Moradores aproveitam primeira edi��o do 'Movimento Belo Horizonte + Feliz'

Moradores da capital mineira foram �s ruas neste domingo (24/7) para aproveitar o primeiro dia do Movimento Belo Horizonte + Feliz, que levou atra��es para pra�as das nove regionais da cidade entre 9h e 14h. M�sica, oficinas e servi�os marcaram a edi��o da Regi�o Centro-Sul, que acontece na Barragem Santa L�cia.

O projeto � uma iniciativa da prefeitura e foi pensado para incentivar o trabalho de artistas e empreendedores locais, espalhando atividades em todas as regi�es da cidade. Inicialmente, o 'Movimento Belo Horizonte +  Feliz' acontecer� no terceiro domingo de cada m�s.

Moradora da Vila Barragem Santa L�cia, Cris Correa trabalha como gari, mas n�o perdeu o jeito para tran�ar cabelos, t�cnica que aprendeu desde crian�a com a m�e e j� transmitiu para a filha. Em uma das barracas mais concorridas da pra�a, ela conta que acha importante ter um espa�o para oferecer o servi�o � popula��o.

“Desde crian�a eu tran�o cabelo. Eu sempre fiz na minha casa, colocava a plaquinha l� e j� ganhava um dinheirinho, quem me ensinou foi minha m�e e era minha fonte de renda. Sempre que tem um evento, em dia das crian�as, evento de mulheres, eu participo para contribuir com nossa comunidade. Acho importante”, relata.

Ao lado da barraca onde se faziam tran�as de cabelo, tamb�m haviam espa�os com oficinas de desenho; pintura corporal, no papel e em tecido; equipes orientando atividades f�sicas, venda de artesanato e atra��es musicais. Outro destaque foi o grupo Jogo da Luta, que ensina percuss�o, capoeira e dan�a para jovens do Morro do Papagaio.

“Estamos aqui h� mais de 20 anos e nosso objetivo maior � mostrar um pouco da cultura para essa comunidade bacana que tem a�, esses jovens que s�o muito talentosos. Como diz o velho ditado, ‘a propaganda � a alma do neg�cio’. Ent�o, toda vez que tem eventos assim, � importante para mostrar para as pessoas os talentos que temos na comunidade. Quem ganha com essa socializa��o somos todos n�s”, disse M�rcio Junior, contramestre de capoeira do Jogo da Luta.

Ramon Heleno, de 22 anos, pratica capoeira desde que tinha apenas 6. Ele tamb�m aprova e realiza��o de eventos gratuitos nas pra�as: “Participo do grupo h� 16 anos e vir na pra�a � sempre uma experi�ncia diferente. � ao ar livre, tem gente assistindo, �s vezes tem o nervosismo, mas tamb�m tem aquela sensa��o de finalmente poder mostrar o que a gente treinou”.

Al�m dos servi�os oferecidos, o 'Movimento Belo Horizonte + Feliz' tamb�m oferece espa�o para que moradores exponham e vendam seus trabalhos. � o caso da parceria entre os projetos Adotar e o Na Moda, que ensina t�cnicas de reutiliza��o de materiais para criar acess�rios � moradoras do Morro do Papagaio.

“A gente usa a t�cnica do upcycling, que � o aproveitamento de res�duos. A moda � o segundo setor que mais polui o mundo e esse projeto veio a calhar justamente com a necessidade de reaproveitar materiais como mi�angas, rendas, resto de couro, tem pe�as diferenciadas como arquivo velho, que est� sendo abolido nos escrit�rios e vira bolsa, piso laminado, que vira bandeja”, conta a professora de moda Simone Martins, volunt�ria no projeto.

Al�m de conseguir ganhar dinheiro com a venda dos produtos, Bernardete Moreira, que participa das aulas oferecidas pelo projeto, conta que j� aprendeu a enxergar materiais que antes seriam descartados de outra maneira: “Participo da oficina h� seis meses, e agora a gente n�o joga nada fora, a gente v� as coisas e j� imagina como podemos aproveitar”. 

O prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), compareceu ao primeiro dia do Movimento Belo Horizonte + Feliz. Ap�s percorrer a �rea com atividades na Barragem Santa L�cia, ele se disse animado com o resultado e n�o descartou ampliar o projeto para mais �reas da cidade.

“A gente vai estudar isso. A comunidade � que pede, a comunidade � que escolhe. A  regional consulta e eles escolheram aqui essa pra�a que � um local bel�ssimo, bem pr�ximo a um aglomerado de pessoas que tem poucas op��es de lazer. Mas podemos mudar, isso a� n�s vamos avisar com anteced�ncia , porque exige uma infraestrutura de som, de internet, que �s vezes as outras pra�as n�o t�m e demanda um tempo pra colocar. Mas queremos atender o m�ximo poss�vel de locais”, disse.

 

 

Noman destacou que, tanto pessoas interessadas em participar dos eventos oferecendo um servi�o ou apresenta��o art�stica, como quem deseja que uma edi��o do movimento seja realizada em outro local da cidade, deve acessar o portal da prefeitura e se apresentar.

“N�s queremos isso, queremos que os artistas de rua, as pessoas que tem algum tipo de atividade que possa oferecer, que se apresentem. Entrem no site da prefeitura e digam 'olha, eu fa�o isso e quero participar’. E a gente vai acolher porque hoje s�o 160 eventos diferentes nas 9 pra�as e podem virar 200, 500, o quanto tiver, n�s queremos � gente nas ruas”, concluiu.