
De acordo com um m�dico da unidade, que preferiu n�o se identificar, apenas casos emergenciais estavam sendo atendidos durante a manh�. Ao longo do dia, acontecem reuni�es entre funcion�rios do Centro de Sa�de, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais (Sindibel) para definir passos para garantir o atendimento e a seguran�a no local.
“Hoje eu n�o fui trabalhar. Eu fui amea�ado ontem na unidade, conversei com o sindicato e fiquei na ger�ncia de Venda Nova nesta quinta”, disse o m�dico, que registrou o ocorrido em Boletim de Ocorr�ncia.
Ele foi um dos funcion�rios atacados em confus�o que mobilizou a Pol�cia Militar e a Guarda Municipal na tarde de ontem. O tumulto come�ou quando uma crian�a passou pela triagem, mas n�o foi atendida. A m�e ficou do lado de fora da unidade e disse que fecharia a passagem at� que a filha fosse atendida.
A mulher recebeu o apoio de outras cinco pessoas que aguardavam atendimento no Centro de Sa�de, que bloquearam a passagem e insultaram os funcion�rios. O tumulto s� foi apaziguado com a chegada das for�as de seguran�a.
Aumento da demanda e defasagem no atendimento
Segundo o m�dico, o Centro de Sa�de, que funciona das 6h30 �s 18h30, oferece uma m�dia de atendimentos que varia entre 50 e 70 por dia de atendimento. Nas �ltimas semanas, com o aumento dos casos de s�ndrome respirat�ria, o n�mero de pacientes vem crescendo e sobrecarregando as equipes.
Nesta quinta-feira (9), o Sindibel divulgou dados que apontam um crescimento de 268% nos atendimentos a casos de S�ndrome Gripal e COVID-19 entre os dias 30 de maio e 3 de junho nos Centros de Sa�de e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte.
O aumento da demanda agrava um cen�rio de falta de profissionais nas unidades. “Pelo menos 120 das 589 Equipes de Sa�de da Fam�lia est�o sem m�dicos e faltam 80 pediatras, inclusive nas UPAs”, aponta a nota do Sindibel.
A Prefeitura de Belo Horizonte afirma que rondas preventivas foram refor�adas no entorno do Centro de Sa�de Piratininga nesta quinta-feira. Em nota, o munic�pio informa que todas as unidades de sa�de da capital s�o acompanhadas pelo Centro Integrado de Opera��es de Belo Horizonte (COP-BH) e monitoradas 24 horas por dia.
A Secretaria Municipal de Sa�de ainda informou que segue duas linhas estrat�gicas em situa��o de viol�ncia. A primeira � o acolhimento das v�timas por meio do N�cleo de Acompanhamento S�cio Funcional (NASF). A segunda � a notifica��o da ocorr�ncia em um sistema que encaminha o caso a um gestor respons�vel por orientar quais provid�ncias tomar e quem acionar em cada caso.