
A Pol�cia Civil instaurou inqu�rito para investigar o assassinato de um homem de 34 anos, ocorrido no estacionamento de um posto de combust�veis, em Montes Claros, no Norte de Minas, no �ltimo s�bado (7/5). O local fica ao lado da sede do 10º Batalh�o da Pol�cia Militar.
O suspeito do homic�dio � um sargento reformado da PM, de 50. Acompanhado de um advogado, ele se apresentou na delegacia de homic�dios da cidade, nesta segunda-feira (9/10) e confessou o crime, alegando que agiu em leg�tima defesa.
Ap�s prestar depoimento, o PM reformado foi liberado. Ele vai responder o processo em liberdade.
A v�tima foi identificada como Wadson Coelho Paulino. De acordo com a Pol�cia Militar, ele foi atingido com tr�s tiros.
“Ao chegareao local, os policiais militares analisaram as imagens captadas pelas c�meras de seguran�a do estabelecimento e constataram que o autor atirou nas costas do homem e, em seguida, fugiu em um autom�vel”, consta no boletim de ocorr�ncia da PM.
Segundo a corpora��o, “testemunhas tamb�m relataram que, pouco antes do ocorrido, autor e v�tima tiveram uma discuss�o por motivo n�o esclarecido”. O BO destaca ainda que “a v�tima tinha registros por porte de arma de fogo e uso de subst�ncia entorpecente”.
'Movimento amea�ador'
O delegado Bruno Rezende, da Delegacia Especializada em Investiga��o de Homic�dios em Montes Claros, revelou que ao prestar depoimento, o suspeito disse que agiu em leg�tima defesa. “Em s�ntese, (ele) alegou (que houve) uma discuss�o e uma provoca��o � vida, momento antes do atentado. (Que) ao tentar interpelar a v�tima, esta teria feito um movimento que o autor interpretou como um amea�ador e teria feito os disparos de arma de fogo contra a v�tima”, relatou Rezende.
O delegado informou que, ao prestar depoimento, o autor confesso entregou a arma usada no crime, que foi apreendida. Ele acrescentou que a Pol�cia Civil recolheu os v�deos com as imagens do local do crime. Al�m de analisar como foi a din�mica do homic�dio, as imagens est�o servindo para a identifica��o de testemunhas do assassinato, sendo que duas delas j� ouvidas pela pol�cia.
Bruno Rezende destacou que a Pol�cia Civil vai aprofundar as investiga��es e ouvir novas testemunhas, “para plena e completa apura��o do homic�dio e verificar se houve ou n�o, de fato, a leg�tima defesa”, al�m de averiguar a din�mica e motiva��o do crime.
Em entrevista � Intertv Grande Minas, o advogado Evaldo Melga�o de Oliveira, que defende o sargento reformado, sustentou que seu cliente agiu em leg�tima defesa. Ele tamb�m alegou que c�meras de v�deo do posto de combust�veis s� mostram o desfecho do caso.
“Em obstante, as imagens serem impactantes, elas s� mostram o desfecho do caso. Todavia, se voc� analisar com a t�cnica devida, ele n�o chegou atirando, mas chegou para enquadrar o Wadson. Ao fazer um movimento para poder se levantar, o meu cliente interpretou que ele iria sacar uma arma porque j� havia sido amea�ado por ele anteriormente no in�cio do entrevero. Houve essa situa��o antes, presenciada por dezenas de pessoas. Algumas das quais v�o apresentar sua vers�o”, assegurou o advogado � TV.