
Os professores das escolas privadas de Belo Horizonte decidiram, nesta quarta-feira (1º/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (6/6). Depois de semanas de negocia��o, a categoria teve o pedido de reajuste negado pelo sindicato patronal.
Os professores da rede particular de ensino reivindicam uma recomposi��o salarial de 19,7%, acrescida de 5% de ganho real, al�m das perdas inflacion�rias. De acordo com os docentes, a oferta das escolas � de 5% de reajuste para profissionais do ensino b�sico e 4% para os de ensino superior.
A greve est� prevista para acontecer nas institui��es privadas de Belo Horizonte e de outras quatrocentas cidades de Minas onde Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), tamb�m abrange. Somente duas escolas ficaram sem aula, de acordo com o Sinep nesta quarta-feira.
Nesta quarta-feira (1º/6), os professores realizaram assembleia geral e anunciaram paralisa��o, a exemplo do que ocorreu em 24 de maio. No �ltimo encontro, que ocorreu na ter�a-feira (24/5), a vereadora e professora de literatura Duda Salabert (PDT) estava presente e manifestou seu apoio � causa. Hoje, ela tamb�m participou do protesto e reafirmou que a recomposi��o salarial � necess�ria para fortalecer a categoria novamente.
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A presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Val�ria Morato, disse que a categoria tenta recuperar perdas
altas nos sal�rios dos �ltimos anos: "A greve n�o diz respeito primeiramente a nenhum direito a menos. O sindicato patronal insiste em retirar direitos dos professores e professoras do setor privado. Al�m disso, demonstra desvaloriza��o no modo como trata os professores quando oferece 5% para educa��o b�sica, e 4% pro ensino superior, sendo que o INPC [�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor] de 2022 � 11,73%", argumentou.
Ela acrescentou tamb�m que o valor do reajuste proposto n�o recomp�e nem a metade do INPC de 2022.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Ellen Cristie.