
A �ltima reuni�o entre o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) e o Sindicato das Escolas Particulares (Sinep-MG) ocorreu nessa ter�a-feira (17). A negocia��o n�o progrediu. As discuss�es sobre sal�rios come�aram em mar�o, mas, at� agora, professores e escolas n�o chegaram a um acordo.
Al�m do reajuste abaixo da infla��o, os professores rejeitaram o que consideram perdas de direitos – como a separa��o do acordo coletivo dos professores de ensino b�sico e do ensino superior, que hoje � realizado em conjunto.
Clarice Barreto, diretora do Sinpro, informou que existe a possibilidade de aprova��o da greve na assembleia. A diretoria do sindicato vai se reunir na segunda-feira para fechar as propostas que ser�o apresentadas � categoria.
A assembleia est� marcada para as 10h, na Assembl�ia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ao fim, ocorrer� uma manifesta��o dos professores no Centro da capital.
O acordo coletivo envolve professores da rede privada da regional de Belo Horizonte, que inclui centenas de cidades, como Conselheiro Lafaiete, Ouro Preto e Vi�osa.
Negocia��o
Em nota, o Sinepe afirma que “chegaremos a um bom termo nessas negocia��es, com todas as partes sendo contempladas, de forma equilibrada, quanto �s nossas demandas, limita��es, necessidades e expectativas de sustentabilidade e desenvolvimento cont�nuos.”
O Sindicato das Escolas Privadas de Minas Gerais ressalta que 90% das escolas que representa s�o micro e pequenas empresas, que foram duramente afetadas pela pandemia. Por isso, a “gest�o de custos e recursos” exigem “aten��o redobrada”.
A entidade conclui a nota afirmando que “temos, historicamente, anos de �timas negocia��es que permitiram o desenvolvimento de nosso segmento educacional, de forma a permitir a prosperidade dos profissionais e das institui��es de ensino, no n�vel do reconhecimento de Minas Gerais como um estado de excel�ncia educacional”.
Paralisa��o das escolas
A Escola da Serra enviou, hoje, um comunicado aos pais informando que as aulas na pr�xima ter�a-feira (27) est�o suspensas por causa da paralisa��o. A escola informou que o dia ser� reposto em um s�bado letivo. O Col�gio S�o Jos�, no Bairro Floresta, tamb�m informou que n�o haver� funcionamento na data.
Nos col�gios Santo Agostinho e Sagrado Cora��o de Jesus e nas 13 unidades do Col�gio Santa Maria, as aulas est�o mantidas.
O Col�gio Santo Ant�nio ainda n�o tem informa��es sobre uma poss�vel paralisa��o.
O Col�gio Santo Ant�nio ainda n�o tem informa��es sobre uma poss�vel paralisa��o.
Opini�o dos pais
A �ltima vez que os professores de escolas particulares de Belo Horizonte e regi�o entraram em greve foi em 2018. � �poca, os pais dos alunos se dividiram em apoiar as reivindica��es dos educadores e protestar contra as escolas que n�o ofereceram o volume de aulas previsto em contrato.
Na ocasi�o, a paralisa��o durou 10 dias e os professores tamb�m pediam, dentre outras reivindica��es, um reajuste salarial superior ao proposto pelas escolas.
A preocupa��o de muitos pais em 2018 se repete diante da possibilidade de nova greve: n�o ter onde deixar os filhos durante o per�odo de trabalho. H� quatro anos, houve tamb�m iniciativas isoladas de pais que amea�aram processar as escolas por quebra no contrato de presta��o de servi�o, j� que as aulas foram paradas em muitos col�gios.
At� o momento n�o h� manifesta��o organizada dos pais de alunos de escolas particulares. Em grupos nas redes sociais, a paralisa��o da ter�a-feira divide opini�es.
“Super a favor da manuten��o de direitos e valoriza��o dos educadores”, escreveu uma m�e em um grupo ao qual o Estado de Minas teve acesso. H� tamb�m coment�rios mais preocupados como: “Escolas deveriam entrar em acordo logo com os professores para termos menor impacto sobre a educa��o de nossos filhos. Acho que eles foram bem prudentes em n�o iniciar a greve logo de cara”.