Paix�o de Cristo com cobra e vestes 'ousadas' revolta cat�licos

Uma cena da Paix�o de Cristo, tradicional pe�a de teatro cat�lica, viralizou nas redes sociais e provocou debates entre membros da igreja - em especial aqueles mais conservadores. Na performance, um ator caminha com uma cobra nos ombros e usa vestes consideradas “ousadas” para parte dos fi�is. 

 

A pe�a foi encenada no Santu�rio Arquidiocesano S�o Jos�, regi�o central de Belo Horizonte, no �ltimo dia 11, em uma celebra��o referente � Semana Santa. A proposta da cena era retratar a lux�ria. 

Em entrevista ao Estado de Minas, o Grupo Nova Arte Jovem explicou que a cena se tratava de uma representa��o de algumas das pr�ticas e costumes das festas e banquetes que existiam na �poca, dentro do contexto hist�rico. 

“Em momento algum foi ou � nossa inten��o ofender, difamar ou profanar algu�m”, reiterou o grupo, que h� cerca de 20 anos realiza trabalhos sobre a Paix�o de Cristo em par�quias da Arquidiocese, incluindo o pr�prio Santu�rio. 

Em nota, a Congrega��o Redentorista, atuante no Santu�rio S�o Jos�, afirmou que n�o tinha conhecimento pr�vio sobre a cena e pediu desculpas. “Ressaltamos que o grupo teatral j� se apresentou em nossa Semana Santa em anos anteriores, bem como em outras par�quias da Arquidiocese. Contudo, novas cenas foram inclu�das no roteiro e n�o tivemos conhecimento pr�vio”, afirmou. A Congrega��o defendeu, ainda, que as cenas eram “inadequadas � Via Sacra”.

 

 

Nas redes sociais, grupos cat�licos conservadores se reuniram para criticar a pe�a. No �ltimo dia 16, uma manifesta��o, chamada de “Ato Desagravo" reuniu cerca de 50 membros e simpatizantes do Instituto Plinio Corr�a de Oliveira, da Frente Universit�ria Lepanto e do Apostolado Beato Pe. Vitor em frente ao Santu�rio. 

“Consideramos inadmiss�vel que uma Par�quia, que goza de todas benesses desta Arquidiocese, se d� a cometer tal esc�rnio contra Nosso Senhor justamente nesta semana. Tamb�m lamentamos como perderam qualquer senso e no��o do Sagrado”, declarou o Apostolado Beato Pe. Vitor. 

Durante o ato, algumas das faixas expunham dizeres, inclusive, pol�ticos: “Comunismo na igreja cat�lica n�o!”, protestavam. 

“N�o � tocando na blasf�mia, ou mesmo realizando um teatro blasfemo, como alguns o caracterizaram, que se vai atrair pessoas para a F� Cat�lica aut�ntica. O resultado de um teatro desse tipo � o de afastar aqueles cat�licos que desejam se afervorar na pr�tica de sua F�”, pontuou o  Instituto Plinio Corr�a de Oliveira.