
Nascida em 1901 em Lambari, no Sul do Estado, Henriqueta foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Mineira de Letras, em 1963, e publicou mais de 20 obras entre 1925 e 1985, com destaque para a poesia. Al�m disso, foi professora de literatura e tradutora. Morreu em 1985.
A escultura foi produzida em 2003, toda feita de bronze, num trabalho que demorou cerca de quatro meses.
O artista Leo Santana, respons�vel pela confec��o da obra de arte, lamentou o ato de vandalismo: “� uma repeti��o de outras depreda��es. N�o entendo, procuro explica��es, mas n�o entendo o motivo. N�o sei se � vandalismo ou se � atitude de rebeldia. N�o sei qual a raz�o. Podem ser todas as raz�es, mas eu fico muito triste com qualquer uma delas. � muito ruim passar por isso”, disse.
Santana lembra que a obra ajudava a incentivar o h�bito da leitura em BH. “Ela segurava um livro e, assim, outras pessoas passaram a colocar outros livros para serem doados. Outras chegavam, devolviam e pegavam outros para ler. Era algo bem gostoso. Mas cortaram isso, infelizmente”.
O artista se disp�s a restaurar a escultura, mas diz que a obra depende de uma avalia��o pr�via para saber o tamanho do dano ao patrim�nio cultural da capital mineira.
"Primeiro � preciso ver se eles recuperam as m�os e os livros. Seria algo mais f�cil. Agora, para refazer o que foi destru�do, j� � algo mais dif�cil. Lembro como foi feito, tenho as fotos e os registros. Mas � algo que n�o depende de mim. A prefeitura � propriet�ria do monumento. Fico � disposi��o deles para qualquer coisa. Estou �s ordens”, afirmou.
Outras depreda��es
Henriqueta Lisboa n�o foi a primeira escultura depredada em Belo Horizonte. O monumento que homenageia Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), no Centro, teve a m�o direita retirada, em 2019. Outra est�tua danificada foi a do jornalista e escritor Murilo Rubi�o (1916-1991), que fica em frente a Biblioteca P�blica Estadual, na Pra�a da Liberdade.