
A concess�o do gin�sio foi disputada por dois cons�rcios. O grupo paulista venceu o pleito na segunda oferta, com valor de R$ 103.620, 84. O n�mero supera em 2.792% o lance fixo para participa��o no leil�o.
Sob administra��o privada, o Mineirinho dever� passar por reformas estruturais nos dois primeiros anos. O valor das interven��es previsto em edital � de cerca de R$ 41 milh�es. A previs�o � de que mais de R$ 130 milh�es sejam investidos no gin�sio durante todo o per�odo de concess�o.
Presente na audi�ncia, o secret�rio de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra-MG), Fernando Marcato, comemorou a concess�o do gin�sio e acrescentou detalhes sobre os valores e cl�usulas envolvidas no contrato de gest�o privada do Mineirinho.
“Tem uma outorga vari�vel, em fun��o do que a empresa ganhar no Mineirinho com os shows e com os eventos. Ela paga um percentual para n�s, ent�o o Estado continua ganhando recursos e sendo s�cio no sucesso do que o privado fizer, mas eu n�o sou s�cio no insucesso porque o risco � dele de explora��o”, disse.
Segundo o secret�rio, o contrato com a DMDL/Progen prev� que um percentual do que a empresa ganhar na administra��o do espa�o vai para os cofres da Seinfra. A parcela inicial � de 2% dos ganhos anuais da empresa, com aumento de 1% a cada 5 anos de concess�o. A taxa dobra se a empresa n�o apresentar uma performance considerada eficiente de acordo com crit�rios estabelecidos pela pr�pria secretaria em contrato.

Planos de uso
Para o s�cio-propriet�rio da DMDL, Frederico Freitas, o Mineirinho entra na rota da programa��o de outras estruturas sob administra��o da empresa. Ele foca na realiza��o de shows e eventos.
“N�s temos um cons�rcio no Pacaembu, atuamos tamb�m no Centro de Conven��es de Teresina (PI) e agora temos como desafio o equipamento do mineirinho. Pra gente faz todo sentido ter um equipamento em S�o Paulo, um equipamento em Teresina e agora aqui que � onde a gente consegue criar uma rota tamb�m de eventos, de shows ent�o a gente consegue ter mais for�a para tratar com os fornecedores e com todo mundo”, afirmou.

O empres�rio tamb�m afirmou que pretende manter a natureza esportiva do gin�sio. Citando a recente final da Superliga Masculina de V�lei entre Cruzeiro e Minas, Frederico disse que espera que partidas dessa magnitude retornem ao Mineirinho, palco de grandes embates no v�lei, futsal e basquete desde sua funda��o, em 1980.
Segundo o representante da nova administradora, a Feira do Mineirinho tamb�m est� nos planos da futura gest�o. Frederico, no entanto, disse que pretende fazer altera��es na organiza��o do evento.
“Eu j� tive uma ou duas conversas com o propriet�rio da feira. A nossa ideia � que ela se mantenha no local, at� porque est� l� h� 18 anos j� e n�o faz sentido a gente tirar. A gente s� vai estruturar ela para trabalhar em um outro formato, um formato novo, moderno”, comentou sem dar mais detalhes.
A reportagem tentou contato com a administra��o da feira, mas n�o teve sucesso at� a �ltima atualiza��o desta mat�ria.
O que permanece
A fachada do Mineirinho � tombada como patrim�nio p�blico e, portanto, n�o pode sofrer altera��es. Al�m disso, o contrato de concess�o prev� que a quadra poliesportiva seja mantida e que os nomes, tanto o apelido quanto o oficial “Jornalista Felipe Drummond”, sejam mantidos pela nova administra��o.
“O Mineirinho � tombado, ent�o isso naturalmente j� � tratado pelo Iphan (Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional) n�o � nem o governo do Estado que cuida. A obriga��o da empresa � manter as condi��es de seguran�a e estrutura em ordem, naturalmente se tiver alguma altera��o que possa ser feita autorizada pelos �rg�os de patrim�nio, eles est�o liberados para fazer”, explicou o secret�rio Fernando Marcato.
Fracasso inicial
Esta foi a segunda tentativa do governo estadual de conceder o tradicional gin�sio belo-horizontino � iniciativa privada. Em janeiro deste ano, o prazo para envio de propostas terminou sem candidatos para assumir o espa�o.
� �poca, a secret�ria substituta de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Vanice Cardoso Ferreira, disse que a crise econ�mica somada � pandemia havia prejudicado o leil�o.