
Desde o �ltimo dia 16, Minas registou cerca de 45 mil novos casos e mais de 150 mortes. O crescimento de registros de COVID-19 j� era esperado pelas autoridades de sa�de mineiras, como o secret�rio de estado da Sa�de, o m�dico F�bio Baccheretti. Ele alegou que a alta est� ligada ao car�ter sazonal da doen�a.
“A COVID-19 vai aumentar. O que estamos observando agora, nada mais � do que o esperado. N�o h� cepas novas, n�o � um momento de fragilidade vacinal da popula��o.”
No entanto, algumas cidades avaliam a possibilidade do retorno obrigat�rio. At� o momento, 61.566 pessoas morreram e 3.415.691 tiveram a doen�a confirmada em Minas.
No in�cio deste m�s, o governo liberou o uso das m�scaras em locais fechados em todo o estado. Atualmente, 127.671 casos est�o em acompanhamento, ou seja, n�o evolu�ram para �bito, cuja condi��o cl�nica permanece sendo acompanhada ou aguarda atualiza��o pelos munic�pios. A faixa et�ria que mais registrou infec��o pelo v�rus foi de 30 a 39 anos, sendo 21,9% dos casos. Em seguida, est�o as pessoas de 40 a 49 anos (18,8%) e de 20 a 29 anos (18,1%).
A quantidade de �bitos, por sua vez, foi predominantemente em mineiros com mais de 60 anos, 71%. Depois, est�o as faixas et�rias de 50 a 59 anos (15,5%) e de 40 a 49 anos (7,9%). Segundo o Estado, 68% das v�timas tinham comorbidades, como cardiopatia, diabete, obesidade, doen�a renal, pneumopatia, entre outras.
Vacin�mentro de Minas Gerais
Segundo informa��es da SES-MG, 89,2% da popula��o do estado j� tomou a primeira dose da vacina contra a COVID-19. J� a segunda dose foi aplicada em 83,01%. Al�m disso, 58,5% do p�blico alvo recebeu a terceira dose ou primeira dose de refor�o. Ao todo, o Governo de Minas enviou mais de 46,7 milh�es de doses do imunizante aos munic�pios mineiros.
Apesar dos avan�os na cobertura vacinal, Baccheretti afirmou estar preocupado com a vacina��o de idosos e crian�as, tendo em vista que somente 27,79% desse p�blico, pessoas com mais de 60 anos, tomou a quarta dose ou segunda dose de refor�o. “A arma contra a COVID est� dispon�vel. Ent�o n�o podemos deix�-la de lado”, destacou.
No caso do p�blico pedi�trico, mesmo que 69,43% das crian�as tenham recebido a primeira dose do imunizante, a segunda dose foi aplicada em apenas 35,06%. “A imuniza��o � somente eficaz com as duas doses. Por isso, � importante que os pais ou respons�veis levem suas crian�as ao posto de sa�de. Estamos acelerando a vacina��o infantil, pois � um dos p�blicos mais acometidos por doen�as respirat�rias”, explicou o secret�rio da Sa�de, em uma coletiva feita na �ltima quinta-feira (26/5).
Beccheretti acredita que essa baixa ades�o da vacina��o contra o novo coronav�rus est� ligada �s fake news. “H� dissemina��o de not�cias falsas ligadas � vacina, mesmo que mais de 1,9 milh�o de crian�as tenham tomado sem ter maiores efeitos colaterais. Todos os pais que levaram os filhos para vacinar, perceber�o que n�o houve problemas graves. Com isso, muitos acreditam que s� uma dose � o suficiente, mas n�o �. A imuniza��o precisa ser completa”.
Al�m disso, h� um estranhamento da popula��o, j� que n�o est� acostumada a tomar duas doses de outras vacinas, em um curto per�odo. “N�o � comum que as vacinas anuais, como a gripe, tenham duas doses. Portanto, essa nova rotina pode ter atrapalhado a ades�o”, afirmou o m�dico.