
As den�ncias feitas por v�timas mineiras, cerca de 40 pessoas at� o momento, foram determinantes para a pris�o de sete integrantes de uma quadrilha que aplicava golpe do WhatsApp em pelo menos 13 estados.
Os criminosos usavam dados pessoais das v�timas e entravam em contato com parentes e amigos, dizendo ter perdido dinheiro e que precisavam de certa quantia.
A opera��o foi batizada de Camale�o e foi realizada pelo Minist�rio P�blico e pela Pol�cia Militar de Minas Gerais com apoio do Mato Grosso.
O caso ficou a cargo do promotor Mauro Ellovich, que calcula um preju�zo de cerca de R$ 1,8 milh�o. "As investiga��es tiveram in�cio em junho de 2021 e a estimativa � de que por dia, eles (criminosos) provocaram um preju�zo de R$ 10 mil".
A major Layla Brunella, do setor de comunica��o da PM, contou as horas. "Foram, pelo menos, 10 mil horas de investiga��es, at� que pud�ssemos chegar a esses sete presos. A Pol�cia Militar designou nove agentes da Intelig�ncia para fazer esse trabalho. Tivemos o apoio incondicional do Minist�rio P�blico", afirma.
A policial destaca a perseveran�a das pessoas que procuraram a PM para denunciar. "Normalmente, as pessoas n�o acreditam que haver� apoio nesse tipo de investiga��o e que os casos possam ser revertidos. Mas se enganam. A prova est� a�, quando pegamos sete dos envolvidos, a partir dessas den�ncias". Segundo ela, as den�ncias podem ser feitas nas bases comunit�rias da PM ou atr�s da PM, ou ainda procurando uma delegacia de Pol�cia Civil.
O golpe
Segundo o promotor Ellovich, os criminosos pediam valores diversos �s v�timas, o que impedia o rastreamento. Al�m disso, usavam chips variados. "Sempre trocavam o chip do telefone".
A major Layla ressalta que somente numa das casas onde foi realizada uma pris�o e onde foi tamb�m cumprido mandado de busca e apreens�o, foram encontrados 58 chips.
Todas as pris�es foram efetuadas na Regi�o Metropolitana de Cuiab�, capital do Mato Grosso. A estimativa de pena, segundo o promotor Ellovich, � de 30 anos para cada envolvido. "Os presos ser�o indiciados por quatro crimes, organiza��o criminosa, estelionato eletr�nico, falsidade ideol�gica e lavagem de dinheiro".
Al�m de Minas Gerais, os criminosos fizeram v�timas em outros 12 estados, Amazonas, Par�, Tocantins, Cear�, Rio Grande do Norte, Bahia, Esp�rito Santo, Rio de Janeiro, S�o Paulo, Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas pode haver v�timas em outros estados, segundo o promotor e a major.
Prioridade mineira
Os sete presos chegar�o a Belo Horizonte no princ�pio da noite desta quarta-feira (6/3), com desembarque previsto para o hangar da Pol�cia Militar, no Aeroporto da Pampulha.
A investiga��o � priorit�ria do Minist�rio P�blico Mineiro e Pol�cia Militar de MG, pois foram do estado que partiu as den�ncias. � o que diz o artigo 109 da Constitui��o Federal do Brasil.