
Foi oficiado na Superintend�ncia Regional de Meio Ambiente (Supram) Central pelo Instituto Guaicuy SOS Rio das Velhas e pelo Projeto Manuelz�o um pedido de suspens�o do licenciamento do empreendimento at� que perguntas como essas sejam respondidas.
Os ambientalistas consideraram que as informa��es do Plano de Controle Ambiental (PCA) sejam superficiais e inclompletas, descobrindo as condi��es de abastecimento, meio ambiente e bem estar. Na cidade, as d�vidas pairam tamb�m sobre a quest�o dos empregos prometidos.
O pedido de licenciamento ambiental foi protocolado na Supram Central em 24 de maio de 2022 pela JM Log�stica, Processo nº 2078/2022. O PCA menciona que o terminal ter� como fun��o o carregamento de min�rio produzido na Mina Morro dos Coelhos, da JMN Minera��o, localizada no munic�pio de Desterro de Entre Rios, a 30 quil�metros de dist�ncia, e a outras minera��es da regi�o.
Na cidadde, essas dist�ncias s�o tidas como elevadas e, em fun��o disso, poder�o afetar o tr�fego e a qualidade de vida, do ar respirado e dos mananciais de extensas regi�es n�o mencionadas pelo estudo ambiental apresentado pela empresa. Cerca de 250 profissionais rodovi�rios j� estariam pr�-cadastrados para operar na regi�o, segundo apurou a reportagem.
"O PCA focaliza apenas o controle ambiental dentro do per�metro do empreendimento, na �rea Diretamente Afetada (ADA). N�o apresenta mais de uma localiza��o poss�vel e n�o explora outras alternativas de localiza��o que poderiam trazer menores impactos ambientais e h�dricos", criticao of�cio enviado � Supram Central.
Segundo o documento de cr�ticas aos levantamentos ambientais da JMN, n�o h� informa��es amplas e consistentes sobre impactos diretos e indiretos na �rea que fica a poucos quil�metros acima do ponto de capta��o da Copasa para o abastecimento de �gua de Entre Rios de MG (15 mil pessoas atendidas diretamente).
Seria preciso conhecer os impactos diretos, indiretos, polui��o e rebaixamento de len��is "junto � bacia do c�rrego da Barrinha, afluente do Rio Brumado, afluente do rio Paraopeba, num trecho enquadrado como Classe 1 (as �guas est�o aptas ao abastecimento humano com tratamento simplificado, pesca, nata��o, mergulho, irriga��o de hortali�as e frutas consumidas cruas) pelo Conselho Estadual de Pol�ticas Ambientais (Copam)".
Outra preocupa��o dos ambientalistas � que a �rea de interven��o para a abertura de estradas e estruturas para trnasbordo de cargas e carregamento est� cituada no bioma Mata Atl�ntica.
"O PCA toma como suposto que o empreendimento � de utilidade p�blica e de interesse social para justificar a supress�o de ip�s amarelos, �rvores imunes ao corte e de esp�cies da mata atl�ntica amea�adas de extin��o. (O que preocupa) Pela quantidade de matas que ainda existem ali e pelas boas pr�ticas de agricultura que ali se praticam h� quatro gera��es. Est� prevista supress�o de esp�cies protegidas", justificam.
Tamb�m em Entre Rios de Minas foi dito em audi�ncias p�blicas que se tratava de um empreendimento com grande gera��o de empregos, cerca de 400. Mas, o que se apurou � que n�o passaria de 100, na implanta��o, e se restringiria a 10 na opera��o.
O valor do projeto n�o foi divulgado e as obras consistem na constru��o de uma via de acesso pela MG383 (Via que leva a Tiradentes) at� a ferrovia da MRS com 2,24 km, dentro da faixa de dom�nio da ferrovia e capacidade de armazenamento de cerca de 200 mil toneladas de min�rio de ferro.
A reportagem entrou em contato com a mineradora e aguarda uma posi��o.