, at� 9 de abril ser� enviado � C�mara Municipal um Projeto de Lei para a concess�o de subs�dio financeiro parcial da tarifa paga pelo usu�rio.
Popula��o feminina presente
A presidente da Uni�o Brasileira de Mulheres de Ouro Preto (UBM), Debora Queiroz, estar� presente na audi�ncia de hoje. Segundo ela, foi feito um manifesto em conjunto com o Movimento de Mulheres Olga Benario que repudia o aumento da passagem por considerar que as mulheres s�o as mais afetadas pelos problemas recorrentes do transporte p�blico em Ouro Preto.
Debora Queiroz conta que a maioria dos usu�rios do transporte s�o mulheres que precisam do servi�o para ir ao trabalho ou � universidade, para levar os filhos � escola ou ao m�dico.
De acordo com o manifesto, o aumento, al�m de autorit�rio, n�o foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes e Tr�nsito. O manifesto ainda destaca que, em 2018, sob a mesma alega��o de equil�brio financeiro, as empresas que hoje comp�em o cons�rcio Rota Real demitiram 48 agentes de viagem, em sua maioria mulheres.
Procurada pela reportagem, a empresa Rota Real n�o respondeu �s preguntas at� o fechamento dessa reportagem, que ser� atualizada assim que as informa��es forem dadas pela empresa.