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Estado de Minas Polui��o

Fuma�a toma o c�u de bairro em Ouro Preto e preocupa moradores

As fuma�as das chamin�s das caldeiras, movidas � queima de biomassa de cor preta e um p� branco proveniente da produ��o da alumina, t�m causado inc�modo


30/05/2022 18:34 - atualizado 30/05/2022 18:57


Imagem de fumaça no céu
Cerca de 120 fam�lias convivem diariamente com a fuma�a da f�brica (foto: Divulga��o/Rodrigo Fonseca)
 
 
Ap�s cerca de tr�s meses de funcionamento da f�brica Alumina Chemical Technology (Actech)- antiga instala��o da Hindalco do Brasil, que pertencia ao grupo indiano Aditya Birla - um dos problemas herdados pela nova empresa tem causado preocupa��o aos moradores do bairro Vila Oper�ria, em Ouro Preto, Regi�o Central de Minas Gerais.
 
As fuma�as que saem das chamin�s das caldeiras movidas � queima de biomassa de cor preta e um p� branco proveniente da produ��o da alumina t�m causado inc�modo e sujeira nas casas, � o que diz o morador do bairro, Andr� Lana.
 
"S�o cerca de 120 fam�lias que convivem diariamente com toda essa fuma�a".
 
Segundo o morador, a fuma�a sempre existiu, mas em 2022, o p� branco da alumina aumentou de forma consistente e se misturou com a fuma�a preta. Lana tamb�m afirma que o mau cheiro � proveniente da altera��o da fonte de energia da caldeira, que antes era a eletricidade e agora � por queima de madeira.
 
"De um ano para c�, ainda quando era da Hindalco, intensificou a emiss�o de fuma�a preta, e em 2022 aumentou a quantidade do p� branco, essa � a sensa��o que temos aqui no bairro".
 
O morador relata que houve um contato com a empresa na quinta-feira (26/5) e que a nova gest�o reconheceu que tanto a emiss�o do p� de alumina quanto da fuma�a preta est�o acima do que deveriam, e ficou acordado que haver� a instala��o de medidores de emiss�o de particulados nas chamin�s das caldeiras movidas � queima de biomassa.
 
Lana conta que desde a gest�o do grupo indiano � a primeira vez que ele saiu de uma reuni�o com sentimento de otimismo na solu��o dos problemas ambientais.
 
"Essa equipe nova deixou a entender que os diretores indianos da Hindalco n�o tinham a inten��o de continuar com a f�brica, e a manuten��o preventiva foi ficando de lado. O processo come�ou a precarizar, e a polui��o s� aumentou".
 
O morador afirma que durante o encontro, os gestores apresentaram notas fiscais da compra de novos equipamentos de controle da polui��o, e mostraram dados t�cnicos e informa��es sobre a renova��o do licenciamento ambiental.
 
De acordo com o presidente da Federa��o das Associa��es de Moradores de Ouro Preto, (Famop),  Luiz Carlos Teixeira, a Actech n�o possui licenciamento ambiental expedido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad). A sider�rgica tem o seu funcionamento autorizado junto a Semad mediante Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em abril de 2021 e que foi renovado recentemente.
 
"O processo de licenciamento est� em lit�gio desde o ano passado, a gente est� lutando contra o licenciamento. A antiga Hindalco, antes de ser vendida, conseguiu uma TAC, mas as medidas n�o foram atendidas, n�o foram corrigidas e a atual empresa ter� que cumprir o termo para conseguir o licenciamento".
 
Ainda segundo o presidente da Famop, dentre as obriga��es da TAC, a empresa ter� o compromisso de descomissionar a barragem do Marzag�o e fazer uma restaura��o do local.
 
O que diz a empresa
 
De acordo com o Ceo Terrabel - grupo que administra a Actech, Maur�cio Gontijo, a f�brica de Ouro Preto tem uma produ��o fixa de 280 toneladas de alumina por dia. Para dar conta da demanda existem dois processos que emitem fuma�a.
 
O primeiro processo, segundo Gontijo, vem por meio de duas caldeiras de queima de biomassa que dependem da qualidade do cavaco e, devido a dificuldades operacionais, s�o utilizados na queima um cavaco verde, que acaba emitindo uma fuma�a.
 
"Isso tamb�m nos traz preju�zos financeiros, pois o sistema perde efici�ncia com esse cavaco verde".
 
No outro processo s�o tr�s fornos de calcina��o, esses fornos n�o t�m varia��es significativas na fuma�a, e segundo o Ceo da Terrabel, a empresa est� com um projeto em andamento para a troca do combust�vel desses fornos para um combust�vel mais limpo. "Sair de petr�leo bruto para g�s glp".
 
Sobre o mau cheiro, Gontijo afirma que o odor ruim n�o tem nada a ver com a fuma�a e � proveniente da soda que � usada no processo. "Ela realmente tem um cheiro ruim, mas que n�o causa nenhum dano � sa�de, no mesmo sentido que o mau cheiro de um esgoto".
 
O gestor ainda afirma que Actech realiza regularmente monitoramentos ambientais relativos �s emiss�es atmosf�ricas, ru�dos, efluentes l�quidos e superficiais por meio de uma empresa credenciada conforme as normativas do Conselho de Pol�tica Ambiental (Copam). "Todos estes monitoramentos s�o protocolados junto ao �rg�o Ambiental Estadual".
Imagem de fumaça saindo das chaminés
A empresa est� com um projeto em andamento para a troca do combust�vel desses fornos (foto: Divulga��o/oper�rio verde)


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