
A promo��o est� a cargo dos movimentos sociais Salve Santa Luzia e SOS Vargem das Flores, com a colabora��o da Arquidiocese de Belo Horizonte, das par�quias Bom Jesus e Nossa Senhora Aparecida, Santa Luzia e S�o Raimundo Nonato, Comiss�o Pastoral da Terra de Minas Gerais, Pastoral Afro Brasileira, Pastoral Ecum�nica da PUC Minas e da ONG Solidariedade.
Em nota, o coletivo destaca que o projeto do rodoanel prev� "que esta rodovia de grande porte vai perpassar 13 quil�metros do territ�rio de Santa Luzia, a apenas 200 metros do Cemit�rio dos Escravos, a tr�s quil�metros do quilombo de Pinh�es e a cinco quil�metros do quilombo Manzo Ngunzo Kaiango". Os impactos, conforme nota divulgada pelos organizadores, ser�o sentidos tamb�m nos quilombos Nossa Senhora do Ros�rio de Justin�polis, em Ribeir�o das Neves, Arturos, em Contagem, Mangueira, em Belo Horizonte e Pimentel, em Pedro Leopoldo.
TRAJETO
A abertura da romaria ser� �s 8h, no Cemit�rio dos Escravos, na estrada rural D�maso Jos� Diniz, perto da Capela Nossa Senhora da Concei��o, em Santa Luzia. Logo ap�s a ben��o inicial, os participantes seguir�o pela rodovia MG-020 at� a Capela Nossa Senhora do Ros�rio, no quilombo de Pinh�es, com previs�o de chegada �s 10h, para a celebra��o da Missa Conga, realizada pela Pastoral Afro da Par�quia S�o Raimundo Nonato.
Ap�s a Missa Conga, haver� um almo�o, com gastronomia quilombola luziense, na Capela de Nossa Senhora da Concei��o, na comunidade de f� dos Fechos, promovido pela ONG Solidariedade.
A Romaria dos Povos, das �guas e do Meio Ambiente � a segunda atividade desenvolvida pelos movimentos Salve Santa Luzia e SOS Vargem das Flores, no Cemit�rio dos Escravos, contra o Rodoanel. Em 2 de novembro, foi realizado o Abra�o Simb�lico ao Cemit�rio dos Escravos durante a A��o de Gra�as da tradicional Missa Afro, realizada pela Pastoral Afro da par�quia S�o Raimundo Nonato, em mem�ria dos escravizados ali enterrados.
Desta vez, com a romaria, o objetivo � seguir os passos dos primeiros escravizados que foram enviados da antiga Sesmaria das Bicas para a regi�o em que hoje se encontra o quilombo de Pinh�es. "Ser� uma travessia m�stica, por uma estrada cheia de hist�rias, e reunindo os v�rios credos religiosos contra um projeto rodovi�rio, que � compreendido por v�rios religiosos e ativistas, como sendo de racismo ambiental, por colocar comunidades �tnicas em situa��o de degrada��o socioambiental.
RODOANEL
Conforme documento divulgado pelos organizadores da Primeira Romaria dos Povos, das �guas e do Meio Ambiente, a Conven��o 169 da Organiza��o Internacional do Trabalho, da qual o Brasil � signat�rio desde 2004, estabelece que obras de infraestrutura a at� 10 quil�metros de comunidades tradicionais, demandam a ado��o de um protocolo de Consulta Pr�via, Livre e Informada (CPLI).

E mais: "Frente �s v�rias irregularidades identificadas no projeto do Rodoanel, bem como o seu grande potencial poluidor e degradador, afetando o meio ambiente, comunidades quilombolas, s�tios arqueol�gicos e bairros urbanos perif�ricos, o deputado federal Rog�rio Correia (PT) e a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), protocolaram representa��es na Procuradoria-Geral do Minist�rio P�blico de Minas Gerais e no Minist�rio P�blico Federal. E em 5 de abril de 2022, a Academia dos Juristas Cat�licos Humanistas de Belo Horizonte e a Comiss�o Arquidiocesana Justi�a e Paz da Arquidiocese de Belo Horizonte fizeram uma manifesta��o de apoio a representa��o dos deputadas, em defesa das comunidades tradicionais.
